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Agricultura

Soja acelera altas com apoio dos ganhos do farelo e monitorando clima adverso no Brasil

Os futuros da soja sobem mais de 1% na Bolsa de Chicago no início da tarde desta sexta-feira (3). Perto de 12h10 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 15,25 e 17,25 pontos nos principais vencimentos, com o novembro testando já os US$ 13,21 por bushel, enquanto o maio/24, referência para a safra do Brasil, chegando aos US$ 13,70. Ao contrário do que se observava mais cedo, o farelo voltava a subir, registrava um ganho de 1,4% no primeiro vencimento – que era cotado a US$ 432,40 por tonelada curta – e dá um suporte importante aos preços do grão. 

Além do farelo, o clima irregular no Brasil também é combustível para os ganhos da soja na CBOT. Os modelos climáticos ainda apontam muitas chuvas para o Sul do país, enquanto o Centro-Norte tende a receber precipitações mal distribuídas e o plantio está bastante comprometido, além de apontar para um atraso considerável nos trabalhos de campo. 

Na manhã de hoje, a manchete da Reuters Internacional é “clima errático ameaça nova safra recorde do Brasil”, como há um tempo temos noticiado no Notícias Agrícolas, e já pontua também as preocupações com a possibilidade de um atraso na chegada desta nova oferta ao mercado, o que deixa a soja americana ainda mais atrativa para os compradores. 

De acordo com o Grupo Labhoro, “os modelos GFS (americano) e ECMWF (europeu) seguem reduzindo os níveis de chuvas para o norte brasileiro e mantêm os altíssimos níveis pluviométricos para o sul do país”, também servindo de subsídio para as altas que já chegaram a passar de 20 pontos no pregão de hoje em Chicago. “O GFS, atualizado nesta manhã, indica para os próximos 10 dias, precipitações moderadas a fortes para o sudoeste do PR, SC e RS. Fortes a extremamente fortes pontualmente no nordeste e sul do
RS. Leves acumulados são previstos para grande parte do MT, TO, sul do MA, sul da BA, norte de MG, leste do MS e oeste de SP”, complementa  consultoria. 

Uma demanda melhor pela oleaginosa dos EUA também compõe o cenário construtivo para os preços. Nesta semana, as informações de bastidores dão conta de que a China segue comprando nos EUA e teria comprado de seis a 10 cargos da oleaginosa americana nos últimos dias. E hoje o USDA informou uma nova venda de mais de 130 mil toneladas da commodity para destinos não revelados. 

Fonte: Notícias Agrícolas

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Pecuária

Preço do boi gordo deve se manter sustentado até dezembro

O preço do boi gordo deve se manter sustentado pelo menos até meados do mês de dezembro. A avaliação é da Scot Consultoria. Depois de uma forte alta verificada em setembro, as cotações da arroba estão em um momento de maior estabilidade, e até de pressão de baixa em algumas praças, à medida que frigoríficos conseguem alongar e equilibrar suas escalas de abate.

Em vídeo divulgado pela Scot, o analista Felipe Fabri ressalta que a chegada do fim do ano traz uma perspectiva de melhor consumo das famílias. Fatores como a geração de empregos temporários, bonificações e o pagamento do 13º salário tendem a estimular a demanda por carne bovina, com reflexo na cadeia.

“O varejo está apostando em consumo mais firme neste início de novembro, com demanda aquecida e preços melhores para negociar com o varejo. Neste sentido, o mercado de boi deve seguir firmes. Estamos com preços lateralizados e isso deve persistir até meados de dezembro”, diz ele.

O levantamento da Scot mostra estabilidade na maior parte das praças de negociação. No norte de Minas Gerais, a arroba do boi para mercado interno era negociada a R$ 218 à vista na segunda-feira (30/10). Em Dourados (MS), valia R$ 232,50, mesma cotação das praças paulistas de Araçatuba e Barretos.

Baseado em São Paulo, o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que chegou a ter uma queda de R$ 10 por arroba entre a última quinta (26/10) e sexta (27/10), voltou a subir na segunda-feira (30/10) e fechou a R$ 241,70 a arroba. No mês, a referência acumula alta de 2,35%.

O cenário é de baixa liquidez no mercado físico de boi gordo, pontua a consultoria Agrifatto, em boletim de mercado. Em algumas regiões, as programações de abate dos frigoríficos estão em nove dias úteis. E, diante de um ligeiro aumento da oferta de animais, a indústria consegue pressionar as ofertas para baixo.

Em Tocantins, informa a Agrifatto, a arroba foi negociada a R$ 217,80 na segunda-feira, queda de 0,6% no comparativo diário.

Os analistas da consultoria reforçam a perspectiva de alta para a carne bovina. No atacado, os preços da carcaça casada de animal macho estão entre R$ 15,30 e R$ 14,50 o quilo.

“Após duas semanas consecutivas de quedas nos preços de todos os produtos, a expectativa para as próximas semanas é de recuperação, com a aproximação do pagamento de salários. A tendência é de preços estáveis e com boa sustentação”, avalia a Agrifatto.