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Pecuária

Preços da arroba do boi gordo caem em alguns estados; veja cotação em Rondonópolis

mercado físico do boi iniciou a semana com queda nos preços da arroba em alguns estados.

“O movimento foi mais evidente em Rondônia, onde a quantidade de animais ofertados segue representativa, justificando o atual movimento da indústria, que conta com uma programação bastante confortável e vai pressionando as cotações da arroba do boi gordo”, diz o analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

A boa notícia para o setor é que a demanda de carne bovina está bastante aquecida, com exportações representativas. Isso está ajudando a enxugar o mercado doméstico e a impedir quadros mais graves de excesso de oferta.

“Vale a menção que a situação climática é imprescindível para o entendimento do atual momento do mercado do boi, ainda com chuvas pouco representativas e altas temperaturas no Centro-Oeste e Sudeste do Brasil”, afirma Iglesias.

Arroba do boi

  • São Paulo, capital: R$ 228
  • Goiânia, Goiás: R$ 212
  • Uberaba (MG): R$ 218
  • Dourados (MS): R$ 220
  • Rondonópolis (MT): R$ 209

Atacado

O mercado atacadista segue com preços firmes, ainda com algum espaço para alta dos preços no curto prazo.

O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 18 por quilo. O quarto dianteiro segue no patamar de R$ 13,90 por quilo. A ponta de agulha segue no patamar de R$ 13 por quilo.

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Agricultura

Conab revê safra total com ajuste em soja e milho; perdas no RS não foram contabilizadas

A área semeada para a soja na safra 2023/2024 teve um ajuste a partir da identificação de novas áreas de cultivo no Maranhão, Goiás, Pará, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. O mesmo foi verificado para o milho 2ª safra. As informações estão no 8º Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024 divulgado nesta terça-feira (14) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Diante disso, a estimativa para a produção nesta temporada está em 295,45 milhões de toneladas de grãos. No entanto, as fortes chuvas registradas no Rio Grande do Sul trarão impactos negativos para o resultado final do atual ciclo.

“Não é possível ainda ter precisão nas perdas para o setor no estado. Os níveis de água estão elevados e o acesso às propriedades é difícil, impossibilitando que se faça uma avaliação mais detalhada. E vale ressaltar que neste primeiro momento a preocupação é com as vidas e com a garantia do abastecimento, fazer com que as pessoas atingidas pelas chuvas tenham o direito ao básico, como a alimentação”, afirma o presidente da companhia, Edegar Pretto.

Arroz

Atualmente, a produção para o arroz está estimada em 10,495 milhões de toneladas pela Conab. Porém, as frequentes e volumosas chuvas registradas no Rio Grande do Sul, principal produtor do grão no país, resultarão em perdas nas lavouras da cultura no estado. Os prejuízos ainda estão sendo mensurados, mas pelo menos 8% da área gaúcha para a cultura registrará perdas devido às volumosas chuvas, indica a estatal.

Nos demais estados, a colheita avança favorecida pela estabilidade climática. Até o dia 5 deste mês cerca de 80,7% da área semeada em todo país já estava colhida. A qualidade dos grãos colhidos é satisfatória, com bons rendimentos também na quantidade de grãos inteiros, indica o levantamento.

Feijão

Para o feijão, as atenções se voltam para a segunda safra da leguminosa. Com a área toda semeada, as lavouras vêm apresentando um bom desenvolvimento. No Paraná, as chuvas foram irregulares nas principais regiões produtoras nas últimas semanas, mas, de acordo com as avaliações dos técnicos da Conab, é perceptível que as condições climáticas gerais estão melhores que no início do ciclo, beneficiando as lavouras mais tardias e devendo elevar a média produtiva da cultura em comparação à temporada anterior.

Já em Minas Gerais foi verificado um leve incremento de área plantada em relação ao ano passado. As condições gerais das lavouras mineiras são consideradas boas, com a umidade do solo sendo favorável ao desenvolvimento da cultura.

Somando as três safras do grão, a produção nacional deverá atingir 3,32 milhões de toneladas, volume 9,5% superior à produção de 2022/23.

Milho

O levantamento da Conab também estima uma colheita de milho em 111,64 milhões de toneladas, redução de 15,4% se comparada com a temporada passada. A primeira safra do cereal teve, na maioria dos estados produtores, produtividades inferiores às obtidas no último ciclo, influenciadas por condições climáticas adversas ocorridas.

Na segunda safra do grão, as condições não são uniformes. Em Mato Grosso, a maioria das lavouras encontram-se em enchimento de grãos, com bom desenvolvimento e boa reserva hídrica no solo. Porém, em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e parte do Paraná, a redução das precipitações em abril provocou sintomas de estresse hídrico em diversas áreas.

Soja

Em virtude dos ajustes de área e produtividade, neste levantamento, caso a condição de catástrofe climática não tivesse ocorrido no Rio Grande do Sul, a produção brasileira de soja, estimada nesse levantamento, seria superior a 148,4 milhões de toneladas. No entanto, a estimativa atualizada de produção da oleaginosa é de 147,68 milhões de toneladas, redução de 4,5% sobre a safra anterior. Com a atualização realizada, área total cultivada na safra 2023/24 é de 45,7 milhões de hectares, 3,8% superior ao semeado na safra passada. Porém, as produtividades foram inferiores às da safra passada em quase todo o país, reflexo das condições climáticas adversas ocorridas durante a implantação e desenvolvimento da cultura, com falta e excesso de precipitações em épocas importantes no desenvolvimento da cultura. 

Já para o algodão, é esperado um crescimento de 16,7% na área cultivada, explicado, principalmente, pelas boas perspectivas de mercado. As condições climáticas continuam favorecendo as lavouras, predominando os estágios de floração e formação de maçãs. Com isso, a produção da pluma deve atingir 3,64 milhões de toneladas, recorde na série histórica da Conab. 

No caso das culturas de inverno, a semeadura do trigo já teve início nos estados do Centro-Oeste e Sudeste e no Paraná. No Rio Grande do Sul, em face dos altos índices pluviométricos que vêm ocorrendo no estado, o plantio da cultura deverá iniciar com um certo atraso nas regiões mais quentes do estado (Alto Uruguai e região das Missões), que também são as responsáveis pelo maior plantio da cultura.

Mercado

Neste levantamento, a Conab fez ajustes no quadro de suprimento de arroz. Estima-se uma expansão do consumo nacional  do grão para 11 milhões de toneladas na safra 2023/24. Essa revisão foi realizada com base no provável cenário de políticas públicas de incentivo à ampliação de consumo de arroz ao longo de 2024. As importações do grão foram aumentadas e agora estão projetadas em 2,2 milhões de toneladas, enquanto as exportações tiveram leve redução e podem atingir 1,2 milhão de toneladas.

No entanto, essas estimativas serão atualizadas à medida que os impactos das fortes chuvas no Rio Grande do Sul forem mensurados, uma vez que os dados ainda são preliminares, dada a dificuldade de acesso às regiões afetadas. A redução deverá acontecer tanto no produto a ser colhido, quanto no grão já estocado em áreas inundadas.

Para a soja, a revisão na área cultivada permitiu um leve aumento na produção em relação ao último levantamento, o que possibilita uma estimativa de exportações em 92,5 milhões de toneladas. Mas, assim como no caso do arroz, a projeção tende a ser revisada à medida que os impactos das chuvas no estado gaúcho forem dimensionados. No entanto, a produção brasileira atende o abastecimento interno, devendo as vendas ao mercado internacional serem impactadas.

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Agricultura Pecuária

Inmet emite alerta para queda de temperatura e mínima pode chegar a 15ºC em Rondonópolis

O INMET emitiu um alerta amarela de declínio da temperatura entre 3ºC e 5ºC para diversos municípios incluindo Rondonópolis e 41 outras cidades do MT.

O alerta amarelo vai começar às 22:00h desta segunda-feira (13) com previsão de término às 09:00h da manhã de quarta-feira (15).

Apesar do alerta, nesta segunda-feira está em vigor um alerta vermelho do Inmet para onda de calor. 

De acordo com o instituto, a mínima prevista para a terça-feira é de 16°C e a máxima de 33°C.

Já na quarta-feira (15), a previsão é que os termômetros possam marcar até 15°C. A máxima prevista é de 35°C.

Veja aqui a previsão completa.

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Agricultura

CNM estima prejuízos de R$ 1,2 bilhão na agricultura do RS

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) emitiu uma nota, neste domingo (12), estimando R$ 1,2 bilhão em prejuízos para a agricultura do Rio Grande do Sul trazidos pelas chuvas que causaram estragos em 446 municípios desde 29 de abril.

O valor total de prejuízos gerados para o estado é de R$ 8,4 bilhões, R$ 4,5 bilhões se referem ao setor habitacional, com 101 mil moradias destruídas ou danificadas. No setor público, R$ 1,6 bilhões dos prejuízos se referem a obras de infraestrutura, como pontes, calçamentos e sistemas de drenagens urbanas.

A estimativa para outros setores também foi feita, sendo R$ 64 milhões em prejuízos na pecuária, R$ 245,5 milhões na indústria, R$ 121,4 milhões no comércio e R$ 27,6 milhões nos demais serviços.

A CNM informa que o total de R$ 8,4 bilhões em prejuízos foi informado pelos municípios, mas são dados parciais e estão sendo alterados pelos gestores locais à medida que o nível da água continua a baixar.

AJUDE O RIO GRANDE DO SUL
Com 85% de seus municípios afetados pela calamidade climática, o estado sulista sofre com severos estragos, e sua ajuda é fundamental para que as vítimas possam recomeçar suas vidas. Uma das formas de fazer doações é o financiamento coletivo criado pelo influenciador Badin, o Colono. Você pode ajudar via Pix usando a chave enchentes@vakinha.com.br ou acesse a Vakinha A Maior Campanha Solidária do RS e deixe sua contribuição.

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Pecuária

Preço do boi gordo fica estável com oferta de animais elevada

A arroba bovina registrou poucas oscilações no mercado físico, enquanto a oferta de gado ainda encontra-se em níveis favoráveis para a indústria e a demanda é considerada moderada. “As cotações para todas as categorias permanecem estáveis e as escalas [programações] de abate seguem, em média, para 11 dias”, disse a Scot Consultoria em boletim nesta terça-feira (7/5).

Em Barretos (SP) e Araçatuba (SP), o boi gordo ficou cotado a R$ 230,29 por arroba, recuo de 0,87% na variação diária, conforme levantamento da Scot. No norte de Mato Grosso, porém, houve leve alta de 0,03%, para R$ 209,65 por arroba.

O indicador do boi gordo Cepea/B3 também variou pouco ontem (6/5), com uma ligeira baixa de 0,02% para R$ 233,75 por arroba.

Os analistas da Agrifatto comentaram em relatório que algumas regiões já começaram a sentir dificuldades para manter o gado no pasto devido à falta de chuva, enquanto outras ainda conseguem administrar melhor a oferta. A aproximação do período mais seco, com a passagem do outono para o inverno, tende a piorar as condições das pastagens.

Na ponta da demanda, a chegada da primeira quinzena do mês gera expectativa de melhora para o escoamento da carne no mercado doméstico.

“Atualmente, há uma demanda firme por carne com osso destinada ao consumo doméstico, especialmente de boi castrado e traseiro, cotados a R$ 15,80 por quilo e R$ 17,75 por quilo, respectivamente. A expectativa segue [alta] para o dia das mães e um possível enxugamento da quantidade ofertada nas gôndolas do mercado”, estimou a Agrifatto.

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Pecuária

MT registra a menor produtividade de soja dos últimos cinco anos

A produção da safra 2023/24 de soja em Mato Grosso foi consolidada em 39,05 milhões de toneladas, queda de 13,83% ante a safra passada. O decréscimo é motivado pela produtividade de 52,16 sacas por hectare, a menor observada nos últimos cinco anos.

Na safra 2023/24 pouco mais de 12,478 milhões de hectares foram semeados com a oleaginosa no estado, aponta levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

A extensão representa uma alta de e 2,86% em relação à estimativa anterior e 2,94% em relação à safra passada. Entre as regiões do estado, destaque para a norte, que aumentou em 20,80% a área em relação à safra passada, chegando a 914 mil hectares.

Falta de chuva impacta produtividade

falta de chuva no período de desenvolvimento das lavouras de soja com cultivares de ciclos precoce e médio, que acarretou o encurtamento do estádio da oleaginosa e prejudicou o potencial reprodutivo das plantas, é apontado como o principal motivo para o menor rendimento dos últimos cinco anos.

Ao se comparar com a temporada passada há uma quebra de 16,28% na produtividade.

“Além disso, foi observado uma redução na produtividade ainda maior nas áreas que têm como sucessão o algodão, visto a antecipação do plantio da oleaginosa devido à preocupação dos produtores com a janela ideal da segunda safra”, salienta o Imea.

Com o recuo na produtividade, a produção da safra 2023/24 caracteriza-se como a menor dos últimos dois anos. No ciclo 2022/23 foram colhidas 45,316 milhões de toneladas, enquanto na safra 2021/22 pouco mais de 40,886 milhões de toneladas.

A atual temporada fica à frente do ciclo 2020/21 quando 36,051 milhões de toneladas foram colhidas no estado.

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Agricultura

Tragédia do RS faz preços da soja subirem no Brasil e em Chicago

O mercado brasileiro de soja apresentou grandes movimentações na comercialização do grão neste início de semana.

Com o aumento significativo das cotações na Bolsa de Chicago, as cotações internas demonstraram uma valorização considerável, criando oportunidades para os produtores que realizaram negociações em volumes maiores, destacou a Safras Consultoria.

Embora o dólar tenha permanecido praticamente estável, as flutuações nos preços em
Chicago exerceram uma influência significativa sobre as cotações internas.

Veja os preços no Brasil

  • Passo Fundo (RS): subiu de R$ 126 para R$ 131
  • Região das Missões: avançou de R$ 125 para R$ 130
  • Porto de Rio Grande: aumentou de R$ 133 para R$ 138
  • Cascavel (PR): subiu de R$ 126 para R$ 129
  • Porto de Paranaguá (PR): passou de R$ 133 para R$ 136
  • Rondonópolis (MT): foi de R$ 117 para R$ 119
  • Dourados (MS): passou de R$ 118 para R$ 120
  • Rio Verde (GO): partiu de R$ 116 para R$ 119

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais altos. As inundações no Rio Grande do Sul e os prejuízos sobre as lavouras gaúchas impulsionaram as cotações.

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 348.654 toneladas na semana encerrada no dia 2 de maio, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 276.092 toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 33,75 centavos de dólar, ou 2,8%, a US$ 12,48 3/4 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 12,46 por bushel, com ganho de 30,50 centavos ou 2,5%.

Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com alta de US$ 15,40 ou 4,13% a US$ 387,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 43,84 centavos de dólar, com elevação de 0,76 centavo ou 1,76%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,08%, sendo negociado a R$ 5,0741 para venda e a R$ 5,0720 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,0602 e a máxima de R$ 5,0918.

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Pecuária

Brasil se torna livre de febre aftosa sem vacinação

O governo federal informou nesta quinta-feira (2) que o Brasil se tornou um país livre de febre aftosa sem vacinação animal.

O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.

A autodeclaração ocorre após o fim da última campanha nacional de imunização contra a febre aftosa em 12 unidades da Federação e em parte do Amazonas.

“O Brasil sobe para o degrau de cima da sanidade animal, tão almejada. Os mercados mais exigentes e mais remuneradores vão estar abertos para o Brasil”, celebrou Fávaro.

Segundo ele, a medida abre caminho para que o Brasil possa exportar carne bovina para países como Japão e Coreia do Sul, por exemplo, que só compram de mercados livres da doença sem vacinação.

Hoje é um dia histórico, porque sempre o Brasil sonhou em ser um país livre de febre aftosa sem vacinação, ou seja, um estágio bem avançado de sanidade animal e boa defesa agropecuária”, afirmou o vice-presidente Geraldo Alckmin.

A próxima etapa consiste na apresentação de documentação para Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que é quem tem poder para reconhecer o novo status sanitário do país.

Para conceder a declaração de país livre da febre aftosa sem vacinação, a OMSA exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados por, pelo menos, 12 meses.

O Brasil deve apresentar o pleito em agosto deste ano. Já o resultado, se aprovado, será apresentado em maio de 2025, durante assembleia geral da entidade.

Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.

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Pecuária

Bancada do agro pede R$ 20 bilhões para equalizar juros do Plano Safra

A bancada do agronegócio no Congresso Nacional, liderada pelo deputado Pedro Lupion (PP-PR), deseja que o governo federal direcione mais recursos para o próximo Plano Safra.

Os parlamentares da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) solicitam, pelo menos, R$ 20 bilhões para a equalização de juros nas diferentes linhas do Plano Safra, além de alocar R$ 2,5 bilhões para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).

“Queremos que o Plano Safra tenha linhas de crédito claras para permitir que o setor agro continue dinâmico e vibrante em nossa economia”, diz o vice-presidente da FPA, deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).

Já o presidente da FPA destaca que o Plano Safra deve ser adaptado às necessidades atuais do agronegócio para que o setor continue avançando.

“Não é viável viver sem subsídios, sem acesso a recursos e garantias. Na Safra 23/24, lutamos por R$ 20 bilhões, mas o governo liberou apenas R$ 13,5 bilhões. Desse valor, brigamos para destinar dinheiro para o seguro rural, mais R$ 3 bilhões, que era o que precisávamos. Veja o resultado, Mato Grosso, por exemplo, que nunca havia contratado seguro, agora está tentando fazê-lo. Foram executados apenas cerca de R$ 1 bilhão de PSR”, afirma Pedro Lupion.

A proposta foi apresentada durante a FPA Itinerante, na 29ª edição da Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do país, que acontece em Ribeirão Preto (SP).

O evento reuniu parlamentares, produtores rurais e entidades como Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), SRB (Sociedade Rural Brasileira), Faesp (Federação das Associações Rurais do Estado de São Paulo) e Abag (Associação Brasileira do Agronegócio).

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Agricultura

Como os preços da soja devem se comportar nesta semana?

O câmbio e a Bolsa de Chicago tiveram movimentos favoráveis aos produtores de sojana última semana. Confira, abaixo, o resumo dos principais fatos que impactaram o mercado nos últimos dias e a análise da plataforma Grão Direto sobre o que está por vir.

Como foi a semana da soja

Demanda norte-americana continua fraca: as vendas semanais para exportação mais uma vez vieram fracas (210,9 mil toneladas), e abaixo das expectativas (300 a 600 mil toneladas).

Exportações recordes no Brasil: os embarques de soja alcançaram números históricos para o mês de abril e para o acumulado de 2024, ultrapassando a marca de 10 milhões de toneladas em apenas 15 dias úteis.

Dólar em queda temporária: apesar do cenário de cautela nos Estados Unidos, Brasil e Oriente Médio, o dólar teve uma semana de queda no mundo. No Brasil, ele permaneceu em níveis acima de R$ 5,10.

Contratos futuros: em Chicago, o contrato de soja para maio de 2024 encerrou a U$11,59 o bushel (+0,78%). Já o de julho a U$11,77 o bushel (+1,03%). Apesar da queda de 1,54% no dólar, o mercado físico da soja teve pouca alteração, principalmente pela alta de Chicago e dos prêmios.

O que esperar do mercado?

Clima nos Estados Unidos: o mercado deve continuar atento ao clima no Meio-Oeste dos Estados Unidos para determinar a continuidade das atividades no campo. As previsões indicam um aumento da intensidade das chuvas nos próximos sete dias em praticamente todo o cinturão agrícola. 

Caso aconteça, poderá provocar diminuição no ritmo de plantio, podendo impulsionar as cotações de Chicago.

Safra 2023/24 norte-americana: o plantio norte-americano segue em desenvolvimento, chegando a 8% da área projetada, com condições favoráveis, de acordo com o USDA. Esse número está acima da média dos últimos 5 anos e igual ao do ano passado. Se esse ritmo persistir, é possível esperar uma evolução acima de 80% até o final do mês.

Soja brasileira: a atratividade da soja brasileira continua forte no mercado internacional. Esse fato é confirmado pelo reporte de volume exportado que, por sua vez, está elevando os prêmios de exportação. Os primeiros meses deste ano estão tendo recorde nas exportações da oleaginosa, principalmente para a China.

Exportações recordes: os primeiros meses deste ano têm sido caracterizados por volumes significativos de exportação de soja brasileira, principalmente para a China. É esperado que abril encerre com volumes próximos a 15 milhões de toneladas, totalizando aproximadamente 37 milhões de toneladas até agora. 

“Esse cenário destaca a atratividade da soja brasileira em comparação com a soja norte-americana”, diz a plataforma.

Dólar em alta: a moeda dos Estados Unidos pode retomar sua trajetória de valorização, com os investidores atentos a três pontos principais: a perspectiva de taxas de juros mais altas por um período prolongado nos EUA, a deterioração da percepção do risco fiscal no Brasil e a cautela diante do conflito no Oriente Médio.

Considerando os cenários apresentados, a Grão Direto acredita que as cotações em Chicago mantenham sua tendência de valorização, aproximando-se do nível de US$ 12,00 por bushel. 

“Essa tendência pode influenciar os preços da soja brasileira, proporcionando oportunidades favoráveis para negociações”, ressalta a empresa.