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Agricultura

Safra brasileira de soja pode crescer 2,4% em 2023/24, diz consultoria

A safra brasileira de soja 2023/24 pode alcançar 156,7 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de cerca de 2,4%, ou 3,7 milhões de t, em comparação com a temporada anterior 2022/23. A avaliação é do time de inteligência e consultoria da Biond Agro, empresa brasileira de gestão e comercialização de grãos.

O clima mantém-se como principal vilão do agro brasileiro, segundo a empresa. Especialmente no Centro-Oeste, o índice de seca continua piorando e batendo valores maiores que o histórico. Em Mato Grosso, por exemplo, as regiões de Sinop, Sorriso, Alto Araguaia e Campo Novo do Parecis registram seca severa ou extrema, relatou a Biond.

“Nossos dados indicam para o mês de dezembro uma colheita de 156,7 milhões de toneladas de soja, esse número já foi revisado para baixo em duas ocasiões”, disse Felipe Jordy, coordenador de inteligência e consultoria da Biond Agro.

Já no caso do milho, a situação é mais complexa de prever, ponderou a companhia. A principal safra de referência na cultura é o milho safrinha que é plantado logo depois da colheita da soja, contudo, as expectativas também sugerem que a safra poderá ter problemas com o clima em sua janela produtiva, causando recortes na sua estimativa.

Já o cenário mundial para 2024 é de recomposição dos estoques de produtos. É possível prever boas recuperações na oferta da região da Argentina, saindo de uma colheita de 25 milhões de toneladas, para uma produção de cerca de 50 milhões de toneladas de soja, tendo o milho a mesma situação.

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Pecuária

Picanha brasileira é eleita o melhor prato do mundo; veja a lista

picanha brasileira foi eleita o melhor prato do mundo em 2023. A carne, que é conhecida como “a rainha do churrasco”, aparece em primeiro lugar no ranking do guia gastronômico Taste Atlas que elege as 100 melhores comidas do mundo. A lista, feita com base nas avaliações dos usuários da plataforma, foi divulgada na última terça-feira (12).

A carne recebeu 4,8 de cinco estrelas em e ficou à frente do roti canai, pão folhado da Malásia, e phat kaphrao, prato tailandês que combina carne com frutos do mar.

Além da picanha, outros pratos brasileiros aparecem na lista das melhores comidas do mundo. O vatapá ocupa a 16ª posição (nota 4,61), o escondidinho fica com a 58ª colocação (nota 4,52) e, por fim, o tutu de feijão ficou com o 93º lugar (nota 4,49).

De acordo com o Taste Atlas, o ranking foi elaborado a partir de 271.819 avaliações válidas, que define os 100 melhores pratos do mundo entre os 10.927 cadastrados no site. Recentemente, a plataforma divulgou lista que elege o cuscuz paulista como a pior comida brasileira.

Veja aqui: https://www.instagram.com/p/C0zRNKzIjQd/embed/captioned/?cr=1&v=12

Saiba quais são os 10 melhores pratos do mundo:

  1. Picanha (Brasil)
  2. Roti canai (Malásia)
  3. Phat kaphrao (Tailândia)
  4. Pizza napolitana (Itália)
  5. Guotie (China)
  6. Khao soi (Tailândia)
  7. Pão naan com manteiga de alho (Índia)
  8. Tangbao (China)
  9. Shashlik (Rússia)
  10. Phanaeng Curry (Tailândia)
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Pecuária

“Pé no freio” dos frigoríficos nas compras segura alta do boi gordo nas praças brasileiras

O mercado físico do boi gordo iniciou a semana seguindo a toada dos últimos dias: oferta restrita de animais terminados, com um baixo volume de lotes negociados nas praças brasileiras.

Tal conjuntura, relata a Agrifatto, mantém as escalas em nove dias, na média nacional, e os preços da arroba estabilizados em todas as 17 praças acompanhadas pela consultoria.

Nesta terça-feira (19/12), o preço médio do boi gordo em São Paulo andou de lado em R$ 245/@, informa Agrifatto.

“Pelo segundo dia consecutivo, todas as 17 regiões produtoras monitoradas mantiveram cotações laterais”, ressalta a consultoria.

No mercado futuro (B3), o contrato com vencimento para dezembro de 2023 ficou cotado em R$ 248,60/@ na segunda-feira (18/12), o que representou valorização de 0,36% no comparativo diário.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, nas praças paulistas, os estoques estão um pouco mais confortáveis, e as escalas de abate estão preenchidas.

Dessa forma, apurou a Scot, a cotação do boi gordo paulista segue valendo R$ 245/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 220/@ e R$ 237/@ (preços brutos e a prazo).

A arroba do “boi China” está cotada em R$ 250, bruto e a prazo, base SP, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”.

Segundo apurou a S&P Global Commodity Insights, a maior parte das negociações para operação em 2023 já foram concluídas e as indústrias brasileiras já apontam escalas para a primeira semana do ano vindouro.

“Apesar do fraco apetite comprador, a estabilidade dos preços do boi gordo deve permanecer ancorada na oferta enxuta de animais disponíveis para abate”, reforçam os analistas da S&P Global.

Assim como as demais consultorias, a S&P Global observou “notável estabilidade dos preços da arroba do boi gordo nas regiões produtoras”.

No segmento atacadista, as distribuições de carne com ossos em São Paulo nos primeiros dois dias desta semana foram avaliadas de “razoáveis a fracas”, relata a Agrifatto.

“Há perspectiva de uma melhora gradual a partir de quinta-feira (21/12), atingindo o ápice entre sexta-feira e sábado próximo”, prevê a consultoria, que aposta no aumento da demanda pelos cortes bovinos no período natalino.

Porém, continua a Agrifatto, nesta terça-feira, as ofertas de produtos com ossos para as negociações semanais começaram a “dar as caras”.

Contudo, ainda não há demanda, pois os atacadistas estão abastecidos até sexta-feira (22/12) e concentrados no gerenciamento dos seus estoques, acrescenta a consultoria.

“É relevante salientar que vários processadores de carne desossada encerraram as suas atividades em 2023, devido aos elevados estoques e aos preços reduzidos dos cortes, o que resultou no fechamento do leque das opções para os frigoríficos, relatam os analistas da Agrifatto, que continua:

“Não apenas por isso, mas também em decorrência desse cenário (citado acima), produtos com ossos, como vaca, boi inteiro (como consequência do excesso de oferta) e dianteiro (em razão do baixo escoamento) enfrentam dificuldades de comercialização e sinalizam eventuais quedas nos preços”, observa a Agrifatto.

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Agricultura

Mapa estuda medidas diante registro de produtividade de 10 sc/ha de soja em MT

Medidas que visam auxiliar os produtores de soja em Mato Grosso diante da baixa produtividade neste início de colheita da safra 2023/24 serão estudadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária(Mapa). A informação é do ministro Carlos Fávaro. No estado, em algumas propriedades, a colheita da oleaginosa iniciou cerca de 30 dias antes do previsto e a produtividade média registrada segundo relatos é entre 10 e 20 sacas por hectare.

O clima seco e a ausência de chuvas regulares, provocados pelo efeito do fenômeno El Niño, em Mato Grosso não só atrasou os trabalhos de semeadura da soja, como também reduziu o ciclo de maturação da cultura.

Como o Canal Rural Mato Grosso já comentou, há registros de colheita da soja 2023/24 desde meados do mês de novembro. O início dos trabalhos de retirada dos grãos das lavouras no estado costuma ocorrer entre os dias 20 e 31 de dezembro, dependendo da região produtora.

Em vídeo, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, classifica a situação vista em Mato Grosso como “grave” e “muito preocupante”.

“Vamos imediatamente chamar as nossas equipes técnicas e iniciar os debates e trabalhos com as autoridades mato-grossenses e com os produtores para que possamos tomar medidas excepcionais. Um momento de excepcionalidade reque excepcionalidade. E, é isso que vamos estar fazendo para minimizar os impactos a esses produtores e para a economia do estado”.

Auxílio para outros estados

Ainda de acordo com o ministro Carlos Fávaro, a pasta está atenta aos demais estados diante as suas situações climáticas.

“É determinação do presidente Lula para não deixar os nossos produtores passar por maiores dificuldades em função das mudanças climáticas”, salienta o ministro.

Autorização de plantio da soja até janeiro

Na última semana o Mapa e o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) autorizaram a prolongação do plantio de soja em Mato Grosso até o dia 13 de janeiro de 2024. A decisão atende a um pedido do setor produtivo do estado diante das adversidades climáticas causadas pelo El Niño.

A semeadura da oleaginosa no estado encerraria no próximo dia 24 de dezembro.

Levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado no começo de dezembro, aponta para a safra 2023/24 de soja no estado uma área de 12,131 milhões de hectares. A extensão é inferior às 12,222 milhões previstas em novembro para a temporada, contudo levemente acima ainda dos 12,122 milhões de hectares da safra 2022/23.

O recuo na área na variação mensal, explica o Imea, é “pautado pelo alto percentual de replantio apontado pelo levantamento com os agentes de mercado, estimado em 5,04% em relação à área total prevista para o estado”.

Conforme o instituto, diante dos últimos meses o clima estar mais quente, chegando a registrar mais de 60 graus no solo, e os longos períodos sem chuvas em vários municípios de Mato Grosso, em decorrência ao El Niño, o desenvolvimento das lavouras tem sido impactado e, em alguns talhões, já é observado o encurtamento do ciclo da soja. Fator este que pode prejudicar o potencial produtivo da planta.

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Pecuária

Arroba do boi gordo: preços seguem firmes no Brasil

mercado físico do boi gordo começou a semana apresentando preços firmes nas principais praças de produção e comercialização do país.

O padrão de negócios se repete, com um certo perfil de acomodação.Para altas ainda mais consistentes na arroba em dezembro, seria necessária uma variável nova.

De qualquer forma, a oferta de animais terminados ainda é restrita, e as pastagens seguem em condição complicada diante das chuvas irregulares no Centro-Norte brasileiro.

“Essa variável é fundamental como ponto de sustentação dos preços”, afirma o analista Fernando Henrique Iglesias, da Consultoria Safras & Mercado.

  • Em São Paulo, Capital, a referência média para a arroba do boi ficou em R$ 244.
  • Já em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 242 para a arroba do boi gordo.
  • Em Uberaba (MG), a arroba teve preço de R$ 240.
  • Já em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 232.
  • Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 207.

Boi no atacado

O mercado atacadista segue com preços firmes.

O ambiente de negócios ainda sugere alta dos preços no curto prazo. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 19,70 por quilo.

O quarto dianteiro segue no patamar de R$ 13 por quilo. A ponta de agulha permanece cotada a R$ 13,10 por quilo.

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Pecuária

PIB do agronegócio brasileiro recua 0,94% em 2023

Ao comparar os números do agronegócio de 2023 em relação a 2022, o PIB apresentou um recuo de 0,94%. Os dados são da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), referentes ao balanço do setor para este ano e as perspectivas para 2024. Apesar da queda, o PIB conseguiu alcançar o terceiro maior valor da série histórica iniciada em 1996 — atrás apenas de 2021 e 2022 — com R$ 2,6 trilhões. Na opinião do diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, existe uma explicação para esse resultado: o comportamento desfavorável dos preços do agronegócio.

“Poderia ser uma safra das mais caras da história. E estão aí os resultados que comprovam isso quando a gente analisa o custo de produção da soja, do milho primeiro e segundo a safra, mostrando principalmente fertilizantes, que tiveram aumento de 50% a 80% nessas cadeias — e em outras com volumes muito maiores”, avalia.

Ainda segundo o diretor, foi um ano de ‘safra cheia e bolso vazio’. “Na época de comercialização, mesmo os produtores que não travaram tanto boa parte da produção, tivemos quedas na grande parte das cadeias que variou de 20 a 30% não só na agricultura, mas principalmente na pecuária”, aponta.

O economista Aurélio Trancoso acrescenta mais um ingrediente: as elevadas taxas de juros. “A taxa de juros é extremamente maléfica. Ela prejudica, ela mata o empresário, ela mata o trabalhador e ela acaba matando o mercado. O especialista ressalta que os produtos da cesta básica estão com preços elevados nas prateleiras.

“Se está caro, as pessoas começam a diminuir o consumo, compram apenas aquilo que é necessário para a sua casa. E isso aí também faz com que você tenha produtos no mercado, mas você não tenha consumidor”

O levantamento ainda mostra que a tendência é que esse cenário continue com menor rentabilidade em 2024, de acordo com o diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi.

“Para 2024, a gente espera resultado do PIB no agronegócio próximo à neutralidade ou queda de até 2% em relação à 2023. O PIB agropecuário deve ficar em 1,5%. Influenciarão na performance menor, questões geopolíticas como as guerras e questões climáticas, com alterações na temperatura média e nos índices de chuvas provocadas pelo fenômeno El Niño”, observa.

A CNA ainda calcula que o ciclo de cortes na taxa básica de juros, iniciado em agosto, levará a taxa Selic a 11,75% ao final do ano, contribuindo para queda no custo de equalização do crédito rural e queda das taxas de juros com recursos livres. A maior produção de alimentos em 2023 ajudará o IPCA a ficar dentro da meta, fechando o período em 4,75%.

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Pecuária

Preço do boi gordo segue com “jeito” de que está prestes a subir com mais intensidade

Nesta terça-feira (5/12), o preço médio da arroba no Estado de São Paulo subiu para R$ 245/@, ante o valor de R$ 242,50, informa a Agrifatto, que acompanha diariamente as cotações em 17 praças brasileiras.

“De todas as regiões monitoradas, São Paulo e Rio Grande do Sul registraram valorização (nas cotações do boi gordo)”, relata a consultoria, acrescentando que, nas demais praças, os preços ficaram estáveis.

No mercado futuro (bolsa B3), depois da onda de valorização dos últimos dias, houve recuo de alguns contratos na segunda-feira (4/11).

O papel com vencimento para dezembro/23 ficou cotado em R$ 249,05/@, com queda de 0,32%, no comparativo semanal.

Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, nesta terça-feira, movimentos de alta foram registrados nos preços da novilha gorda, que subiram R$ 5/@, para R$ 235/@, no prazo, valor bruto.

A cotação do “boi comum” segue valendo R$ 240/@ no mercado paulista, enquanto a vaca gorda está cotada em R$ 220/@.

O “boi-China” está sendo negociado em R$ 245/@ (bruto, prazo, base SP), com ágio de R$ 5/@ sobre o valor do animal “comum), de acordo com a Scot.

Na avaliação dos analistas da S&P Global Commodity Insights, apesar de escalas encurtadas e oferta enxuta, as cotações dos animais terminados ainda sofrem resistência para evoluções mais significativas no mercado físico.

“Os preços ficaram firmes nesta terça-feira, que foi marcada por negociações pontuais para atender às necessidades de curtíssimo prazo das indústrias”, observa a S&P Global, referindo-se ao comportamento do mercado nas principais praças brasileiras.

Segundo ressalta a consultoria, apesar das escalas de abate não registrarem avanços significativos, os frigoríficos brasileiros permanecem atuando de forma limitada nas compras de boiadas gordas, com o intuito a conter avanços mais expressivos nas cotações da arroba bovina.

No entanto, continua a S&P Global, a especulação altista se mantém, sobretudo em regiões onde a disponibilidade de boiada pronta para abate é menor, notadamente nos Estados de São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Por sua vez, relata a consultoria, nas praças do Mato Grosso, Rondônia e Tocantins, a oferta atual de boiadas terminadas permanece alinhada à demanda das indústrias, que, com isso, atuam apenas para cumprir os compromissos operacionais mais recentes.

Porém, em contrapartida, as cotações do boi gordo no mercado futuro permanecem ancoradas em patamares ao redor de R$ 250/@ para os primeiros meses de 2024, indicando que a oferta enxuta de animais ainda será a razão fundamental para firmeza nos preços no início do próximo ano”, observa a S&P Global.

Cotações máximas de machos e fêmeas nesta terça-feira, 5/12 (Fonte: S&P Global)

SP-Noroeste:

boi a R$ 241/@ (prazo)
vaca a R$ 222/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 229/@ (à vista)
vaca a R$ 209/@ (à vista)

MT-Cáceres:

boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 192/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 215/@ (à vista)
vaca a R$ 190/@ (à vista)

GO-Sul:

boi a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 222/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 231/@ (à vista)
vaca a R$ 205/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 217/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 212/@ (prazo)
vaca a R$ 192/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 227/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)

RO-Cacoal:

boi a R$ 212/@ (à vista)
vaca a R$ 195/@ (à vista)

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Pecuária

Preço da arroba do boi gordo inicia a semana em alta

mercado físico do boi gordo abriu a semana com negócios acima da referência média.

As escalas de abate ainda estão encurtadas, em um momento de alta demanda.

Essa combinação sugere ajustes a curto prazo.

No entanto, para que isso se concretize, há necessidade de elevação dos preços da carne no atacado, segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

De qualquer forma, a oferta de animais terminados permanece restrita.

A condição das pastagens ainda é relevante neste momento, com poucos animais prontos para o abate.

Devido às chuvas esparsas, é provável que os animais prontos para o abate a pasto estejam aptos apenas no final do primeiro trimestre, completou.

Preços do boi

  • Em São Paulo, praticamente não há diferença entre os preços pagos por animais padrão China e animais destinados ao mercado doméstico neste momento. Animais destinados ao mercado doméstico estão sendo negociados por até R$ 250/@ a prazo, e animais padrão China também foram negociados nesse nível de preço.
  • Em Minas Gerais, houve mais um dia de acomodação dos preços no início da semana. No Triângulo Mineiro, há indicação de negócios por até R$ 250/@ a prazo.
  • Em Goiás, os preços estão firmes no início da semana, com indicação de negócios no sudoeste do estado variando entre R$ 230 e R$ 240/@ a prazo.
  • Em Mato Grosso, mais um dia de manutenção do padrão dos negócios, com indicação de negócios a R$ 209/@ a prazo em Araputanga.

Atacado

O mercado atacadista apresenta preços firmes para a carne bovina no início da semana. Dado o pico de consumo no mercado interno, o ambiente de negócios sugere alta das cotações. A entrada do 13º salário ainda gera efeito positivo, assim como outras bonificações inerentes ao período, aumentando a circulação monetária e ampliando o consumo. Além disso, a criação de empregos temporários e as confraternizações de final de ano também geram efeito positivo sobre a demanda.

O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 19,70 por quilo. O quarto dianteiro segue no patamar de R$ 13 por quilo, enquanto a ponta de agulha permanece cotada a R$ 13,10 por quilo.

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Agricultura

Soja: Datagro Grãos diz que produtor terá lucro, mas inferior a 2021 e 2022

Com o plantio da safra brasileira 2023/24 de soja em reta final, a Datagro Grãos revisou seu levantamento sobre a renda dos produtores do país para o ano que vem.

O resultado ainda sinaliza mais uma temporada remuneradora para a maioria, embora possivelmente aquém dos excelentes desempenhos de 2021 e 2022, e até mesmo do razoável ano de 2023.

De acordo com a empresa, a combinação das variáveis que determinam a lucratividade bruta, definida através da relação entre a receita obtida e o custo de produção, deve pender mais uma vez para o lado positivo.

“Mas a amplitude irá variar de estado para estado, a depender dos resultados obtidos em termos de produtividade média, sendo decisivo em um ano de irregularidade climática como o desta nova safra”, comenta o economista e líder de conteúdo da consultoria, Flávio Roberto de França Junior.

Custos de produção

Os custos operacionais de produção da safra 2023/24 nos três principais estados produtores do Brasil, Mato Grosso, Paraná e Goiás, devem registrar expressiva retração. No entanto, vale considerar que essa redução acontece ante uma base muito elevada, após fortes aumentos nas safras 2021/22 e 2022/23.

“De saldo, temos a diminuição de gastos com insumos e alguma retração no padrão da taxa de câmbio na temporada; por outro lado, o aumento expressivo nos custos fixos”, destaca França Junior.

Porém, no lado limitante, a análise da Datagro considera expectativa de produtividade média razoável, mas abaixo da do ano passado. Mesmo com o bom nível tecnológico dos produtores de soja, a influência de um fenômeno El Niño de forte intensidade vem trazendo impactos devido à irregularidade das chuvas, com excesso de precipitações no Centro-Sul e escassez no Centro-Norte.

Receita dos produtores de soja

Monte de soja em grão formando mapa do Brasil. Sobre ele, três notas de 50 reais. Ao redor, moedas de diversos valores
Foto: Daniel Popov/ Canal Rural

Em relação às tendências de receita, a sinalização inicial aponta para preços domésticos aquém dos excepcionais valores observados de 2020 a 2023, mas provavelmente superior às mínimas deste ano.

Caso a projeção de lucratividade bruta positiva se concretize, será o 18º ano consecutivo de avanço na renda de soja no Brasil.

“A princípio temos sinalizações não muito distantes dos também interessantes resultados de 2023, embora abaixo dos excepcionais números de 2020, 2021 e 2022. Com indicação de cenário um pouco melhor de preços domésticos e custos de produção bem menores, mas com produtividades comprometidas”, avalia França Junior.

De acordo com a Datagro, as principais variáveis que podem interferir nas projeções de forma mais intensa são:

  • O comportamento do clima na América do Sul nos próximos meses;
  • O andamento da economia global e o encaminhamento da economia brasileira;
  • A evolução do conflito no Leste Europeu;
  • A definição da safra de 2024 nos Estados Unidos.

Além disso, o líder de conteúdo da empresa destaca o controle definitivo da inflação e as preocupações com o equilíbrio das contas públicas no Brasil como questões que também podem interferir no cenário.

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Pecuária

Preço futuro do boi gordo: contratos acumulam ganhos em novembro

O mês de novembro foi de recuperação para o mercado futuro do boi gordo para todos os vencimentos em aberto com maior liquidez (Figura abaixo). O destaque foi o preço esperado do boi gordo, especialmente para os vencimentos entre janeiro e março de 20224, que voltaram a ser cotado próximo de R$250,0 por arroba.

A Figura abaixo apresenta dados do preço esperado do boi gordo (B3) para os vencimentos entre novembro de 2023 e maio de 2024, em Reais por arroba, praticados no último dia útil de outubro e novembro de 2023.

preço futuro do boi gordo
Fonte: Dados da B3 (adaptado por Farmnews)

O preço futuro do boi gordo subiu em novembro para todos os contratos com vencimento entre novembro de 2023 e maio de 2024.

O destaque de valorização, contudo, foi o contrato para vencimento em janeiro de 2024, cotado a R$249,0 por arroba e acumulando alta de 5,0% frente ao valor que encerrou outubro (R$237,2). Apesar da maior alta para o contrato de janeiro, a expectativa de preço mais alta ficou para o vencimento de fevereiro, cotado a R$249,1 por arroba.

O fato é que o preço esperado do boi gordo voltou a se aproximar de R$250,0 por arroba, acompanhando a alta observada no mercado físico no final de novembro, após um período de relativa calmaria nos meses de outubro e a primeira metade de novembro.

O preço do boi gordo voltou a apresentar recuperação no fim de novembro, alcançando o maior patamar desde julho. Pois é, com a proximidade da virada do mês e a expectativa de uma demanda por carne mais aquecida em dezembro, período de festividade, o preço do boi gordo mostra sinais de reação após a relativa calmaria entre outubro e o fim de novembro.

Fonte: FarmNews