Em 2023, a riqueza gerada pelo complexo brasileiro da soja deve crescer 20%, quando comparado ao ano anterior. A projeção é fruto de uma parceria entre o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais.
Tradicional no agronegócio nacional, o Cepea faz parte da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Trata-se de um dos campi de maior prestígio da Universidade de São Paulo.
De acordo com as projeções, o valor agregado aoProduto Interno Bruto (PIB) pelo setor fechará em US$ 640 bilhões em 2023. A cifra corresponde a quase 25% de toda a riqueza que o agronegócio vai gerar ao longo do ano. Além disso, o número corresponde a 5% da economia do país no período.
Formam o segmento o grão in natura e as cadeias de produção geradas ao redor dele. Assim, ele inclui a fabricação de farelos, óleo e biodiesel e os serviços e insumos dedicados ao setor.
Como um todo, o segmento mantém pouco mais de 2 milhões de postos de trabalho. A marca representa 10% de toda a população ocupada pelo agronegócio.
A soja no Brasil
O complexo da soja é o carro-chefe do agronegócio brasileiro. Trata-se da cultura que gera mais riquezas e líder na pauta de exportações do país.
Atualmente, os agricultores do Brasil são os maiores produtores e exportadores do grão in natura. Pelas estimativas da Companhia Nacional do Alimentos, a colheita do país deve fechar em 162 milhões de toneladas em 2023 — um crescimento de quase 5% sobre o ciclo anterior. Desse modo, será a segunda safra recorde seguida no Brasil.
Por volta de 102 milhões de toneladas serão exportadas. O mercado interno deve absorver o restante e dar origem a 42 milhões de toneladas de farelos e 11 milhões de toneladas de óleo.