Falta de chuva e temperaturas extremas levam a replantio de soja em Mato Grosso

As altas temperaturas, que atingem mais de 44 °C em algumas áreas de Mato Grosso, aliadas à escassez de chuvas, estão forçando os agricultores a replantar suas lavouras de soja. Alguns optaram por atrasar a semeadura na tentativa de minimizar possíveis prejuízos. A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) enfatiza a necessidade de “muita cautela” neste momento desafiador.

Até o dia 13 de outubro, a semeadura da safra 2023/24 de soja em Mato Grosso havia alcançado 35,09% dos 12,2 milhões de hectares previstos para a temporada. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), houve um avanço semanal de 20,85 pontos percentuais. No entanto, quando comparado ao ciclo anterior no mesmo período, o ritmo está atrasado em 6,25 pontos percentuais.

O presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore, destaca a apreensão dos produtores diante dessa situação. O atraso na semeadura, combinado com as temperaturas extremas, coloca em risco as lavouras já plantadas, já que o calor intenso pode comprometer o desenvolvimento das plantas e até resultar em perdas.

Cadore observa que já há relatos de replantio em lavouras que necessitam de chuva nos próximos dias para evitar prejuízos.

A falta de umidade no solo e as altas temperaturas também podem reduzir a produtividade da soja. O presidente da Aprosoja-MT explica que esse cenário impacta o desenvolvimento da soja e, por consequência, a próxima semeadura de milho, que já enfrenta custos elevados. Isso desestimula os produtores, especialmente em áreas onde os custos tornam o cultivo do milho economicamente inviável. A situação é motivo de preocupação para o setor agrícola do estado.

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