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Preços da saca de soja sobem no Brasil; confira cotação em Rondonópolis

mercado brasileiro de soja registrou preços firmes nesta terça-feira (16), variando de estáveis a mais altos. A alta do dólar proporcionou suporte às cotações, conforme indicado pela Safras Consultoria. Houve um aumento na movimentação do mercado, porém ainda sem negociações de grandes volumes. Em Rondonópolis (MT), o preço da saca permaneceu em R$ 116,00.

Em Passo Fundo (RS), o preço da saca de 60 quilos permaneceu em R$ 123,00. Na região das Missões, a cotação manteve-se em R$ 122,00 por saca. No Porto de Rio Grande, o preço ficou estável em R$ 129,00.

Em Cascavel, no Paraná, o valor da saca permaneceu em R$ 122,00. No porto de Paranaguá (PR), o preço também seguiu inalterado em R$ 130,00.

Em Dourados (MS), houve um aumento de R$ 115,00 para R$ 116,00 por saca. Já em Rio Verde (GO), a cotação subiu de R$ 114,00 para R$ 115,00.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) encerraram a terça-feira com preços mais baixos. A alta do dólar em relação a outras moedas, juntamente com um clima de aversão ao risco nos mercados financeiros globais, reduz ainda mais a competitividade do produto dos Estados Unidos em comparação com o sul-americano, o que impacta negativamente as cotações.

A boa evolução do plantio nos Estados Unidos contribui para um cenário fundamental extremamente desfavorável para a oleaginosa.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou um relatório sobre a evolução do plantio das lavouras de soja. Até 14 de abril, a área plantada estava em 3%. No mesmo período do ano anterior, a semeadura também estava em 3%. A média histórica é de 1%.

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com queda de 13,25 centavos de dólar, ou 1,14%, a US$ 11,45 por bushel. A posição para julho teve cotação de US$ 11,60 por bushel, com uma perda de 12,00 centavos ou 1,02%.

Nos subprodutos, a posição para maio do farelo fechou com baixa de US$ 3,20, ou 0,94%, a US$ 335,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 44,91 centavos de dólar, com uma queda de 0,56 centavos ou 1,23%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,65%, sendo negociado a R$ 5,2682 para venda e a R$ 5,2662 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,1984 e a máxima de R$ 5,2874.

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Agricultura

Exportação de soja de MT tem maior declínio em três anos

Segundo dados recentes da Secex, a exportação de soja de Mato Grosso em março de 2024 atingiu 3,93 milhões de toneladas, marcando uma redução significativa de 24,98% em comparação com o mesmo período do ano anterior.  O relatório do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta que esta queda está intimamente ligada ao atraso na comercialização da soja e à perspectiva de quebra na produção do estado. A China, principal comprador, adquiriu 2,46 milhões de toneladas, representando impressionantes 62,68% do total exportado por Mato Grosso.

No que diz respeito ao farelo de soja, as exportações também sofreram uma queda significativa, atingindo 625,26 mil toneladas, uma diminuição de 16,65% em comparação com o ano anterior. Quanto ao óleo de soja, as exportações alcançaram apenas 8,07 mil toneladas, registrando um declínio de 86,63% em relação ao mesmo período de 2023. Este é o menor volume exportado nos últimos treze anos, resultado da baixa demanda no mercado internacional e da maior procura no mercado interno.

O Imea prevê que, devido à redução na produção de soja no estado, a exportação da oleaginosa em grão deve diminuir em 17,98% em 2024 em comparação com o ano anterior. Este cenário coloca desafios adicionais para os produtores e para a economia do estado, que depende significativamente do agronegócio.

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Agricultura Pecuária

Rondonópolis exporta 744 milhões de dólares no primeiro trimestre e permanece como maior de MT

Rondonópolis, Mato Grosso – Com um crescimento sólido de 0,4%, as exportações de Rondonópolis atingiram a marca de US$ 744,59 milhões até março deste ano, segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior divulgados nesta sexta-feira (5). Esse montante coloca a cidade como a maior exportadora do estado e a 14ª no ranking nacional para o período em questão.

De acordo com as informações, as exportações de Rondonópolis representaram 11,9% do total exportado por Mato Grosso e 1% do Brasil entre janeiro e março de 2024. Enquanto isso, as importações registraram uma queda significativa de 45,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando US$ 148,85 milhões. Isso consagrou Rondonópolis como a maior importadora do estado e a 87ª do país, sendo responsável por 27,3% das importações mato-grossenses e 0,3% das brasileiras.

Com um saldo positivo na balança comercial de US$ 595,74 milhões, resultado do contraste entre US$ 744,59 milhões em exportações e US$ 148,85 milhões em importações, Rondonópolis demonstra sua robustez econômica.

Os números mais recentes do Ministério da Indústria e Comércio Exterior revelam que somente em março deste ano, as exportações rondonopolitanas totalizaram US$ 293 milhões, enquanto as importações alcançaram US$ 31,6 milhões.

Os países asiáticos continuam sendo os principais destinos das exportações de Rondonópolis neste primeiro trimestre. A China lidera, absorvendo 32,7% das exportações da cidade, totalizando US$ 243 milhões. Além disso, Tailândia e Indonésia também se destacam como importantes parceiros comerciais, recebendo US$ 177 milhões e US$ 80,2 milhões em exportações, respectivamente.

No que diz respeito às importações, Rússia e Canadá se destacam como os principais fornecedores. As importações da Rússia e do Canadá representaram 21,2% e 21% do total importado por Rondonópolis, respectivamente.

Quanto aos produtos exportados, a torta e outros resíduos da extração do óleo de soja lideram, representando 48% do total das exportações entre janeiro e março, alcançando um total de US$ 359 milhões. Outros produtos importantes incluem soja, algodão, carne bovina e milho, que juntos representam a maior parte das exportações locais no período.

Por outro lado, os fertilizantes dominaram as importações de Rondonópolis neste primeiro trimestre, principalmente adubos potássicos, azotados e fosfatados.

Com um desempenho sólido no comércio internacional, Rondonópolis continua a se firmar como uma importante potência econômica não só em Mato Grosso, mas em todo o Brasil.

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Agricultura

MT deve perder R$ 53,9 bilhões em valor de produção agropecuária em 2024

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de Mato Grosso deve despencar mais de 26% neste ano, um impacto estimado em R$ 53,91 bilhões pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Segundo a estimativa mais recente, divulgada nesta segunda-feira, 1º de abril, esse corte se deve principalmente à desvalorização da soja e do milho nos últimos meses, além da queda na produção devido aos problemas com o calor excessivo e a estiagem.

Conforme os dados do Imea, a agropecuária mato-grossense deve produzir R$ 148,6 bilhões em 2024, uma queda expressiva frente os R$ 202,51 bilhões produzidos no ano de 2023. Os números ainda são estimados, mas indicam uma perda gigantesca para a economia do “celeiro do mundo”.

As culturas de soja e milho representam a maior fatia da perda de produção deste ano, responsáveis por mais de 60% na queda do VBP. Só o VBP da soja deve ter queda de 34,11%, o que representa uma redução de R$ 34,77 bilhões no valor da produção, saindo de R$ 101,93 bilhões em 2023 para R$ 67,16 bilhões em 2024. Esse é o pior resultado desde 2021.

É a primeira vez em mais de 10 anos que o Valor Bruto da Produção de soja encolhe. Desde 2013, o VBP da soja apresentava crescimento constante, com salto expressivo entre 2020 e 2022, devido ao fortalecimento do dólar e à disparada dos preços das commodities agrícolas no mercado internacional, como reflexo da pandemia e da guerra na Ucrânia.

“Esse resultado é atribuído principalmente à redução expressiva no preço da soja, juntamente com a expectativa de uma menor produção no estado, devido às condições climáticas adversas que prejudicaram o desenvolvimento da safra”, diz o relatório do Imea.

Já o milho deve registrar uma queda ainda mais expressiva, de 39,31% no Valor Bruto de Produção. Em números absolutos, isso representa uma redução de R$ 15,97 bilhões no VBP do milho, saindo de R$ 40,64 bilhões em 2023 para R$ 24,67 em 2024.

“Esta redução é resultado do recuo no preço do milho no estado. Além disso, a desvalorização do cereal puxou a rentabilidade da cultura para baixo, o que refletiu em uma menor área semeada e, consequentemente, estimativa de dedução na produção”, aponta o Imea.

Nem mesmo o algodão, visto como o “ouro branco” do agronegócio, escapou ileso. O Imea projeta uma queda de 9,61% no Valor Bruto de Produção da pluma, o que representa a perda de R$ 2,54 bilhões. Em 2023, o VBP do algodão está estimado em R$ 26,43 bilhões, caindo para R$ 23,89 bilhões em 2024. Novamente, a queda das cotações é a principal culpada pela perda do valor de produção, que foi levemente compensada pelo aumento na produção.

Por outro lado, as culturas de arroz, feijão e cana-de-açúcar tem projeções mais animadoras para o ano de 2024. O Imea aponta que o VBP do arroz deve crescer 28,86% este ano, atingindo R$ 0,88 bilhão. Já o VBP do feijão deve ter crescimento de 11,97% no ano, atingindo R$ 1,06 bilhão, enquanto o VBP da cana-de-açúcar deve crescer 11,9%, chegando a R$ 3,09 bilhões.

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Agricultura

Crédito rural: saiba quem pode fazer a renegociação da dívida

Agricultores familiares, produtores de médio porte e os demais produtores rurais cuja renda tenha sido prejudicada por problemas climáticas ou dificuldades na comercialização em função da redução dos preços de mercado, poderão renegociar as parcelas relativas ao crédito rural de investimento. O prazo para formalização da renegociação vai até 31 de maio de 2024.

A resolução nº 5.123/20240, do Conselho Monetário Nacional, foi aprovada na última quinta-feira (28) e publicada nesta segunda (1º) no Diário Oficial da União. A medida altera o Manual de Crédito Rural (MCR) e autoriza a renegociação de até 100% do principal das parcelas – vencidas ou vincendas no período de 2 de janeiro a 30 de dezembro de 2024 – que apresentem situação regular até 30 de dezembro de 2023.

Para efetuar a renegociação, as operações devem necessariamente estar vinculadas a uma das seguintes atividades produtivas, desde que o empreendimento esteja localizado nas respectivas unidades da federação:

  • produção de soja, milho e pecuária bovina de corte em Goiás e Mato Grosso;
  • pecuária de carne e leite em Minas Gerais;
  • produção de soja, milho e pecuária de leite em São Paulo, no Paraná, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina;
  • produção de pecuária de corte em Rondônia, em Roraima, no Pará, no Acre, no Amapá, no Amazonas e no Tocantins;
  • produção de sojamilho bovinocultura de leite e de carne em Mato Grosso do Sul; e
  • pecuária de leite no Espírito Santo e no Rio de Janeiro.

Os produtores rurais que possuam operações de crédito rural com parcelas previstas para pagamento em 2024 referentes a produtos, atividades e regiões não abrangidas nos termos da resolução poderão solicitar a renegociação em casos especiais, caso tenham dificuldades para realizar o pagamento em função das situações descritas na publicação.

Entretanto, o texto da resolução informa que os interessados na negociação devem pagar, no mínimo, o valor referente aos encargos financeiros contratualmente previstos para o ano de 2024, particularmente os encargos das parcelas com vencimento agendado até a data de formalização da renegociação. Após a formalização, os encargos contratuais relativos às demais parcelas do ano devem ser pagos até as respectivas datas de vencimento.

As parcelas cuja renegociação foi autorizada são aquelas relacionadas a operações de crédito rural contratadas com recursos controlados por fundos constitucionais de financiamento regional, do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), dos Programas com Recursos do BNDES, além daquelas contratadas com recursos de outras fontes pelo Tesouro Nacional.

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Agricultura

Preços da soja sobem no Brasil; veja cotação de Rondonópolis

mercado brasileiro de soja registrou alta nos preços no final desta quarta-feira (20).

Os produtores em todo o país registraram vários negócios, tentando aproveitar essas altas.

A Bolsa de Chicago foi o que favoreceu o tom positivo.

  • Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 118 para R$ 120.
  • Na região das Missões, a cotação cresceu de R$ 117 para R$ 120 a saca.
  • No Porto de Rio Grande, o preço avançou de R$ 124,50 para R$ 128 a saca.
  • Em Cascavel, no Paraná, a saca valorizou de R$ 115 para R$ 118.
  • No porto de Paranaguá (PR), o preço cresceu de R$ 124 para R$ 127.
  • Em Rondonópolis (MT), a saca aumentou de R$ 111,50 para R$ 113,50.
  • Em Dourados (MS), o preço subiu de R$ 110 para R$ 111 a saca.
  • Já em Rio Verde (GO), a saca subiu de R$ 108 para R$ 110,50.

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mais altos.

Após o banco central americano (Fed) definir a política monetária e divulgar novas previsões para a economia daquele país nos próximos anos, a alta ampliou consideravelmente.

Até a decisão do Fed, um movimento de cobertura por parte de fundos e especuladores e o anúncio de venda de produto americano para a China garantiram a elevação, apesar do cenário fundamental ainda negativo para os preços.

Sem grandes surpresas, o Fed manteve as taxas básicas americanas. Mas elevou significativamente a previsão para o crescimento do PIB americano nos próximos anos, sinalizando uma economia aquecida. Foi o suficiente para impulsionar as cotações da soja.

Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou hoje a venda de 120 mil toneladas de soja por parte dos exportadores privados para destinos não revelados. A informação ajudou nas compras técnicas, em meio ao sentimento contrário de que a demanda vai se deslocando gradualmente para a América do Sul.

Os agentes começam a se posicionar frente ao importante relatório de intenção de plantio nos Estados Unidos, que será divulgado no dia 28 pelo USDA.

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com alta de 24,00 centavos de dólar, ou 2,02%, a US$ 12,09 1/2 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 12,23 1/4 por bushel, com ganho de 23,00 centavos ou 1,90%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 8,60 ou 2,57%, a US$ 342,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 49,00 centavos de dólar, com alta de 0,84 centavo ou 1,72%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 1,09%, sendo negociado a R$ 4,9739 para venda e a R$ 4,9719 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,9720 e a máxima de R$ 5,0336.

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Agricultura

Região médio-norte de Mato Grosso encerra colheita da soja

O ciclo desafiador da soja 2023/24 em Mato Grosso caminha para o seu fim. O estado já colheu 95,60% da área destinada para o grão e, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os trabalhos na região médio-norte já foram encerrados.

Os trabalhos nas lavouras de soja na variação semanal apresentaram evolução de 5,18 pontos percentuais. Ao se comparar com a temporada 2022/23 ficaram 0,91 ponto percentual atrás apenas. No mesmo período o ano passado o estado estava com 96,51% da área colhida.

No que tange a média histórica dos últimos cinco anos, a extensão é de 96,23% da área colhida.

Conforme os números do Imea, a região oeste encerra a colheita da soja nos próximos dias. Por lá 99,13% da área foi colhida. O mesmo deve ocorre nas regiões norte e noroeste, que já colheram 98,75% e 97,96% de suas respectivas áreas. A região centro-sul colheu 96,16%.

Contudo, os trabalhos devem caminhar por mais alguns dias nas regiões sudeste e nordeste do estado, uma vez que até o dia 15 de março elas haviam chegado com as colheitadeiras em apenas 90,08% e 90,71% de suas áreas.

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Agricultura

Exportações de milho 22/23 superam o total embarcado por MT no ciclo 21/22

As exportações de milho da safra 2022/23 já superaram o total escoado na temporada 2021/22 em Mato Grosso. O estado enviou ao mercado externo um total de 28,32 milhões de toneladas do cereal entre julho de 2023 e fevereiro de 2024. As expectativas são de que os embarques totais somem 29,84 milhões de toneladas, acréscimo de 12,97% quando comparada à safra 2021/22.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), trazidos pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), mostram que o volume embarcado entre julho de 2023 e fevereiro de 2024 representa um aumento de 12,73% ante o escoado no mesmo período da safra passada.

Na temporada 2021/22 o estado enviou para o mercado externo 26,42 milhões de toneladas de milho no total.

“Esse incremento nos envios para o mercado internacional foi pautado pela maior disponibilidade de milho no mercado interno e o aumento da demanda do mercado externo pelo grão, devido à redução da produção e do escoamento dos EUA e da Argentina”, explica o Imea.

Outro fator, salienta o Instituto, é a aquisição de milho brasileiro por parte da China, visto as dificuldades de safra enfrentadas pela Ucrânia em decorrência da guerra contra a Rússia. Para se ter uma ideia, no período analisado do ciclo 2022/23 Mato Grosso enviou 7,99 milhões de toneladas de milho para a China.

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Agricultura Pecuária

Exportações de Rondonópolis crescem 8,2% no bimestre

Rondonópolis registrou crescimento nas exportações neste primeiro bimestre de 2024. Segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior, as exportações da cidade subiram 8,2% neste no período em comparação com 2023, chegando a U$ 438,92 milhões. O resultado mantém Rondonópolis como maior exportadora de Mato Grosso e a 17ª do Brasil.

Os números do comércio exterior ainda apontam que, neste primeiro bimestre, as exportações locais representaram 11,9% do total exportado por Mato Grosso e 0,9% pelo Brasil.

Já as importações tiveram queda nos dois primeiros meses do ano. Com redução de 13%, Rondonópolis importou um total de U$ 117,43 milhões. Assim, o Município fecha o bimestre como maior importador de Mato Grosso e 78º do Brasil. No período, as importações da cidade representaram 29,3% do total importado pelo Estado e 0,3% das importações brasileiras.

Com as exportações chegando a U$ 438,92 milhões e as importações atingindo U$ 117,43 milhões, Rondonópolis registrou, neste bimestre, superávit de U$ 321,5 milhões.

A China se mantém como principal destino das exportações de Rondonópolis. Para o país asiático foram exportados no primeiro bimestre de 2024, U$ 131 milhões, o que representou 29,9% do total das exportações locais.

Também na Ásia, a Tailândia foi o segundo país que mais recebeu produtos da cidade. Foram exportados para o país U$ 101 milhões, 22,9% do total das exportações.

As importações vieram, principalmente da Rússia e do Canadá. Da Rússia foram importados U$ 31,5 milhões nestes meses de janeiro e fevereiro, 26,8% do total das importações no período. Do Canadá foram importados U$ 14,6 milhões, o que representa 12,5% das importações da cidade.

Neste primeiro bimestre do ano, a torta e outros resíduos da extração do óleo de soja foram os produtos mais exportados, representando 52% do total das exportações locais. Foram exportados U$ 228 milhões do produto, aumento de 14,4% em comparação ao mesmo período de 2023.

Ainda, entre os produtos com destaque nas exportações do bimestre estão a soja, representando 19% das exportações; o algodão (17%); o milho (6,2%); e, a carne bovina (4,8%).

Entre os produtos importados, o destaque fica com os fertilizantes, que representam, praticamente, a totalidade das importações de Rondonópolis neste primeiro bimestre do ano. Os fertilizantes potássicos representaram a maior parte das importações (42%), seguido dos azotados (27%) e dos fosfatados (10%).

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Agricultura

Puxada pelo agro, balança comercial tem superávit recorde em fevereiro

Beneficiada pelas exportações do agro, especialmente algodão, soja e café, a balança comercial – diferença entre exportações e importações – fechou fevereiro com superávit de US$ 5,447 bilhões, divulgou nesta quarta-feira (6) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O resultado é o melhor para meses de fevereiro, e representa alta de 111,8% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Com o resultado de fevereiro, a balança comercial acumula superávit de US$ 11,942 bilhões nos dois primeiros meses deste ano, o maior resultado para o período desde o início da série histórica, em 1989. O valor representa alta de 145,9% em relação aos mesmos meses do ano passado.

Em relação ao resultado mensal, as exportações subiram, enquanto as importações ficaram relativamente estáveis. No mês passado, o Brasil vendeu US$ 23,538 bilhões para o exterior, alta de 16,3% em relação ao mesmo mês de 2023. Esse é o maior valor exportado para meses de fevereiro desde o início da série histórica. As compras do exterior somaram US$ 17,67 bilhões, avanço de 2,4%.

Do lado das exportações, a safra recorde de café e soja e a recuperação do preço do açúcar e do minério de ferro compensaram a queda internacional no preço de algumas commodities (bens primários com cotação internacional). Além disso, as exportações de petróleo bruto subiram 119,7%, beneficiadas pelo atraso na contabilização de algumas exportações.

Do lado das importações, o recuo nas compras de petróleo, de derivados e de compostos químicos foi o principal responsável pelo elevado saldo na balança comercial.

Após baterem recorde em 2022, depois do início da guerra entre Rússia e Ucrânia, as commodities recuam desde a metade de 2023. A principal exceção é o minério de ferro, cuja cotação vem reagindo por causa dos estímulos econômicos da China, a principal compradora do produto.

No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu 20,9%, enquanto os preços caíram 3,8% em média na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada subiu 13,3%, mas os preços médios recuaram 10,4%.

Agro e outros setores

No setor agropecuário, a safra de grãos e de algodão pesou mais nas exportações. O volume de mercadorias embarcadas subiu 34,5% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2023, enquanto o preço médio caiu 17,1%. Na indústria de transformação, a quantidade subiu 6%, com o preço médio recuando 0,6%. Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada subiu 61%, enquanto os preços médios aumentaram apenas 1,9%.

Os produtos com maior destaque nas exportações agropecuárias foram algodão bruto (498,1%), café não torrado (71,5%) e soja (4,5%). Em valores absolutos, o destaque positivo é o algodão, cujas exportações subiram US$ 406,5 milhões em relação a fevereiro do ano passado. A safra recorde fez o volume de embarques de algodão aumentar 497,8%, mesmo com o preço médio subindo apenas 0,04%.

Na indústria extrativa, as principais altas foram registradas em óleos brutos de petróleo (119,7%) e minério de ferro (41,4%) minérios preciosos (que saltou de zero para US$ 39 milhões). No caso do ferro, a quantidade exportada aumentou 21,4%, e o preço médio subiu 16,5%.

Em relação aos óleos brutos de petróleo, também classificados dentro da indústria extrativa, os preços médios recuaram 6,1% em relação a fevereiro do ano passado, enquanto a quantidade embarcada aumentou 134%.

Na indústria de transformação, as maiores altas ocorreram em açúcares e melaços (201,2%), carne bovina (32,2%) e farelos de soja e outros alimentos para animais (9,8%). A crise econômica na Argentina, principal destino das manufaturas brasileiras, também influenciou no crescimento das exportações dessa categoria. As vendas para o país vizinho caíram 30% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado.

Em relação às importações, os principais recuos foram registrados nos seguintes produtos: cevada não moída (50,8%), soja (44%) e látex e borracha natural (38,8%), na agropecuária; minérios de cobre (100%) e óleos brutos de petróleo (16,8%), na indústria extrativa; compostos organo-inorgânicos (21,8%) e adubos ou fertilizantes químicos (32%), na indústria de transformação.

Em relação aos fertilizantes, cujas compras do exterior ainda são impactadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia, os preços médios caíram 25,5%, e a quantidade importada recuou 8,8%.

Estimativa

Apesar da desvalorização das commodities, o governo projeta superávit de US$ 94,4 bilhões este ano, com queda de 4,5% em relação a 2023. A próxima projeção será divulgada em abril.

Segundo o MDIC, as exportações subirão 2,5% este ano, encerrando o ano em US$ 348,2 bilhões. As importações avançarão 5,4% e fecharão o ano em US$ 253,8 bilhões. As compras do exterior deverão subir por causa da recuperação da economia, que aumenta o consumo, em um cenário de preços internacionais menos voláteis do que no início do conflito entre Rússia e Ucrânia.

As previsões estão um pouco mais otimistas que as do mercado financeiro. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 80,98 bilhões neste ano.