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Rondonópolis exporta 744 milhões de dólares no primeiro trimestre e permanece como maior de MT

Rondonópolis, Mato Grosso – Com um crescimento sólido de 0,4%, as exportações de Rondonópolis atingiram a marca de US$ 744,59 milhões até março deste ano, segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior divulgados nesta sexta-feira (5). Esse montante coloca a cidade como a maior exportadora do estado e a 14ª no ranking nacional para o período em questão.

De acordo com as informações, as exportações de Rondonópolis representaram 11,9% do total exportado por Mato Grosso e 1% do Brasil entre janeiro e março de 2024. Enquanto isso, as importações registraram uma queda significativa de 45,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando US$ 148,85 milhões. Isso consagrou Rondonópolis como a maior importadora do estado e a 87ª do país, sendo responsável por 27,3% das importações mato-grossenses e 0,3% das brasileiras.

Com um saldo positivo na balança comercial de US$ 595,74 milhões, resultado do contraste entre US$ 744,59 milhões em exportações e US$ 148,85 milhões em importações, Rondonópolis demonstra sua robustez econômica.

Os números mais recentes do Ministério da Indústria e Comércio Exterior revelam que somente em março deste ano, as exportações rondonopolitanas totalizaram US$ 293 milhões, enquanto as importações alcançaram US$ 31,6 milhões.

Os países asiáticos continuam sendo os principais destinos das exportações de Rondonópolis neste primeiro trimestre. A China lidera, absorvendo 32,7% das exportações da cidade, totalizando US$ 243 milhões. Além disso, Tailândia e Indonésia também se destacam como importantes parceiros comerciais, recebendo US$ 177 milhões e US$ 80,2 milhões em exportações, respectivamente.

No que diz respeito às importações, Rússia e Canadá se destacam como os principais fornecedores. As importações da Rússia e do Canadá representaram 21,2% e 21% do total importado por Rondonópolis, respectivamente.

Quanto aos produtos exportados, a torta e outros resíduos da extração do óleo de soja lideram, representando 48% do total das exportações entre janeiro e março, alcançando um total de US$ 359 milhões. Outros produtos importantes incluem soja, algodão, carne bovina e milho, que juntos representam a maior parte das exportações locais no período.

Por outro lado, os fertilizantes dominaram as importações de Rondonópolis neste primeiro trimestre, principalmente adubos potássicos, azotados e fosfatados.

Com um desempenho sólido no comércio internacional, Rondonópolis continua a se firmar como uma importante potência econômica não só em Mato Grosso, mas em todo o Brasil.

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Exportações de Rondonópolis crescem 8,2% no bimestre

Rondonópolis registrou crescimento nas exportações neste primeiro bimestre de 2024. Segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior, as exportações da cidade subiram 8,2% neste no período em comparação com 2023, chegando a U$ 438,92 milhões. O resultado mantém Rondonópolis como maior exportadora de Mato Grosso e a 17ª do Brasil.

Os números do comércio exterior ainda apontam que, neste primeiro bimestre, as exportações locais representaram 11,9% do total exportado por Mato Grosso e 0,9% pelo Brasil.

Já as importações tiveram queda nos dois primeiros meses do ano. Com redução de 13%, Rondonópolis importou um total de U$ 117,43 milhões. Assim, o Município fecha o bimestre como maior importador de Mato Grosso e 78º do Brasil. No período, as importações da cidade representaram 29,3% do total importado pelo Estado e 0,3% das importações brasileiras.

Com as exportações chegando a U$ 438,92 milhões e as importações atingindo U$ 117,43 milhões, Rondonópolis registrou, neste bimestre, superávit de U$ 321,5 milhões.

A China se mantém como principal destino das exportações de Rondonópolis. Para o país asiático foram exportados no primeiro bimestre de 2024, U$ 131 milhões, o que representou 29,9% do total das exportações locais.

Também na Ásia, a Tailândia foi o segundo país que mais recebeu produtos da cidade. Foram exportados para o país U$ 101 milhões, 22,9% do total das exportações.

As importações vieram, principalmente da Rússia e do Canadá. Da Rússia foram importados U$ 31,5 milhões nestes meses de janeiro e fevereiro, 26,8% do total das importações no período. Do Canadá foram importados U$ 14,6 milhões, o que representa 12,5% das importações da cidade.

Neste primeiro bimestre do ano, a torta e outros resíduos da extração do óleo de soja foram os produtos mais exportados, representando 52% do total das exportações locais. Foram exportados U$ 228 milhões do produto, aumento de 14,4% em comparação ao mesmo período de 2023.

Ainda, entre os produtos com destaque nas exportações do bimestre estão a soja, representando 19% das exportações; o algodão (17%); o milho (6,2%); e, a carne bovina (4,8%).

Entre os produtos importados, o destaque fica com os fertilizantes, que representam, praticamente, a totalidade das importações de Rondonópolis neste primeiro bimestre do ano. Os fertilizantes potássicos representaram a maior parte das importações (42%), seguido dos azotados (27%) e dos fosfatados (10%).

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Exportações do complexo soja registraram recorde de volume e receita

Os embarques do complexo soja tiveram avanço de 24,7% em 2023, chegando a 126,818 milhões de toneladas. A informação parte de levantamento da Datagro Grãos. O total compreende:

  • Soja em grão: 101,856 mi de toneladas de soja em grão (+29,4%)
  • Farelo: 22,613 milhões de toneladas (+11,1%)
  • Óleo: 2,349 milhões de toneladas (-9,6%)

Os principais fatores para esse recorde é a grande safra colhida no ano passado pelo Brasil, atualmente estimada em 160,234 mi de toneladas pela consultoria, montante 23% superior à prejudicada temporada anterior.

Além disso, também explicam o cenário de remessas altas partindo do Brasil os seguintes fatores:

  • Perdas expressivas nos Estados Unidos em 2022, com safra irregular pelo quarto ano consecutivo;
  • Avanço das compras pela China após a peste suína africana (PSA) ser contornada;
  • Tensões nas relações políticas entre EUA e China; e
  • Maior competitividade do complexo soja devido à queda no padrão de preços.

Recorde de receita

soja preço cotação pib Chicago dólar

A Datagro aponta que também foi registrado recorde na receita total obtida nas exportações do complexo soja brasileiro em 2023, apesar do forte recuo nos preços médios.

Assim, a receita total foi atualizada para US$ 67,377 bilhões, 10,9% a mais que em 2022, quando foram arrecadados US$ 60,748 bilhões.

A receita do ano passado foi formada por US$ 53,316 bi decorrentes de vendas de soja em grão (+14,7%); US$ 11,507 bi da comercialização de farelo (+11,4%); e US$ 2,554 bi de óleo, o único com recuo ante 2022 (-35,1%).

“Esse extraordinário avanço da receita alcançada pelas vendas externas do setor contribuiu fortemente para impedir o recuo que estava previsto nas exportações globais do país em 2023, que veio refletindo a diminuição no ritmo de crescimento da economia brasileira. Por esse motivo, confirmamos novo recorde na participação do complexo soja na pauta geral de exportações do Brasil”, comenta Flávio Roberto de França Junior, economista e líder de conteúdo da consultoria

Participação da soja na receita nacional

A receita total das exportações brasileiras em 2023 chegou a US$ 339,673 bi, crescimento de apenas 1,7% em relação ao recorde anterior, de US$ 334,136 bi, registrado em 2022.

Com isso, o setor contribuiu com 19,8%, proporção superior ao recorde de 18,2% de 2022, superando com folga os 16,2% da média de participação dos últimos 10 anos.

Projeções para 2024

Em termos de volume, a Datagro Grãos estima saídas externas do complexo soja brasileiro em 114,900 mi de t em 2024, 9,4% aquém de 2023. Ainda assim, caso se concretize, seria o segundo maior da história:

  • Soja em grão: 88,8 mi de t (-12,8%);
  • Farelo: 24 mi de t (+6,1%); e
  • Óleo: 2,1 mi de t (-10,6%)

No que diz respeito à receita, os números iniciais da consultoria apontam para US$ 54,480 bi, o que representaria recuo de 19,1% ante 2023: US$ 41,736 bi de soja em grão (-21,7%); US$ 10,560 bi de farelo de soja (-8,2%); e US$ 2,184 bi provenientes do óleo de soja (-14,5%).

“Essa retração na receita para 2024 tende a resultar também em redução na participação das exportações do setor soja na pauta geral do Brasil, de 19,8% de 2023 para 17,0%. Apesar de bem menor, essa nova taxa ainda seguiria muito superior aos 16,2% da média para os últimos 10 anos, sendo a menor desde os 16,8% de 2020”, diz França Junior.

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Pecuária

Brasil vai bem nas exportações de carne bovina, mas ‘sonha’ com Japão e Coreia do Sul como destinos 

Especialistas apontam que estes países asiáticos, por serem bastante exigentes, seriam mais do que compradores em volume, mas ‘cartões de visita’ pela aprovação da qualidade da proteína brasileira

As exportações de carne bovina brasileira, somando in natura e processada, fecharam o ano de 2023 com volume 8,15% maior que em 2022, segundo dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO). Neste início de 2024, o montante exportado em toneladas em janeiro também cresceu em relação ao mesmo mês de 2023, na ordem de 28%.

Entretanto, a receita pelas vendas internacionais da proteína brasileira vem registrando queda desde o ano passado, resultado de uma redução nos preços pagos pelos principais países importadores, principalmente a China. 

Segundo dados da plataforma ComexVis do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, a China representou em 2023 60% do faturamento brasileiro com as vendas de carne bovina, seguido do Chile, com 5,1% e Estados Unidos, com 4,9%.

exportações carne bovina 2023 1
Fonte: ComexVis
exportações carne bovina 2023 países de destino
Fonte: ComexVis

De acordo com Paulo Mustefaga, presidente executivo da ABRAFRIGO, nos últimos anos o Brasil se consagrou como um dos grandes exportadores de carne bovina, acessando importantes mercados como Estados Unidos, Canadá, México e Rússia. “O que ainda falta seria alguns mercados asiáticos importantes, como Coreia do Sul, que já existe uma negociação, e o Japão, que hoje é o terceiro mercado mais importante do mundo, atrás de China e Estados Unidos”, afirma. 

O mercado da Coreia do Sul, um dos mais exigentes, só aceita importações de carne bovina e suína de locais que sejam livres de febre aftosa sem vacinação. Entre os dias 9 e 14 de novembro de 2023, uma delegação sul coreana visitou propriedades e plantas frigoríficas nos três Estados da região Sul do Brasil, conforme agenda organizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). 

“No último dia de trabalho, eles conheceram o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, localizado no Rio Grande do Sul. Os dois estados vizinhos conquistaram recentemente a certificação como Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, concedida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) aos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e de Mato Grosso, mas ainda falta o reconhecimento da condição pelas autoridades sul-coreanas”, informou a Cidasc-SC.

Mustefaga detalha que a ABRAFRIGO participa das tratativas, mas que quem lidera as negociações é o MAPA, “e pelo que temos conhecimento, está avançando o acordo”. “O próprio ministro (Carlos Fávaro) já deu declarações recentemente à imprensa sobre isso, e o setor espera que isso se concretize. E vai representar uma quebra de paradigma também, porque é um mercado importante do ponto de vista econômico, paga bem, é muito exigente. Seria mais uma chancela para a qualidade da carne bovina do Brasil”, disse.

Para além da Coreia do Sul, o Japão também é elencado por Mustefaga como um dos top 3 mercados mais importantes no mundo para a carne bovina, e também extremamente exigente. Assim como a Coreia do Sul, o Japão apenas importa carne bovina de regiões livres de febre aftosa sem vacinação.

Segundo Douglas Coelho, sócio da Radar Investimentos, “estrategicamente falando, um país que paga bem é o Japão, que é um sonho, mas é um país rigorosíssimo”, diz. Ele explica ainda que a habilitação japonesa de frigoríficos brasileiros para exportação de carne bovina seria “carimbo, uma melhora na imagem do Brasil, algo que impactaria mais na reputação do que no volume embarcado em si”. 

CHINA EM ROTA DE AUMENTO DE CONSUMO, MAS E O PREÇO?

“A China já é um grande parceiro que já estava consolidado e que é muito importante. O consumo per capita do Chinês ainda é baixo, mas vem numa constante de crescimento, e consolidar isso é de suma importância. Mas é importante lembrar que uma concentração muito grande causa uma dependência”, afirma Douglas Coelho.

No final do ano passado, delegações chinesas anunciaram visitas ao Brasil para vistorias em plantas frigoríficas de carne bovina em prospecção à novas habilitações. Segundo Paulo Mustefaga, no ano passado, foram 15 plantas que receberam auditoria de autoridades chinesas, e os resultados oficiais ainda não saíram. Neste ano, agora em janeiro, houve uma auditoria online, por vídeo, com 28 frigoríficos, perfazendo 43 indústrias no total que aguardam para serem habilitadas. Fora isso, outros 33 frigoríficos cujos questionários foram mandados para a China foram rejeitados pois havia alguma não-conformidade nos documentos, segundo o presidente executivo da ABRAFRIGO.
 
“Qualquer número (de frigoríficos) que seja aprovado, isso para o Brasil é bom, porque são mais empresas exportando, mais benefícios. Mas vale lembrar que a China não paga mais tão bem pela carne como era há dois ou três anos”, disse.  

Mustefaga pontua que, em 2021, quando houve o boom de exportações de carne bovina para a China, o gigante asiático chegava a pagar cerca de US$ 7 mil dólares por tonelada da proteína, que caiu para US$ 6.385 em 2022 e US$ 4.761 em 2023. “A China passa por uma severa questão econômica, mas o volume embarcado acaba suplantando a questão do valor. Vale lembrar também que em 2021/22, com a alta nas exportações, a arroba do boi aqui era alta e o custo de produção também, mas agora o custo da matéria prima também baixou”, explica. 

exportações de carne bovina série histórica
Exportações de carne bovina série histórica por valor. Fonte: ComexVis
exportações de carne bovina série histórica por peso
Exportações de carne bovina série histórica por peso. Fonte: ComexVis

PERDA DE ESPAÇO NA UNIÃO EUROPEIA

Ao passo que o Brasil conquistou os mercados mais importantes no mundo para a venda de carne bovina, como China, Estados Unidos, México e Canadá, o país foi perdendo espaço na União Europeia, onde no início dos anos 2000 havia grande fatia das vendas. 

Conforme explica Paulo Mustefaga, no início dos anos 2000 as exportações da proteína bovina brasileira para a União Europeia representavam quase 40%. Hoje o Brasil exporta o equivalente a 3,5% em volume e 5% em valor, por ser uma região que importa produtos com valor agregado maior. 

“É preciso ponderar que conquistamos o mercado Chinês, que é 50% do que exportamos em volume. No caso da União Europeia, os problemas que vêm se acumulando são sobre questões restritivas que o próprio bloco coloca, como questões sanitárias de rebanho, o que não é justificável tecnicamente, porque o Brasil não tem problemas com nenhum outro mercado comprador”, afirma.

Para o presidente executivo da ABRAFRIGO, são barreiras muito ligadas ao protecionismo econômico, uma vez que o Brasil possui preços bastante competitivos. “Praticamente todo o país é livre de aftosa com vacinação e estamos avançando em estados livre da doença sem vacinação. E agora tem a questão das barreiras ambientais que a União Europeia aprovou sobre a rastreabilidade, questão de desmatamento. É preciso considerar que o Brasil tem leis ambientais rígidas”. 

Mustefaga detalha que é difícil estimar o quanto uma retomada aos antigos patamares de exportações de carne bovina para a União Europeia representaria. “Mas é claro que se estivéssemos exportando para a União Europeia nos mesmos volumes do passado, nas condições normais de mercado, representaria uma oportunidade comercial excelente para o setor. No caso da União Europeia, são carnes de maior valor agregado, com maior preço”, apontou.

PARA ALÉM DA CARNE: EXPORTAÇÕES DE GADO EM PÉ

O balanço das exportações de gado vivo, ou ‘gado em pé’ de 2023 pelo Brasil ainda não foi finalizado, mas a perspectiva é de que tenha havido alta considerável em relação ao ano de 2022, segundo Ana Paula Oliveira. Médica veterinária e Zootecnista, mestre em Produção Animal pela FMVZ Unesp e analista de mercado da Scot Consultoria.

Ela explica que em 2022, o Brasil representava 3,78% da exportação mundial nesta modalidade, segundo o mais recente resultado do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês). “Em 2023 esse cenário deve mudar, apesar de não ter números oficiais, este número deve ter sido superado. Havia expectativa de 380 mil cabeças, e analisando o número geral, 2023 foram quase 600 mil cabeças. É um número que esperávamos ver somente na conclusão de 2024”, afirma a analista.

Este aumento das exportações de gado em pé pelo Brasil em 2023 deve, inclusive, desbancar alguns dos grandes players neste tipo de embarque, de acordo com Ana Paula. Em 2022, a União Europeia figurava em primeiro lugar, seguido de México, Canadá, Austrália, Estados Unidos e Brasil. “Em 2023 o Brasil deve chegar entre os três primeiros exportadores, deixando os Estados Unidos para trás, com menor rebanho no ano passado, e brigando com o Canadá e o México”, afirmou.

Um dos mercados-alvo do Brasil na exportação de gado vivo, segundo a especialista, é o Vietnã, que já está ‘aberto’ desde 2021, mas ainda sem negociações consistentes. A Turquia é um dos principais compradores do Brasil, e  tem uma questão cultural dos abates, há uma exigência; em seguida vem o Egito e o Iraque. “O que vemos para o futuro próximo está mais relacionado ao aumento do volume comprado, como vemos acontecendo com o Egito, por exemplo”, explicou. 

Sobre a rentabilidade, Ana Paula detalha que, se a análise das exportações de gado em pé for feita com foco na contribuição ao Produto Interno Bruto (PIB), o faturamento é pequeno: são US$ 500 milhões dólares ano, o que foi atingido em 2023. “A gente não consegue ver um número representativo como um todo, mas num pico de baixa de preço, por exemplo, quando exportamos esses bovinos, tem um retorno financeiro ao pecuarista muito mais rápido, o que melhora a condição de quem está vendendo”, explicou. 

Entre os gargalos para este tipo de exportação para o ano de 2024, a analista elenca, além dos custos de produção para o gado, as questões logísticas. Os principais compradores do Brasil são do Oriente Médio, e hoje com estes conflitos armados, a analista afirma que é preciso fazer uma rota diferente, o que pode ser desafiador este ano. Podemos perder algum espaço para a Austrália pela questão da distância, para não passar pelo Mar Vermelho. Esse seria o principal desafio para o ano de 2024, a logística, para além dos custos com a alimentação dos animais por causa da quebra de safras de gãos”, finalizou.

Por:

 Letícia Guimarães

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 Notícias Agrícolas

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Agricultura

MT representou 15% das exportações do agro do país em janeiro

O estado de Mato Grosso foi responsável por 15,5% de toda exportação do agronegócio brasileiro em janeiro deste ano.

O montante foi US$ 1,81 bilhão, um aumento de cerca de 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

No ranking geral do país, o estado mato-grossense ficou atrás apenas de São Paulo, que totalizou no mês US$ 2,22 bilhões em vendas externas, impulsionado pelo setor sucroalcooleiro.  

O levantamento foi realizado com base nas informações do sistema Agrostat, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).  

O setor do agronegócio que mais se destacou nas exportações em Mato Grosso, no mês de janeiro foi o de cereais, farinhas e preparações, que somou em vendas para o exterior US$ 708,42 milhões.

Logo na sequência está o complexo soja, com US$ 555,93 milhões. Outro destaque é o setor de fibras e produtos têxteis, em que o somatório das commodities foi de US$ 328,63 milhões.   

No Centro-Oeste do país, o valor total de exportações foi de quase US$ 3 bilhões. Neste contexto, o ranking é liderado pelas exportações de complexo soja (US$ 936,45 milhões); cereais, farinhas e preparações (US$ 833,01 milhões); carnes (US$ 477,69 milhões) e fibras e produtos têxteis (US$ 346,59 milhões). No total da região, depois de Mato Grosso, os principais exportadores na sequência são: Mato Grosso do Sul (US$ 624,83 milhões); Goiás (US$ 465,72 milhões); e Distrito Federal (US$ 13,24 milhões).  

Em todo o Brasil, as exportações de produtos do agronegócio foram de US$ 11,72 bilhões em janeiro de 2024. Um valor recorde para o histórico do mês, com alta de 14,8%, o que equivale o incremento de US$ 1,51 bilhão em relação a janeiro de 2023.

Exportação em 2023

As exportações brasileiras do agronegócio bateram recorde em 2023, atingindo US$ 166,49 bilhões. A cifra foi 4,8% superior em comparação a 2022, o que representa um aumento de US$ 7,62 bilhões.

Dessa forma, o agronegócio foi responsável por 49% da pauta exportadora total brasileira em 2023. No ano anterior, a participação foi de 47,5%.  

Os setores do agronegócio que mais exportaram foram: complexo soja (US$ 67,25 bilhões); carnes (US$ 23,51 bilhões); complexo sucroalcooleiro (US$ 17,38 bilhões); cereais, farinhas e preparações (US$15,54 bilhões) e produtos florestais (US$14,28 bilhões). Em conjunto, esses setores destacados representaram 82,9% das vendas do setor em 2023. 

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Produção de Mato Grosso foi exportada para 23 novos países em 2023

Mato Grosso ganhou novos mercados de exportação em 2023, com a venda de produtos para mais 23 países que em 2022. A maioria dos produtos importados por estes países foram o milho e os bovinos vivos, que correspondem a 79% e 21% das exportações, respectivamente. Os dados são do Centro de Dados Econômicos da Secretaria de Estado e Desenvolvimento Econômico (Sedec).

O Estado exportava para 70 países e, no ano passado, esse número subiu para 93 países. O monitoramento mostra que, destes novos compradores, 15 adquiriram produtos do Estado pela primeira vez, em 2023, sendo eles: Guiana, Suriname, Congo, Djibouti, Santa Lúcia, Guadalupe, Tanzânia, Gana, Gabão, Costa do Marfim, Albânia, Guiné, Somália e República Democrática do Congo, e sete países voltaram a importar de Mato Grosso em 2023. São eles: Suíça, Polônia, Mali, Quênia, Nigéria, Togo, Líbia, Barein, Catar, Senegal, Serra Leoa, e Ilhas Maurício. Juntos esses países foram responsáveis por US$ 11.003.271 das exportações realizadas.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, apontou que os mercados mato-grossenses se fortaleceram com o estreitamento das relações com o comércio internacional.

“Podemos ver os reflexos das missões realizadas, principalmente, nos países asiáticos, que tiveram como objetivo mostrar nossa economia forte baseada em agricultura e pecuária, além das vantagens de operar aqui. É papel do Estado abrir as portas para os novos mercados, trazendo empresários que queiram investir e comprar de Mato Grosso. O governador Mauro Mendes vem buscando estreitar esses laços comerciais que só trazem benefícios, como emprego, renda e receita para o Estado”, afirmou.

Na atual gestão, houve aumento de 94,79% nas exportações do estado em relação a 2018, sendo exportados US$ 32 bilhões em 2023 e US$ 16,4 bilhões em 2018. A China é responsável por US$ 11,8 bilhões desse montante, sendo o país que mais importou do estado no último ano, seguido do Vietnã e Espanha.

O secretário explicou que a Sedec acompanha e reúne em um dashboard interativo as informações fornecidas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

“Esse painel está categorizado em seções: Exportação, Importação e Balança Comercial, abrangendo dados tanto do estado de Mato Grosso quanto de seus municípios. A conversão da informação complexa em um conhecimento de fácil acesso facilita a compreensão do panorama econômico estadual, oferecendo suporte para a tomada de decisões estratégicas”, explicou o coordenador do Centro de Dados Econômicos da Sedec, Vinicius Hideki.

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Agropecuária pode representar 44% das exportações brasileiras

As exportações do agronegócio brasileiro devem atingir US$ 150 bilhões neste ano, estima a consultoria MacroSector em relatório. Se confirmado o valor, as vendas externas dos produtos da agropecuária serão 7,22% maiores que as do ano passado.

Do total, US$ 85,8 bilhões virão da venda de grãos, óleos e cereais; e outros US$ 23,7 bilhões devem ser provenientes da comercialização externa de proteínas e lácteos. A exportação de alimentos, bebidas e fumo deve gerar US$ 36,9 bilhões e a de madeira tende a render US$ 3,6 bilhões.Já as importações do setor da agropecuária tendem a recuar 8,75%, para US$ 14,6 bilhões, projeta a consultoria. O saldo comercial do agronegócio é estimado em US$ 135,3 bilhões positivos, alta de 9,20% contra 2022. Com os embarques previstos, o agronegócio deve representar 44% das exportações do País, segundo a MacroSector.

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Agropecuária tem o 5º mês seguido com recorde de exportações


O Brasil faturou US$ 6,8 bilhões com as exportações da agropecuária em julho. A cifra é um recorde para o mês, de acordo com os dados preliminares da balança comercial.

Além disso, os registros de exportações mostram que o Brasil entrou no quinto mês seguido batendo recorde mensal de receita com a agropecuária. E o faturamento acumulado de janeiro a julho fechou em US$ 50 bilhões — a maior cifra já registrada para esse setor no país, durante esse intervalo.


Destaques nas exportações da agropecuária

A soja segue como carro-chefe. Foram US$ 4,9 bilhões no mês julho e US$ 38 bilhões no acumulado do ano, até o momento. Na segunda posição está o milho, uma cultura que, geralmente, é cultivada de modo alternado com a soja.