Na semana atual, as vendas consistentes de carne bovina no mercado doméstico sinalizam um provável crescimento do consumo nos dez primeiros dias de fevereiro devido ao pagamento dos salários e outros benefícios sociais relativos ao mês anterior, relata a Agrifatto.
“Independentemente da forte pressão de baixa sobre a arroba, a expectativa é de que os preços do animal terminado possam permanecer estáveis ao longo da primeira quinzena do próximo mês”, afirma a consultoria.
Nesta terça-feira (30/1), a cotação média do boi gordo em São Paulo continuou em R$ 240/@, de acordo com dados da Agrifatto.
“Todas as 17 praças acompanhadas mantiveram preços estáveis”, ressalta a consultoria.
Na B3, porém, os contratos futuros experimentaram uma reversão de direção, iniciando um movimento de valorização no primeiro dia desta semana.
Na segunda-feira (29/1), o contrato com vencimento para janeiro de 2024 encerrou valendo R$ 247/@, com ligeiro aumento de 0,20% em relação ao dia anterior.
Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, os preços dos animais terminados ficaram estáveis nesta terça-feira.
Com isso, o boi gordo “comum” segue negociado em R$ 240/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são vendidas por R$ 215/@ e R$ 230/@ (preços brutos e a prazo).
Por sua vez, o “boi-China” está apregoado em R$ 245/@ no mercado de São Paulo (prazo, valor bruto) – um ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”, acrescenta a Scot.
Na região Norte do Mato Grosso, porém, de acordo com a Scot, as cotações dos bois destinados ao mercado interno e à exportação caíram R$ 5/@ nesta terça-feira. Para as demais categorias, houve estabilidade nos preços.
Com isso, o boi destinado ao mercado doméstico está sendo negociado em R$ 210/@ nas praças do Norte do MT, a vaca vale R$ 195/@ e a novilha segue vendida por R$ 202/@, informa a Scot (preços brutos e a prazo). O “boi-China” está apregoado em R$ 220/@.
Mercado Pecuário | Pecuarista poderá resistir à pressão baixista com a volta das chuvas e a recuperação dos pastos?
Segundo a S&P Global Commodity Insight, na região Norte e Nordeste do País, diante das escalas de abate que adentram a segunda quinzena de fevereiro, as indústrias locais se retiram do ambiente de negócios, refletindo em recuos nos preços negociados em praças do Tocantis, Pará e Maranhão.
Além disso, perspectivas de altas temperaturas nos Estados do Centro-Oeste podem prejudicar as condições de pastagem, fomentando um atraso na entrada de animais ao mercado, diz a S&P Global.
“As chuvas aquém do esperado desde o mês passado preocupam os pecuaristas”, destacam os analistas.
Na região Sudeste, especificamente em São Paulo e Minas Gerais, o mercado do boi gordo mantém firme, especialmente os negócios envolvendo lotes de maior qualidade (com padrão-exportação), acrescenta a Agrifatto.