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Pecuária

Produção de carne de Mato Grosso alimenta sete vezes a população do Estado

Com sua produção de carne bovina, Mato Grosso é capaz de alimentar 20 milhões de pessoas, de acordo com os cálculos do governo estadual. O número corresponde a sete vezes a população local.

Com 34 milhões de cabeças de gado, o rebanho local corresponde a 15% do nacional. O volume de carne bovina produzido em Mato Grosso é o maior do Brasil.

Atualmente, a produção mato-grossense, além de contribuir para o abastecimento brasileiro, fornece alimentos para diversos países.

O mercado externo

As exportações renderam US$ 3 bilhões à economia local em 2022, segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec). Elas chegaram a 83 destinos mundo afora, de acordo com o Ministério da Agricultura.

No mercado externo, o maior cliente é a China. Os embarques ao mercado chinês somaram quase US$ 2 bilhões no período — ou seja: por volta de 70% das receitas estaduais com exportações do setor.

“A alta da exportação e o rebanho de grande porte presente em Mato Grosso, economicamente atrai geração de empregos, rendas e outras benfeitorias”, disse César Miranda, responsável pela Sedec. “A carne de Mato Grosso possui certificado e faz parte da economia verde.”

Expectativa de crescimento

A Sedec estima que as exportações de carne bovina de Mato Grosso cresceram 220% nos últimos dez anos. Pelas estimas do órgão, os embarques devem ter um aumento médio de 11% a cada ano, podendo chegar a marca de US$ 3,7 bilhões. De acordo com as projeções oficiais, o rebanho local deve atingir 36 milhões de cabeças em 2026.

Carne bovina de Mato Grosso em 2023

De janeiro a julho de 2023, a produção de carne bovina de Mato Grosso fechou em 715 mil toneladas. O número equivale a um crescimento 15% sobre o mesmo intervalo do ano anterior. Além disso, a quantidade local representa 17% da nacional, conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

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Agricultura

Apesar de queda no custo de produção, safra 2023/24 de milho segue desafiadora em MT

custo de produção do milho alta tecnologia na safra 2023/24 em Mato Grosso apresentou queda de 1,15% em setembro ante agosto. A retração é pautada, principalmente, pelo recuo no custo com defensivos e macronutrientes, que apontaram recuo de 2,66% e 2,04%, respectivamente. Contudo, o preço pago pela saca de 60 quilos não cobre tal gasto, o que deixa a temporada ainda desafiadora.

Os dados são do Projeto Rentabilidade Senar-MT, elaborados em parceria com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Conforme o levantamento, o custeio da cultura ficou estimado em R$ 3.305,31 por hectare em setembro.

No que tange ao Custo Operacional Efetivo (COE) este ficou projetado em R$ 3,391,82 por hectare, declínio de 0,98% no comparativo mensal.

Safra 2023/24 de milho segue desafiadora

As projeções para a safra 2023/24 apontam para uma área de 7,281 milhões de hectares a serem plantados em Mato Grosso, recuo de 2,81%. Em termos de volume se espera uma produção de 45,369 milhões de toneladas, queda de 13,59% ante a safra 2022/23.

Tais perspectivas de retração em área e produção, além da produtividade em 11,09%, são decorrentes, principalmente, ao alto custo de produção e baixa remuneração pela saca de 60 quilos.

O Imea, em seu semanal sobre a cultura divulgado ontem (16), pontua que “Apesar da redução, o cenário nesta safra segue desafiador, uma vez que o preço comercializado do cereal no estado não cobre as despesas. Por fim, considerando a produtividade do ciclo em 103,85 por hectare, é necessário que o produtor negocie o grão a pelo menos R$ 43,44 a saca para conseguir cobrir do seu COE”.

*Viviane Petroli – Canal Rural

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Pecuária

Carne bovina produzida em MT destinada à exportação alimenta 20 milhões de pessoas ao ano

Com 34,4 milhões de cabeças, Mato Grosso é o maior produtor brasileiro de gado e em 2022 embarcou US$ 3 bilhões de carne bovina para outros países, sendo o maior exportador do país em volume. O estado é parte importante do desenvolvimento econômico do país, por meio da agropecuária.

Dados da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) apontam que 20 milhões de pessoas conseguem ser alimentadas com a carne do estado por ano, o que corresponde a 10% da população do país, sendo sete vezes maior que a população de Mato Grosso. O cálculo feito pelo Centro de Dados Econômicos de Mato Grosso (DataHub MT) da Sedec converte o volume de carne exportada em grãos-equivalentes, o que chega a uma média de 6,8 milhões de toneladas.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, destaca o compromisso do Estado com o desenvolvimento da economia e a geração de emprego, tendo a pecuária forte com um dos impulsionadores. A atividade é um exemplo para o país e tem muito a comemorar no Dia Nacional da Pecuária, celebrado no dia 14 de outubro.

“A alta da exportação e o rebanho de grande porte presente em Mato Grosso, economicamente atrai geração de empregos, rendas e outras benfeitorias. A carne de Mato Grosso possui certificado, a qual faz parte da economia verde”, afirma o secretário.

Crescimento 

Além da população brasileira, a carne mato-grossense chega ao Egito, à China, à Turquia, aos Estados Unidos e vários outros países. Mato Grosso ajuda alimentar o mundo. Nos últimos 10 anos, a exportação do estado cresceu em média 220% e, as estimativas apontam que a exportação de carnes deve ter um aumento de 11% a cada ano, podendo chegar a marcar de US$ 3,7 bilhões.

“Os rebanhos também devem crescer 2% ano e até 2026 o estado atingirá a marca de 36 milhões de cabeças de gado. Esses números impactam a vida do mato-grossense, já que o maior rebanho do mundo gera empregos e renda para a população”, comentou o coordenador do DataHub MT, Vinicius Hideki Kitagaki.

Ao todo, Mato Grosso participa da produção de alimentos direta e indiretamente, respondendo por 15% do rebanho nacional.

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Agricultura

Brasil é um dos países que menos usam defensivos agrícolas

Somente no Brasil o termo “agrotóxico” é usado — e de forma errada. O correto é defensivo agrícola, fertilizantes e outros insumos. Até na lei, a denominação aparece de forma errada. O país usa menos defensivos que Europa e Ásia.

Nenhum produtor gostaria de usar defensivo, se houvesse outra possibilidade. Os insumos são caros e importados. Mas, sem defensivos e fertilizantes, o agronegócio brasileiro não teria evoluído.

O expectador verá em A Força do Agro desta quarta-feira, 11, a importância desses insumos para a agricultura.

A agronegócio é o “Brasil que dá certo”. A grandeza e o potencial do setor, bem como os desafios que devem ser superados, são abordados diariamente no programa A Força do Agro.

O setor representa quase 30% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro — e não para de crescer. As transformações do setor ocorrem em alta velocidade e impactam o mundo rural. O Brasil é o terceiro maior produtor de alimentos e, nos próximos anos, deve ser o principal fornecedor.

E não para aí. O agronegócio está presente no dia a dia das pessoas. Não apenas na mesa, mas na roupa, nos cosméticos, no transporte, na energia, na vida.

De segunda a sexta-feira, o programa leva informação e conhecimento ao internauta. O objetivo é conectar o campo à cidade, de uma maneira leve e descontraída.

Serviço:

A Força do Agro

De segunda a sexta-feira

Às 19h45, depois do Oeste Sem Filtro

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Agricultura Pecuária

Agropecuária pode representar 44% das exportações brasileiras

As exportações do agronegócio brasileiro devem atingir US$ 150 bilhões neste ano, estima a consultoria MacroSector em relatório. Se confirmado o valor, as vendas externas dos produtos da agropecuária serão 7,22% maiores que as do ano passado.

Do total, US$ 85,8 bilhões virão da venda de grãos, óleos e cereais; e outros US$ 23,7 bilhões devem ser provenientes da comercialização externa de proteínas e lácteos. A exportação de alimentos, bebidas e fumo deve gerar US$ 36,9 bilhões e a de madeira tende a render US$ 3,6 bilhões.Já as importações do setor da agropecuária tendem a recuar 8,75%, para US$ 14,6 bilhões, projeta a consultoria. O saldo comercial do agronegócio é estimado em US$ 135,3 bilhões positivos, alta de 9,20% contra 2022. Com os embarques previstos, o agronegócio deve representar 44% das exportações do País, segundo a MacroSector.

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Pecuária

Preços do boi gordo sobem no Brasil, impulsionados pela demanda

mercado brasileiro de boi gordo manteve-se estável ao longo da última semana, com uma intensa disputa entre a indústria frigorífica e os pecuaristas, resultando em negociações em níveis mais elevados em estados como Mato Grosso do Sul e São Paulo, de acordo com a análise de Fernando Iglesias, especialista da Safras & Mercado.

No entanto, Iglesias destaca que as escalas de abate permanecem ajustadas, o que mantém a indústria em constante busca por compras nos estados.

Preços do boi no mercado interno

  • Na cidade de São Paulo, a referência para a arroba do boi a prazo atingiu R$ 240. Aumento de 2,13% em relação aos R$ 235 da semana anterior.
  • Em Dourados (MS), a indicação foi de R$ 235 na modalidade a prazo. Avanço de 4,44% em comparação aos R$ 225 da última semana.
  • Em Cuiabá (MT) viu um aumento de 3,06% na arroba, subindo de R$ 196 para R$ 202 ao longo da semana.
  • Em Uberaba (MG), a indicação foi de R$ 230 por arroba. Aumento de 4,55% em relação ao fechamento da semana anterior, quando estava em R$ 220.
  • Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 225. Aumento de 2,27% em relação aos R$ 220 registrados na última semana.

Preços no mercado atacadista permanecem elevados

Iglesias observa que o mercado atacadista continuou a registrar aumentos de preços durante a semana.

Além disso, o ambiente de negócios aponta para a continuidade desse movimento na primeira quinzena do mês, período marcado por um maior apelo ao consumo.

Ele ressalta que a carne de frango continua sendo a preferência da parcela da população de menor renda.

  • O quarto do dianteiro teve uma cotação de R$ 17,90 por quilo, um aumento de 1,70% em relação aos R$ 17,60 da semana passada.
  • O quarto do dianteiro teve uma cotação de R$ 14,10 por quilo, registrando um aumento de 0,71% em relação aos R$ 14 da semana anterior.

Exportações

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil totalizaram US$ 885,022 milhões em setembro (20 dias úteis), com uma média diária de US$ 44,251 milhões.

O país exportou um total de 195,071 mil toneladas, com uma média diária de 9,753 mil toneladas. O preço médio por tonelada foi de US$ 4.536,90.

Comparado a setembro de 2022, houve uma redução de 27,3% no valor médio diário das exportações, um aumento de 0,9% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 24,4% no preço médio.

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Pecuária

Embarques intensos reforçam valorização do boi gordo

Nos últimos meses, as exportações de carne bovina in natura do Brasil têm ganhado impulso, atingindo volumes significativos. Em setembro, o país registrou o embarque de quase 200 mil toneladas desse produto, conforme dados divulgados.

De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), esse cenário de forte demanda internacional tem contribuído para uma recuperação notável nos preços internos da arroba do boi gordo. Essa tendência já vinha se consolidando ao longo do último mês devido à redução na oferta de animais para abate.

No acumulado de setembro, o Indicador do boi gordo Cepea/B3, referente ao estado de São Paulo, apresentou um impressionante aumento de 18,2%, encerrando o mês com valor de R$ 236,15 por arroba. Isso representa uma reviravolta significativa em relação ao mês anterior, quando o indicador registrou uma queda igualmente expressiva de 18%.

No que diz respeito às exportações, dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) revelam que, em setembro, o Brasil enviou ao exterior 195,07 mil toneladas de carne bovina in natura. Isso representa um aumento de 5,24% em comparação com agosto de 2023. No entanto, em relação a setembro do ano passado, houve uma ligeira queda de 3,9% no volume exportado.

Apesar dessa diminuição em relação ao ano anterior, o desempenho de setembro ainda é notável, sendo o segundo melhor registrado para um mês de setembro, ficando atrás apenas do recorde do ano passado, quando 203,02 mil toneladas foram exportadas.

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Pecuária

Preço do boi gordo sobe mais de 5% em uma semana em MT

O preço do boi gordo em Mato Grosso, Estado que concentra o maior rebanho do país, teve forte alta na última semana, de acordo com o indicador do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). A valorização foi de 5,56% em comparação com a semana anterior, com a arroba à vista valendo, em média, R$ 189,56.

Para os técnicos do Imea, o mercado sinaliza a recuperação dos preços. Na indústria local, as escalas de abate diminuíram 14,64% na comparação semanal, por causa da oferta restrita de animais terminados. Ficaram pouco acima de 9 dias. A média nacional apurada por consultorias privadas, aponta períodos de seis a sete dias.

Apesar da recuperação vista nas últimas semanas, de janeiro a setembro deste ano, o valor médio do boi gordo em Mato Grosso foi de R$ 220,54 por arroba, 22,85% inferior ao do mesmo período no ano passado.

Em São Paulo, o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) iniciou o mês de outubro próximo da estabilidade. Na segunda-feira (2/10), fechou a R$ 236,05 por arroba, baixa de 0,04% em comparação com a sexta-feira (29/9).

Em boletim, a Scot Consultoria ressalta que as cotações se mantêm firmes nas praças pecuárias paulistas. No boi comum, destinado ao mercado interno, a semana começou com preços relativamente estáveis. Valorização somente para o “boi China”, destinado à exportação, com ofertas em alta de R$ 5 por arroba.

A tendência ainda é de preços sustentados, sinaliza a consultoria Agrifatto em boletim divulgado nesta terça-feira (3/10). A escala média de abates, em nível nacional, é a menor desde 2021 e os negócios em São Paulo se mantiveram nos R$ 233 por arroba.

Na B3, os contratos com vencimentos até janeiro de 2024 se mantêm acima dos R$ 240 por arroba.

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Agricultura

MT tem 9 dos 15 municípios que mais produzem milho no Brasil

Na safra 2021/22, foram colhidas 113,1 milhões de toneladas de milho em solo brasileiro, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Já na última temporada finalizada, os agricultores produziram 131,8 milhões de toneladas do cereal, aumento de 16,5% entre um ano e outro. Neste período, o incremento de área foi de 3,2%, indo de 21,5 para 22,2 milhões de hectares.

A produtividade média do milho a nível nacional saltou de 5,242 kg para 5,922 kg por hectare, o que representa uma alta de 12,9%.

Maior exportador de milho

exportação de milho irã dólar
Foto: Cláudio Neves/APPA

Com essa pujança, o país se tornou o maior exportador do cereal do mundo, posto que há décadas era ocupado pelos Estados Unidos.

Segundo o analista de Mercado Vlamir Brandalizze, o Brasil não deve mais perder essa liderança, assim como acontece com a soja desde o ciclo 2019/20.

Esse protagonismo se deve à vocação agrícola de grandes municípios brasileiros, que têm no agro o motor de sua economia.

Veja, abaixo, os 15 que mais produzem milho no Brasil e a quantidade (em toneladas), conforme o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE):

  1. Sorriso (MT) – 3.787.800
  2. Nova Ubiratã (MT) – 2.144.880
  3. Nova Mutum (MT) – 1.953.150
  4. Rio Verde (GO) – 1.846.200
  5. Maracaju (MS) – 1.596.000
  6. Campo Novo do Parecis (MT) – 1.558.200
  7. Jataí (GO) – 1.478.670
  8. Diamantino (MT) – 1.224.355
  9. Primavera do Leste (MT) – 1.165.500
  10. Dourados (MS) – 1.083.000
  11. Ipiranga do Norte (MT) – 1.067.500
  12. Lucas do Rio Verde (MT) – 1.058.100
  13. Sidrolândia (MS) – 1.050.120
  14. Ponta Porã (MS) – 1.030.032
  15. Tabaporã (MT) – 1.019.640
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Pecuária

Boi gordo: setembro é marcado por recuperação de preços no Brasil

mercado brasileiro de boi gordo terminou setembro com um cenário de melhora nos preços em boa parte das praças de comercialização.

De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, essa recuperação levou em conta um cenário de oferta mais restrito, o que dificultou a composição de escalas de abate mais alongadas por parte dos frigoríficos.

O mercado costuma ser pautado por uma boa demanda na ponta compradora ao longo do último trimestre do ano. Resta saber como o mercado vai reagir nesse período.

Preços também reagem no mercado atacadista

Iglesias ressalta que o mercado atacadista registrou um bom movimento de recuperação nos preços ao longo de setembro, puxado pelo quadro de oferta mais enxuta no cenário doméstico.

O quarto do traseiro seguiu precificado a R$ 17,60 por quilo, avanço de 13,55% frente aos R$ 15,50 por quilo do final de agosto.

Cotaram o quarto do dianteiro a R$ 14 por quilo, registrando um aumento de 14,75% em relação aos R$ 12,20 por quilo praticados no fechamento do mês passado.

Exportações

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 718,946 milhões em setembro (15 dias úteis), com média diária de US$ 47,929 milhões.

A quantidade total exportada pelo país chegou a 158,835 mil toneladas, com média diária de 10,589 mil toneladas.

O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.526,40.

Em relação a setembro de 2022, houve queda de 75,4% no valor médio diário da exportação, alta de 9,5% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 24,6% no preço médio.