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Preços da carne bovina têm mais uma queda; confira

mercado físico do boi gordo seguiu com preços acomodados nesta terça-feira (26).

Segundo o analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a estagnação do movimento é consequência do comportamento do pecuarista, que ainda encontra as condições necessárias para reter as boiadas e reduzir o ímpeto baixista dentro do mercado.

“No entanto, as indústrias ainda operam com escalas confortáveis, posicionadas entre nove e dez dias úteis. O quadro tende a ser diferente no decorrer do segundo trimestre, com a menor incidência de chuvas reduzindo a capacidade de retenção no período que tradicionalmente marca o auge da safra do boi gordo”, diz Iglesias.


Arroba do boi em diferentes regiões:

  • São Paulo (Capital): R$ 228,00
  • Goiânia (GO): R$ 215,00
  • Uberaba (MG): R$ 221,00
  • Dourados (MS): R$ 219,00
  • Cuiabá (MT): R$ 206,00

Preços no atacado

O mercado atacadista apresentou forte queda nos preços da carne bovina, consequência do lento escoamento durante a segunda quinzena do mês, período de desaceleração no consumo.

A demanda relacionada ao Domingo de Páscoa pode trazer algum alívio. O fato é que as indústrias ainda apontam para uma quantidade considerável de produto estocado. A virada do mês, logo em seguida, também terá papel importante neste contexto, com a entrada dos salários na economia motivando a reposição entre atacado e varejo. As exportações permanecem em alto nível, com grande volume embarcado e preços ainda deprimidos”, pontuou Iglesias.

O quarto traseiro foi precificado a R$ 17,10 por quilo, queda de R$ 0,60. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 13,20 por quilo, queda de R$ 0,60. A ponta de agulha foi precificada a R$ 13,00 por quilo, queda de R$ 0,50.

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China aprova 38 frigoríficos brasileiros para exportação de carne; 6 em MT

A China anunciou a habilitação de 38 frigoríficos brasileiros para exportar carne bovina, de aves e suína para lá. Esse é o maior número de plantas autorizadas de uma só vez na história.

São 24 plantas produtoras de carne bovina, nove de carne de aves e um estabelecimento de carne bovina termoprocessada. Também foram habilitados quatro entrepostos, sendo um de carne bovina, dois de frango e um de suínos.

A previsão do governo brasileiro é que as novas habilitações gerem R$ 10 bilhões adicionais à balança comercial.

Em dezembro de 2023, auditores chineses visitaram 18 frigoríficos brasileiros para inspeção, sendo que três unidades já eram habilitadas. Já em janeiro, outras 29 plantas foram auditadas por videoconferência. Das 44 empresas inspecionadas, 38 receberam autorização para exportar. As demais não foram avalizadas por falta alguns documentos, apurou a reportagem.

A planta da Seara em Itajaí (SC) foi habilitada para a exportação de dois tipos de produtos, aves e suínos, e por isso é contabilizada duas vezes. A JBS foi a empresa com mais habilitações obtidas para exportar carne para a China nesta nova rodada de aprovações, com dez novas plantas habilitadas.

Ainda entre as gigantes do setor, a Minerva conseguiu habilitação para duas de suas unidades, uma em Janaúba (MG) e outra em Araguaína (TO). A Marfrig teve sua planta de Bataguassu (MS) habilitada pelos chineses, que é uma das maiores unidades da companhia. A BRF, controlada pela Marfrig, conseguiu aprovação da China para o embarque de aves pela unidade de Chapecó (SC).

Na carta que enviou ao governo brasileiro, a China diz que “a fim de promover o registro de empresas brasileiras de carne na China e continuar a fortalecer a cooperação na área de importação e exportação de segurança alimentar entre a China e o Brasil, com a estreita cooperação entre as duas partes, a China concluiu recentemente a revisão de 44 empresas de carne recomendado pelo Brasil e aprovado na análise do documento”.

Em 2024, Brasil e China celebram 50 anos de relações diplomáticas. O mercado chinês é o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina, suína e de frango.

Antes dessas autorizações, o Brasil tinha 106 plantas habilitadas para a China: 47 de aves, 41 de bovinos, 17 de suínos e 1 de asininos. Agora, são mais 24 plantas produtoras de carne bovina, nove de carne de aves e um estabelecimento de carne bovina termoprocessada. Também foram habilitados quatro entrepostos, sendo um de carne bovina, dois de frango e um de suínos. São 144 unidades no total.

Recentemente, a China retirou a medida antidumping que era aplicada desde 2019 às exportações brasileiras de carne de frango. O mecanismo sobretaxava os negócios entre 17,8% e 34,2% conforme a empresa exportadora.

Novo marco entre os países

O anúncio da habilitação de 38 novos frigoríficos para exportar carnes para a China significa um marco na relação bilateral entre os dois países.

Setor comemora

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) comemorou o anúncio da habilitação de novas unidades frigoríficas de carne de frango e entrepostos frigoríficos para exportar para a China.

Veja a lista dos frigoríficos habilitados:

Bovinos

JBS – Santana do Araguaína (PA)
JBS – Naviraí (MS)
JBS – Confresa (MT)
JBS – Alta Floresta (MT)
JBS – Marabá (PA)
JBS – Campo Grande (MS) – SIF 4400
JBS – Campo Grande (MS) – SIF 1662
JBS – Pimenta Bueno (RO)
JBS – Diamantino (MT)
JBS – Pontes e Lacerda (MT)
Minerva – Araguaína (TO)
Minerva – Janaúba (MG)
Marfrig – Bataguassu (MS)
Beauvallet Goiás Alimentos – Inhunmas (GO)
Prima Foods – Cassilândia (MS)
Prima Foods – Santa Fé de Goiás (GO)
Mercúrio Alimentos – Xinguara (PA)
Frigorífico Tavares da Silva – FTS – Xinguara (PA)
Better Beef – Rancharia (SP)
Boa Carne – Colider (MT)
Boibras – São Gabriel do Oeste (MS)
Distriboi – Ji-Paraná (RO)
Pantaneira – Várzea Grande (MT)
Frigorífico Rio Machado – Ji-Paraná (RO)
Pampeano – Hulha Negra (RS)

Aves

Seara – Santo Inácio (PR)
Aurora – Guatambú (SC)
BRF – Chapecó (SC)
Dip Frangos – Capanema (PR)
Jaguafrangos – Jaguapitã (PR)
Avenorte – Cianorte (PR)
Cooperativa Languiru – Westfalia (RS)
Plusval – Umuarama (PR)

Entreposto de produtos de origem animal

Seara – Itajaí (SC) – aves e suínos
Aurora – Itajaí (SC)
Cotriguaçu – Cascavel (PR)
Martini Meat – Rio Grande (RS)

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“Pé no freio” dos frigoríficos nas compras segura alta do boi gordo nas praças brasileiras

O mercado físico do boi gordo iniciou a semana seguindo a toada dos últimos dias: oferta restrita de animais terminados, com um baixo volume de lotes negociados nas praças brasileiras.

Tal conjuntura, relata a Agrifatto, mantém as escalas em nove dias, na média nacional, e os preços da arroba estabilizados em todas as 17 praças acompanhadas pela consultoria.

Nesta terça-feira (19/12), o preço médio do boi gordo em São Paulo andou de lado em R$ 245/@, informa Agrifatto.

“Pelo segundo dia consecutivo, todas as 17 regiões produtoras monitoradas mantiveram cotações laterais”, ressalta a consultoria.

No mercado futuro (B3), o contrato com vencimento para dezembro de 2023 ficou cotado em R$ 248,60/@ na segunda-feira (18/12), o que representou valorização de 0,36% no comparativo diário.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, nas praças paulistas, os estoques estão um pouco mais confortáveis, e as escalas de abate estão preenchidas.

Dessa forma, apurou a Scot, a cotação do boi gordo paulista segue valendo R$ 245/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 220/@ e R$ 237/@ (preços brutos e a prazo).

A arroba do “boi China” está cotada em R$ 250, bruto e a prazo, base SP, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”.

Segundo apurou a S&P Global Commodity Insights, a maior parte das negociações para operação em 2023 já foram concluídas e as indústrias brasileiras já apontam escalas para a primeira semana do ano vindouro.

“Apesar do fraco apetite comprador, a estabilidade dos preços do boi gordo deve permanecer ancorada na oferta enxuta de animais disponíveis para abate”, reforçam os analistas da S&P Global.

Assim como as demais consultorias, a S&P Global observou “notável estabilidade dos preços da arroba do boi gordo nas regiões produtoras”.

No segmento atacadista, as distribuições de carne com ossos em São Paulo nos primeiros dois dias desta semana foram avaliadas de “razoáveis a fracas”, relata a Agrifatto.

“Há perspectiva de uma melhora gradual a partir de quinta-feira (21/12), atingindo o ápice entre sexta-feira e sábado próximo”, prevê a consultoria, que aposta no aumento da demanda pelos cortes bovinos no período natalino.

Porém, continua a Agrifatto, nesta terça-feira, as ofertas de produtos com ossos para as negociações semanais começaram a “dar as caras”.

Contudo, ainda não há demanda, pois os atacadistas estão abastecidos até sexta-feira (22/12) e concentrados no gerenciamento dos seus estoques, acrescenta a consultoria.

“É relevante salientar que vários processadores de carne desossada encerraram as suas atividades em 2023, devido aos elevados estoques e aos preços reduzidos dos cortes, o que resultou no fechamento do leque das opções para os frigoríficos, relatam os analistas da Agrifatto, que continua:

“Não apenas por isso, mas também em decorrência desse cenário (citado acima), produtos com ossos, como vaca, boi inteiro (como consequência do excesso de oferta) e dianteiro (em razão do baixo escoamento) enfrentam dificuldades de comercialização e sinalizam eventuais quedas nos preços”, observa a Agrifatto.

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Boi gordo: preços se estabilizam no Brasil

mercado físico do boi gordo abre a semana com uma manutenção no padrão das negociações, havendo algumas tentativas de compra abaixo da referência média de preços.

A presença crescente de animais confinados no mercado tem impulsionado a expansão das escalas de abate, levando os frigoríficos a ajustar suas estratégias de compra de gado.

Como contraponto, é importante mencionar que a demanda permanece estável durante o último bimestre, período marcado pelo auge do consumo no mercado interno, conforme destacado pelo analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

Nas principais praças, os preços da arroba do boi gordo são os seguintes:

  • São Paulo, Capital: R$ 234 por arroba.
  • Goiânia, Goiás: R$ 230 por arroba (sem alterações).
  • Uberaba, MG: R$ 230 por arroba (estável).
  • Dourados, MS: R$ 226 por arroba (inalterado).
  • Cuiabá: R$ 205 por arroba (também estável).

No mercado atacadista, os preços da carne bovina estão se estabilizando.

A tendência é de uma demanda positiva para o último bimestre, o que pode dar suporte a um aumento nos preços da carne bovina no atacado e no varejo.

Além disso, a chegada do décimo terceiro salário, o recebimento de bônus sazonais e a criação de postos temporários de emprego são fatores decisivos para impulsionar o consumo no período, conforme enfatizado por Iglesias.

Os preços atuais incluem:

  • Quarto traseiro: R$ 18 por quilo.
  • Quarto dianteiro: R$ 12,75 por quilo.
  • Ponta de agulha: R$ 12,75 por quilo.
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Volume embarcado de carne bovina alcança 133,5 mil toneladas até terceira semana de Out/23

As exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada alcançaram 133,5 mil toneladas exportadas na terceira semana de outubro/23. De acordo com a  Secretária de Comércio Exterior (Secex), o volume total exportado em outubro do ano anterior ficou em 188,4 mil toneladas  em 19 dias úteis.

Com relação a média diária embarcada na terceira semana do mês, o volume  ficou em  9,5 mil toneladas e teve uma queda de 3,80%, frente ao observado no mês de outubro do ano anterior, que ficou em 9,9 mil toneladas. Já no comparativo semanal, a média diária teve uma baixa de 5,94% frente à média observada na segunda semana de outubro, que estava em  9,5 mil toneladas. 

O preço médio na terceira semana de outubro/23 ficou com US$ 4.591 mil por tonelada, na qual teve uma queda de 21,50% frente aos dados divulgados em outubro de 2022, em que os preços médios registraram o valor médio de US$ 5.846 mil por tonelada.

O valor negociado para o produto na terceira semana de outubro/23 ficou em US $ 613.324 milhões, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de outubro do ano anterior foi de US$ 1.101,879 milhões. A média diária ficou em US $ 43.808 milhões e registrou uma queda de 24,5%, frente ao observado no mês de outubro do ano passado, que ficou em US$ 57.993 milhões. 

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Produção de carne de Mato Grosso alimenta sete vezes a população do Estado

Com sua produção de carne bovina, Mato Grosso é capaz de alimentar 20 milhões de pessoas, de acordo com os cálculos do governo estadual. O número corresponde a sete vezes a população local.

Com 34 milhões de cabeças de gado, o rebanho local corresponde a 15% do nacional. O volume de carne bovina produzido em Mato Grosso é o maior do Brasil.

Atualmente, a produção mato-grossense, além de contribuir para o abastecimento brasileiro, fornece alimentos para diversos países.

O mercado externo

As exportações renderam US$ 3 bilhões à economia local em 2022, segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec). Elas chegaram a 83 destinos mundo afora, de acordo com o Ministério da Agricultura.

No mercado externo, o maior cliente é a China. Os embarques ao mercado chinês somaram quase US$ 2 bilhões no período — ou seja: por volta de 70% das receitas estaduais com exportações do setor.

“A alta da exportação e o rebanho de grande porte presente em Mato Grosso, economicamente atrai geração de empregos, rendas e outras benfeitorias”, disse César Miranda, responsável pela Sedec. “A carne de Mato Grosso possui certificado e faz parte da economia verde.”

Expectativa de crescimento

A Sedec estima que as exportações de carne bovina de Mato Grosso cresceram 220% nos últimos dez anos. Pelas estimas do órgão, os embarques devem ter um aumento médio de 11% a cada ano, podendo chegar a marca de US$ 3,7 bilhões. De acordo com as projeções oficiais, o rebanho local deve atingir 36 milhões de cabeças em 2026.

Carne bovina de Mato Grosso em 2023

De janeiro a julho de 2023, a produção de carne bovina de Mato Grosso fechou em 715 mil toneladas. O número equivale a um crescimento 15% sobre o mesmo intervalo do ano anterior. Além disso, a quantidade local representa 17% da nacional, conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.