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Preços da arroba do boi gordo caem em alguns estados; veja cotação em Rondonópolis

mercado físico do boi iniciou a semana com queda nos preços da arroba em alguns estados.

“O movimento foi mais evidente em Rondônia, onde a quantidade de animais ofertados segue representativa, justificando o atual movimento da indústria, que conta com uma programação bastante confortável e vai pressionando as cotações da arroba do boi gordo”, diz o analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

A boa notícia para o setor é que a demanda de carne bovina está bastante aquecida, com exportações representativas. Isso está ajudando a enxugar o mercado doméstico e a impedir quadros mais graves de excesso de oferta.

“Vale a menção que a situação climática é imprescindível para o entendimento do atual momento do mercado do boi, ainda com chuvas pouco representativas e altas temperaturas no Centro-Oeste e Sudeste do Brasil”, afirma Iglesias.

Arroba do boi

  • São Paulo, capital: R$ 228
  • Goiânia, Goiás: R$ 212
  • Uberaba (MG): R$ 218
  • Dourados (MS): R$ 220
  • Rondonópolis (MT): R$ 209

Atacado

O mercado atacadista segue com preços firmes, ainda com algum espaço para alta dos preços no curto prazo.

O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 18 por quilo. O quarto dianteiro segue no patamar de R$ 13,90 por quilo. A ponta de agulha segue no patamar de R$ 13 por quilo.

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Agricultura Pecuária

Inmet emite alerta para queda de temperatura e mínima pode chegar a 15ºC em Rondonópolis

O INMET emitiu um alerta amarela de declínio da temperatura entre 3ºC e 5ºC para diversos municípios incluindo Rondonópolis e 41 outras cidades do MT.

O alerta amarelo vai começar às 22:00h desta segunda-feira (13) com previsão de término às 09:00h da manhã de quarta-feira (15).

Apesar do alerta, nesta segunda-feira está em vigor um alerta vermelho do Inmet para onda de calor. 

De acordo com o instituto, a mínima prevista para a terça-feira é de 16°C e a máxima de 33°C.

Já na quarta-feira (15), a previsão é que os termômetros possam marcar até 15°C. A máxima prevista é de 35°C.

Veja aqui a previsão completa.

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Pecuária

Preço do boi gordo fica estável com oferta de animais elevada

A arroba bovina registrou poucas oscilações no mercado físico, enquanto a oferta de gado ainda encontra-se em níveis favoráveis para a indústria e a demanda é considerada moderada. “As cotações para todas as categorias permanecem estáveis e as escalas [programações] de abate seguem, em média, para 11 dias”, disse a Scot Consultoria em boletim nesta terça-feira (7/5).

Em Barretos (SP) e Araçatuba (SP), o boi gordo ficou cotado a R$ 230,29 por arroba, recuo de 0,87% na variação diária, conforme levantamento da Scot. No norte de Mato Grosso, porém, houve leve alta de 0,03%, para R$ 209,65 por arroba.

O indicador do boi gordo Cepea/B3 também variou pouco ontem (6/5), com uma ligeira baixa de 0,02% para R$ 233,75 por arroba.

Os analistas da Agrifatto comentaram em relatório que algumas regiões já começaram a sentir dificuldades para manter o gado no pasto devido à falta de chuva, enquanto outras ainda conseguem administrar melhor a oferta. A aproximação do período mais seco, com a passagem do outono para o inverno, tende a piorar as condições das pastagens.

Na ponta da demanda, a chegada da primeira quinzena do mês gera expectativa de melhora para o escoamento da carne no mercado doméstico.

“Atualmente, há uma demanda firme por carne com osso destinada ao consumo doméstico, especialmente de boi castrado e traseiro, cotados a R$ 15,80 por quilo e R$ 17,75 por quilo, respectivamente. A expectativa segue [alta] para o dia das mães e um possível enxugamento da quantidade ofertada nas gôndolas do mercado”, estimou a Agrifatto.

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Pecuária

MT registra a menor produtividade de soja dos últimos cinco anos

A produção da safra 2023/24 de soja em Mato Grosso foi consolidada em 39,05 milhões de toneladas, queda de 13,83% ante a safra passada. O decréscimo é motivado pela produtividade de 52,16 sacas por hectare, a menor observada nos últimos cinco anos.

Na safra 2023/24 pouco mais de 12,478 milhões de hectares foram semeados com a oleaginosa no estado, aponta levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

A extensão representa uma alta de e 2,86% em relação à estimativa anterior e 2,94% em relação à safra passada. Entre as regiões do estado, destaque para a norte, que aumentou em 20,80% a área em relação à safra passada, chegando a 914 mil hectares.

Falta de chuva impacta produtividade

falta de chuva no período de desenvolvimento das lavouras de soja com cultivares de ciclos precoce e médio, que acarretou o encurtamento do estádio da oleaginosa e prejudicou o potencial reprodutivo das plantas, é apontado como o principal motivo para o menor rendimento dos últimos cinco anos.

Ao se comparar com a temporada passada há uma quebra de 16,28% na produtividade.

“Além disso, foi observado uma redução na produtividade ainda maior nas áreas que têm como sucessão o algodão, visto a antecipação do plantio da oleaginosa devido à preocupação dos produtores com a janela ideal da segunda safra”, salienta o Imea.

Com o recuo na produtividade, a produção da safra 2023/24 caracteriza-se como a menor dos últimos dois anos. No ciclo 2022/23 foram colhidas 45,316 milhões de toneladas, enquanto na safra 2021/22 pouco mais de 40,886 milhões de toneladas.

A atual temporada fica à frente do ciclo 2020/21 quando 36,051 milhões de toneladas foram colhidas no estado.

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Brasil se torna livre de febre aftosa sem vacinação

O governo federal informou nesta quinta-feira (2) que o Brasil se tornou um país livre de febre aftosa sem vacinação animal.

O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.

A autodeclaração ocorre após o fim da última campanha nacional de imunização contra a febre aftosa em 12 unidades da Federação e em parte do Amazonas.

“O Brasil sobe para o degrau de cima da sanidade animal, tão almejada. Os mercados mais exigentes e mais remuneradores vão estar abertos para o Brasil”, celebrou Fávaro.

Segundo ele, a medida abre caminho para que o Brasil possa exportar carne bovina para países como Japão e Coreia do Sul, por exemplo, que só compram de mercados livres da doença sem vacinação.

Hoje é um dia histórico, porque sempre o Brasil sonhou em ser um país livre de febre aftosa sem vacinação, ou seja, um estágio bem avançado de sanidade animal e boa defesa agropecuária”, afirmou o vice-presidente Geraldo Alckmin.

A próxima etapa consiste na apresentação de documentação para Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que é quem tem poder para reconhecer o novo status sanitário do país.

Para conceder a declaração de país livre da febre aftosa sem vacinação, a OMSA exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados por, pelo menos, 12 meses.

O Brasil deve apresentar o pleito em agosto deste ano. Já o resultado, se aprovado, será apresentado em maio de 2025, durante assembleia geral da entidade.

Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.

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Bancada do agro pede R$ 20 bilhões para equalizar juros do Plano Safra

A bancada do agronegócio no Congresso Nacional, liderada pelo deputado Pedro Lupion (PP-PR), deseja que o governo federal direcione mais recursos para o próximo Plano Safra.

Os parlamentares da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) solicitam, pelo menos, R$ 20 bilhões para a equalização de juros nas diferentes linhas do Plano Safra, além de alocar R$ 2,5 bilhões para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).

“Queremos que o Plano Safra tenha linhas de crédito claras para permitir que o setor agro continue dinâmico e vibrante em nossa economia”, diz o vice-presidente da FPA, deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).

Já o presidente da FPA destaca que o Plano Safra deve ser adaptado às necessidades atuais do agronegócio para que o setor continue avançando.

“Não é viável viver sem subsídios, sem acesso a recursos e garantias. Na Safra 23/24, lutamos por R$ 20 bilhões, mas o governo liberou apenas R$ 13,5 bilhões. Desse valor, brigamos para destinar dinheiro para o seguro rural, mais R$ 3 bilhões, que era o que precisávamos. Veja o resultado, Mato Grosso, por exemplo, que nunca havia contratado seguro, agora está tentando fazê-lo. Foram executados apenas cerca de R$ 1 bilhão de PSR”, afirma Pedro Lupion.

A proposta foi apresentada durante a FPA Itinerante, na 29ª edição da Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do país, que acontece em Ribeirão Preto (SP).

O evento reuniu parlamentares, produtores rurais e entidades como Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), SRB (Sociedade Rural Brasileira), Faesp (Federação das Associações Rurais do Estado de São Paulo) e Abag (Associação Brasileira do Agronegócio).

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Saiba quem são os 10 maiores produtores de carne bovina do mundo

O relatório divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no início deste ano revelou tendências na produção global de carne bovina para 2024. Apesar de uma previsão geral de leve queda na produção total, é previsto que os cinco maiores produtores enfrentem desafios. Os Estados Unidos, líder em produção, devem enfrentar uma queda significativa de mais de 4%, produzindo pouco mais de 12 milhões de toneladas, o que representa cerca de 20% da produção global.

O Brasil, em segundo lugar, está previsto para aumentar sua produção em 2%, alcançando quase 10,6 milhões de toneladas e representando 18% do total mundial. A China, terceiro maior produtor, pode aumentar sua produção em mais de 3% no próximo ano. Por outro lado, a previsão é de que a União Europeia e a Argentina enfrentem reduções em seus volumes de produção. Juntos, esses cinco países respondem por quase 67% da produção global de carne bovina, totalizando cerca de 39,7 milhões de toneladas, de acordo com o relatório do USDA. Veja ao final o ranking dos 10 maiores produtores de carne bovina do mundo.

Em Goiás, os preços da arroba registrados nos três primeiros meses deste ano seguem em queda, puxados, por um lado, pela maior oferta de animais terminados e, por outro, pela retração da demanda dos frigoríficos, frente a escalas de abate longas. Na perspectiva de obter melhores preços, o pecuarista tem buscado alternativas, como segurar os animais onde as condições das pastagens permitem e os custos dos insumos e derivados sejam favoráveis.

No início do ano, após um curto período de estabilização, os preços voltaram a cair. No entanto, a expectativa do produtor é que no médio prazo, mesmo que não retornem aos patamares dos anos anteriores, as cotações se estabilizem em valores melhores. Goiás é o 3º maior produtor no ranking nacional de abates de bovinos e ocupa também a terceira posição na participação do valor das exportações.

Série histórica do valor da carne bovina em Goiás nos últimos anos. | Foto: Seapa

No mercado externo, a aquisição da carne bovina prossegue em ritmo forte de crescimento. Conforme anunciado pelo Mapa em março, mais 38 plantas frigoríficas brasileiras foram habilitadas para vender carnes para a China, das quais duas se encontram no estado de Goiás. Atualmente, o país asiático é o principal destino da proteína goiana, com 51,2% de participação no valor exportado, o que reforça a possibilidade de novos negócios.

Maiores produtores do mundo

  • Estados Unidos: Liderando o ranking com 11,9 milhões de toneladas, os EUA contribuem com cerca de 20,0% da produção mundial.

Nos Estados Unidos, a produção de carne bovina é altamente industrializada e ocorre em várias regiões do país, com concentração significativa no Centro-Oeste e Sul. Os criadores utilizam uma combinação de pastagens extensivas e confinamentos para criar gado, empregando técnicas avançadas de manejo, genética e nutrição para maximizar a eficiência e a produtividade.

  • Brasil: Mantendo sua posição como o segundo maior produtor, o Brasil alcança 10,8 milhões de toneladas, representando 18,2% da produção global.

A pecuária bovina é praticada em diferentes sistemas, incluindo pastagens extensivas, semi-intensivas e confinamento. A pecuária bovina no Brasil é conhecida por sua diversidade, com diferentes raças de gado adaptadas a diferentes climas e condições ambientais. Os criadores utilizam uma combinação de pastagens naturais e cultivadas, bem como suplementação nutricional, para garantir o desenvolvimento saudável do gado.

  • China: Em 3° lugar, a China produz 7,7 milhões de toneladas, contribuindo com aproximadamente 12,9% da produção mundial.

Na China, a produção de carne bovina é significativamente menor em comparação com outras proteínas animais, como carne de porco e frango. No entanto, o país tem visto um aumento na demanda por carne bovina devido ao aumento do padrão de vida e mudanças nos hábitos alimentares da população. A produção de carne bovina na China é realizada principalmente em regiões do norte e nordeste do país, onde as condições climáticas e geográficas são mais adequadas para a criação de gado. Pastagens extensivas são comuns nessas áreas, onde o gado é criado a pasto.

  • União Europeia: Com uma produção de 6,4 milhões de toneladas, a UE ocupa a quarta posição, representando 10,8% da produção total.

Na União Europeia (UE), a produção de carne bovina é significativa e tem uma longa história, com a criação de gado bovino sendo uma atividade tradicional em muitos países membros. No entanto, a produção varia consideravelmente de um país para outro, com alguns países, como França, Alemanha e Irlanda, sendo grandes produtores, enquanto outros têm uma produção mais limitada.

  • Argentina: Em 5° lugar, a Argentina produz 3,0 milhões de toneladas, contribuindo com 5,1% da produção global.

A pecuária bovina é uma atividade tradicional e importante em vastas regiões argentinas, especialmente nas áreas de pampas, onde as condições de pastagem são favoráveis para a criação de gado. A Argentina é conhecida por sua criação extensiva de gado bovino, com grandes extensões de pastagens naturais que são utilizadas para a alimentação do rebanho. Os sistemas de produção de carne bovina na Argentina variam, desde pequenas fazendas familiares até grandes estabelecimentos agropecuários.

  • Austrália: Com 2,4 milhões de toneladas, a Austrália fica em sexto lugar, representando 4,0% da produção mundial.

A pecuária bovina é uma atividade tradicional e bem estabelecida em muitas regiões australianas, e a Austrália é conhecida internacionalmente por sua alta qualidade de carne bovina. A produção de carne bovina na Austrália é tipicamente realizada em grandes propriedades rurais, muitas vezes chamadas de “fazendas de criação”, que cobrem vastas extensões de terra. Essas propriedades são especialmente comuns em áreas como Queensland, Nova Gales do Sul, Victoria e Austrália Ocidental.

  • México: O México produz 2,3 milhões de toneladas, contribuindo com 3,8% da produção global.

A pecuária bovina é uma atividade tradicional e amplamente praticada em diversas regiões do México, com uma longa história de criação de gado para consumo doméstico e exportação. A produção de carne bovina no México é realizada em uma variedade de sistemas de produção, que incluem desde pequenas propriedades familiares até grandes fazendas comerciais. As regiões mais importantes para a pecuária bovina no México incluem estados como Jalisco, Chiapas, Veracruz, Chihuahua, Sonora e Sinaloa.

  • Canadá: Com uma produção de 1,3 milhão de toneladas, o Canadá ocupa a oitava posição, representando 2,1% da produção total.

A pecuária bovina é praticada em várias regiões do Canadá, com diferentes sistemas de produção adaptados às condições climáticas e geográficas específicas de cada área. As principais regiões produtoras de carne bovina no Canadá incluem as províncias das pradarias, como Alberta, Saskatchewan e Manitoba, que têm vastas áreas de pastagens e condições climáticas favoráveis para a criação de gado. Outras regiões, como Ontário e Quebec, também têm uma produção significativa de carne bovina, embora em menor escala.

  • Reino Unido: Produzindo 0,5 milhões de toneladas, o Reino Unido fica em nono lugar, contribuindo com 1,2% da produção global.

A criação de gado bovino no Reino Unido é realizada principalmente em áreas rurais, incluindo pastagens e fazendas dedicadas à pecuária. As raças de gado mais comuns incluem Angus, Hereford, Limousin, Aberdeen Angus e Charolês, entre outras, cada uma adaptada às diferentes condições climáticas e práticas de manejo.

  • Nova Zelândia: Com uma produção de 0,7 milhões de toneladas, a Nova Zelândia ocupa o décimo lugar, contribuindo com 1,5% da produção mundial.

A criação de gado bovino é realizada em diversas regiões do país, principalmente em áreas de pastagens extensivas.As raças de gado bovino mais comuns na Nova Zelândia incluem Angus, Hereford, Charolês e suas cruzas, adaptadas às condições climáticas e de manejo do país. A pecuária bovina na Nova Zelândia é caracterizada por vastas áreas de pastagens naturais, onde o gado é criado em sistemas de manejo extensivos.

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Preço do boi gordo segue em alta, com destaque para SP

Os preços da arroba bovina começaram a semana em um cenário positivo, após avanços registrados nos últimos dias em diversas praças pecuárias, mas principalmente em São Paulo. O indicador do boi gordo da Scot Consultoria mostra que nesta segunda-feira (22/4) a cotação atingiu R$ 232,01 por arroba em Barretos (SP), alta de 0,63%.

“Os frigoríficos do Estado [de São Paulo], para manter suas programações inalteradas, se dispuseram a pagar mais pelo boi gordo”, acrescentou a consultoria Agrifatto em nota.

Segundo a Scot, as escalas de abate pelos frigoríficos estão com oferta programada para atender a demanda por nove dias, em média.

Na sexta-feira (19/4), o indicador do boi gordo Cepea/B3 encerrou o dia cotado a R$ 234,50 por arroba, aumento de 1,06% na variação diária, dando sequência a um movimento que se estendeu pela semana passada.

Já no mercado futuro, entretanto, o último pregão da semana que terminou no dia 19 foi marcado por recuo nos contratos negociados na B3. “Aqueles com vencimentos mais curtos como abril, maio e junho sofreram menos com as quedas, sendo elas 0,04%, 0,02% e 0,04% respectivamente”, ressaltou a Agrifatto.

Os contratos que vencem no segundo semestre do ano tiveram as maiores perdas, puxados principalmente pelo vencimento de julho de 2024 que caiu 0,42% para R$ 238,85 por arroba.

“Apesar das quedas no pregão de hoje [sexta-feira], as altas da B3 ao longo da semana estão atraindo mais operadores para os futuros de boi gordo. [A] semana foi marcada pelo ‘retorno’ no direcional dos Investidores Institucionais no mercado, que agora detém o maior saldo comprado em futuros de boi gordo desde dez/24”, comentou a Agrifatto.

Atacado

No mercado atacadista de carne com osso, o preço da carcaça casada de boi inteiro subiu 1,0%, precificada em R$ 15 por quilo nesta segunda-feira, de acordo com a Scot Consultoria.

“Continua a queda mais acentuada nos preços das demais proteínas de origem animal do que a da carne bovina, com isso, a carne bovina está menos competitiva frente às demais carnes”, ressaltou.

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Volume de abate de bovinos em MT atinge recorde histórico no 1º trimestre

O ano de 2024 foi marcado com um aumento significativo no volume de abate de bovinos no 1º Trimestre, em Mato Grosso. Segundo informações do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (INDEA) e o relatório elaborado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o Estado atingiu 1,76 milhão de cabeças de gado, o número representa um aumento de 30,88% em relação ao mesmo período (janeiro, fevereiro, março) em 2023, o que se torna um recorde histórico.

Em janeiro, Mato Grosso registrou 615,14 mil de bovinos abatidos, o maior número neste ano, um crescimento de 29,71% em comparação a janeiro de 2023, que foi 474,24 mil bovinos. Em março, os indicadores marcam a região Oeste do Estado com o maior número de abates, com 116.527, o segundo lugar vem a região Centro-Sul com 92.398 e terceiro a região Norte com 92.206 abates.

De acordo com o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), alguns dos fatores que contribuíram com esses números positivos para Mato Grosso, se deve às chuvas favoráveis nos últimos meses que levaram ao crescimento dos pastos, fazendo que a nutrição e a saúde do rebanho melhorassem. Além disso, a retenção de vacas, que atualmente estão sendo abatidas, no relatório apontam que as fêmeas foram as principais propulsoras desse crescimento.

“O relatório também evidencia um aumento no abate das fêmeas em quase 10% comparado a janeiro de 2023. Observamos que essas idades dos abates aumentaram para animais com mais de 36 meses” explica o médico analista técnico do Imac, Valdecir Júnior.

Ainda de acordo com o analista técnico, outro fator que contribuiu para abate das fêmeas ser maior em relação a machos, é devido a queda nos preços dos bezerros.

“Segundo o relatório, as são fêmeas de descarte que estão sendo engordadas e abatidas devido até o preço da reposição dos bezerros estarem abaixo.  Com isso, não é interessante para o produtor apostar em vender a cria. Então, ele acaba fazendo esses descartes e tem abates dessas fêmeas mais velha”, pontua Valdecir.

O ano iniciou com bons resultados no setor pecuário, tanto o mercado interno quanto o externo estão aquecidos e a expectativa é que esse crescimento seja contínuo.

“Essa projeção desse aumento no primeiro trimestre de 30% nos leva a crer que esse o Estado ainda vai abater mais animais do que ano passado. Mostrando que a projeção, possa ter mais recordes no abate em Mato Grosso”, finaliza Valdecir.

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Preço do boi gordo recua, mas poder de compra do pecuarista melhora

O preço da arroba bovina começou a semana com leve queda, enquanto pecuaristas e frigoríficos seguem na tentativa de encontrar um equilíbrio para as cotações do gado gordo. Em contrapartida, em Mato Grosso, o valor do bezerro baixou nos últimos meses, indicando melhora no poder de compra para o produtor rural que busca animais para reposição do rebanho.

O indicador do boi gordo Cepea/B3 fechou a R$ 230,70 por arroba na segunda-feira (15/4), recuo de 0,22% no comparativo diário.

Na avaliação da consultoria Agrifatto, apesar do desempenho do mercado físico ontem, os pecuaristas ainda estão em vantagem para conseguir reter mais oferta e impulsionar os preços, devido às boas condições das pastagens. “[Isso] tem proporcionado uma posição mais favorável nas negociações”, afirmou em nota.

Em Mato Grosso, a cotação do animal terminado teve um ajuste positivo de 1,1% na comparação semanal, atingindo R$ 212,50 por arroba, de acordo com a Agrifatto. Lá, as programações de abate estão em torno de sete dias úteis nas indústrias frigoríficas.

Na B3, os futuros continuam registrando valorizações nos ajustes diários, com o vencimento para abril de 2024 cotado a R$ 235,20 por arroba, um aumento de 0,79%.

Reposição

No primeiro trimestre deste ano, os preços dos animais de reposição (bezerro) e do gado gordo reduziram, devido ao ritmo acelerado nos abates de matrizes, que resultou em queda de 15,22% na arroba bovina em Mato Grosso comparada ao mesmo período de 2023.

Entretanto, o bezerro de ano passou por uma desvalorização mais intensa neste período, que chegou a 21,48% no Estado detentor do maior rebanho nacional, conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Isso significa que o pecuarista que busca este animal para reposição obteve uma melhora em seu poder de compra.

“Foi a melhor relação de troca para um primeiro trimestre nos últimos 10 anos”, avaliou o Imea em relatório. Esse cenário favoreceu a retenção de bovinos para engorda, aumentando a margem de cria.

“Para o segundo trimestre, é comum que os preços de reposição passem por redução sazonal, devido ao ajuste na taxa de lotação nos pastos. No entanto, se o volume de chuvas prolongar este ano, essa situação pode se alterar, mantendo as pastagens com bom aproveitamento nos próximos meses”, ressaltou o instituto.