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BNDES anuncia mais R$ 3 bilhões para crédito pelo Plano Safra

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou que disponibilizará mais R$ 3 bilhões para operações de crédito no âmbito de programas do Plano Safra 2023/24 nesta quarta-feira (10). Com o novo aporte, os recursos ainda disponíveis nos diferentes Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGF) a serem repassados pelo banco de fomento somam R$ 8,5 bilhões, tendo prazo de utilização até junho de 2024.

O BNDES diz que o objetivo é oferecer “recursos extras para produtores rurais, cooperativas e agricultores familiares”, num momento em que a verba repassada a instituições credenciadas nesta linha de financiamento está perto de ser completamente utilizada.

“No Plano Safra 2023-2024, o BNDES já aprovou R$ 18,2 bilhões e atendeu a solicitações de mais de 99 mil clientes por meio de operações indiretas, realizadas pela rede de agentes financeiros credenciados”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota divulgada pelo banco de fomento. “Os produtores rurais precisam estar atentos pois os recursos desta linha, que são repassados para as instituições credenciadas, estão próximos de serem completamente utilizados. De toda forma, além do Plano Safra, o BNDES oferece soluções próprias para garantir a oferta de crédito ao setor agropecuário durante todo o ano, como o BNDES Crédito Rural. Na atual safra, o produto já soma R$ 4,2 bilhões em operações aprovadas”, completou.

O BNDES destaca que os recursos advindos do Plano Safra podem ser aplicados em custeio e investimentos em diferentes finalidades, incluindo ampliação da produção, aquisição de máquinas e equipamentos, armazenagem e inovação.

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Capital da soja em MT é mais rica que a do ouro

No interior de Minas Gerais, Paracatu pode ser considerada a capital brasileira do ouro. Trata-se do município com a maior arrecadação de impostos com a produção nacional desse mineral no país. Oproduto interno bruto (PIB) per capita local é alto, mas não é tão elevado quanto o de Sorriso (MT) — o detentor da maior safra de soja do Brasil.

As minas paracatuenses produziram por volta de R$ 480 milhões com ouro em 2022, considerando o valor arrecadado com a taxa de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (1,5%). No mesmo intervalo, a safra de soja sorrisense fechou em R$ 5,8 bilhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O PIB por habitante na capital do ouro é de R$ 76 mil por ano. Apesar de superar em duas vezes a média nacional, a cifra é 40% menor que a de Sorriso. No município onde a soja é a grande riqueza, o valor médio da produção anual por morador é de quase R$ 132 mil.

A capital do ouro nasceu antes que a da soja

Paracatu virou cidade em 1840, quando o Brasil ainda era um império. Sorriso não passava de uma pequena vila em 1980. Ainda assim, o município que lidera a produção do grão tem mais moradores, carros, dinheiro circulando e oportunidades.

A capital da soja abriga 110 mil habitantes e a taxa de ocupação está em quase 43%. De acordo com o IBGE, a população local mantém uma frota com 91 mil veículos e, em 2021, gerou um PIB de R$ 13,5 bilhões — valor mais atualizado.

Ao mesmo tempo, Paracatu abriga 94 mil moradores e a taxa de ocupação local é de 26%. A frota municipal é de pouco menos de 55 mil veículos e o PIB é de US$ 7 bilhões.

Além disso, o município mineiro ostenta o título de ser a capital de um recurso finito — diferentemente da soja, não é possível plantar ouro e não há fertilizante que faça uma mina renascer.

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Arroba do boi vai subir neste ano? Veja como deve ser 2024

As perspectivas para o mercado de boi em 2024indicam que poderá haver mudanças no ciclo pecuário em relação ao ano anterior, como um declínio nos abates de animais e na produção de carne.

Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, o ano de 2024 deve sinalizar um abate em torno de 33,94 milhões de cabeças de bovinos, queda de 0,8% se comparado a 2023.

A produção de carne bovina deve atingir 9,39 milhões de toneladas, recuo de 0,77% na comparação ao ano em vigência.

Em contrapartida, as exportações devem atingir um volume recorde, segundo projeções de Safras & Mercado. Iglesias afirma que o Brasil se notabiliza como a melhor alternativa global para o fornecimento de carne bovina e deve embarcar 3,36 milhões de toneladas, com um crescimento de 3,86% na comparação com 2023. 

O grande ponto de atenção para o ano leva em conta os preços pagos pelas proteínas de origem animal. Para que haja uma recuperação das cotações, Iglesias pontua que existem duas premissas básicas que precisam ser confirmadas: a recuperação econômica da China e a recomposição da suinocultura do país. 

O primeiro ponto tende a mostrar resultados a partir do segundo trimestre, com avanço nos indicadores chineses de emprego, renda e fluxo cambial. 

Já o segundo ponto está sendo trabalhado pelo governo chinês com o intuito de enxugar o mercado doméstico, o que permitiria uma recuperação das margens. 

“O mais provável é que esse processo se torne mais nítido entre o segundo e o terceiro trimestre”, diz.

A recuperação dos preços da carne bovina no mercado internacional será a peça central para que haja mudanças mais contundentes dos preços da arroba do boi gordo, acredita o analista. Isso aumentaria novamente o peso dos animais padrão China dentro do mercado brasileiro, uma vez que, no final de 2023, praticamente não houve uma diferença considerável de valores entre esses exemplares e boi para o mercado interno.

Por fim, o analista ressalta que a disponibilidade de carne bovina no mercado doméstico tende a ser 3,1% menor em 2024 se comparada ao último ano, atingindo 6,07 milhões de toneladas em equivalente carcaça. 

Como a população brasileira ainda deverá apresentar dificuldades em relação ao poder de compra, somada ao fato de que a moeda brasileira tende a ficar um pouco mais desvalorizada, o setor de carnes brasileiro tende a priorizar as exportações ao longo do ano.

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Safra brasileira de soja pode crescer 2,4% em 2023/24, diz consultoria

A safra brasileira de soja 2023/24 pode alcançar 156,7 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de cerca de 2,4%, ou 3,7 milhões de t, em comparação com a temporada anterior 2022/23. A avaliação é do time de inteligência e consultoria da Biond Agro, empresa brasileira de gestão e comercialização de grãos.

O clima mantém-se como principal vilão do agro brasileiro, segundo a empresa. Especialmente no Centro-Oeste, o índice de seca continua piorando e batendo valores maiores que o histórico. Em Mato Grosso, por exemplo, as regiões de Sinop, Sorriso, Alto Araguaia e Campo Novo do Parecis registram seca severa ou extrema, relatou a Biond.

“Nossos dados indicam para o mês de dezembro uma colheita de 156,7 milhões de toneladas de soja, esse número já foi revisado para baixo em duas ocasiões”, disse Felipe Jordy, coordenador de inteligência e consultoria da Biond Agro.

Já no caso do milho, a situação é mais complexa de prever, ponderou a companhia. A principal safra de referência na cultura é o milho safrinha que é plantado logo depois da colheita da soja, contudo, as expectativas também sugerem que a safra poderá ter problemas com o clima em sua janela produtiva, causando recortes na sua estimativa.

Já o cenário mundial para 2024 é de recomposição dos estoques de produtos. É possível prever boas recuperações na oferta da região da Argentina, saindo de uma colheita de 25 milhões de toneladas, para uma produção de cerca de 50 milhões de toneladas de soja, tendo o milho a mesma situação.

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Mapa estuda medidas diante registro de produtividade de 10 sc/ha de soja em MT

Medidas que visam auxiliar os produtores de soja em Mato Grosso diante da baixa produtividade neste início de colheita da safra 2023/24 serão estudadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária(Mapa). A informação é do ministro Carlos Fávaro. No estado, em algumas propriedades, a colheita da oleaginosa iniciou cerca de 30 dias antes do previsto e a produtividade média registrada segundo relatos é entre 10 e 20 sacas por hectare.

O clima seco e a ausência de chuvas regulares, provocados pelo efeito do fenômeno El Niño, em Mato Grosso não só atrasou os trabalhos de semeadura da soja, como também reduziu o ciclo de maturação da cultura.

Como o Canal Rural Mato Grosso já comentou, há registros de colheita da soja 2023/24 desde meados do mês de novembro. O início dos trabalhos de retirada dos grãos das lavouras no estado costuma ocorrer entre os dias 20 e 31 de dezembro, dependendo da região produtora.

Em vídeo, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, classifica a situação vista em Mato Grosso como “grave” e “muito preocupante”.

“Vamos imediatamente chamar as nossas equipes técnicas e iniciar os debates e trabalhos com as autoridades mato-grossenses e com os produtores para que possamos tomar medidas excepcionais. Um momento de excepcionalidade reque excepcionalidade. E, é isso que vamos estar fazendo para minimizar os impactos a esses produtores e para a economia do estado”.

Auxílio para outros estados

Ainda de acordo com o ministro Carlos Fávaro, a pasta está atenta aos demais estados diante as suas situações climáticas.

“É determinação do presidente Lula para não deixar os nossos produtores passar por maiores dificuldades em função das mudanças climáticas”, salienta o ministro.

Autorização de plantio da soja até janeiro

Na última semana o Mapa e o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) autorizaram a prolongação do plantio de soja em Mato Grosso até o dia 13 de janeiro de 2024. A decisão atende a um pedido do setor produtivo do estado diante das adversidades climáticas causadas pelo El Niño.

A semeadura da oleaginosa no estado encerraria no próximo dia 24 de dezembro.

Levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado no começo de dezembro, aponta para a safra 2023/24 de soja no estado uma área de 12,131 milhões de hectares. A extensão é inferior às 12,222 milhões previstas em novembro para a temporada, contudo levemente acima ainda dos 12,122 milhões de hectares da safra 2022/23.

O recuo na área na variação mensal, explica o Imea, é “pautado pelo alto percentual de replantio apontado pelo levantamento com os agentes de mercado, estimado em 5,04% em relação à área total prevista para o estado”.

Conforme o instituto, diante dos últimos meses o clima estar mais quente, chegando a registrar mais de 60 graus no solo, e os longos períodos sem chuvas em vários municípios de Mato Grosso, em decorrência ao El Niño, o desenvolvimento das lavouras tem sido impactado e, em alguns talhões, já é observado o encurtamento do ciclo da soja. Fator este que pode prejudicar o potencial produtivo da planta.

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Agricultura

Soja: Datagro Grãos diz que produtor terá lucro, mas inferior a 2021 e 2022

Com o plantio da safra brasileira 2023/24 de soja em reta final, a Datagro Grãos revisou seu levantamento sobre a renda dos produtores do país para o ano que vem.

O resultado ainda sinaliza mais uma temporada remuneradora para a maioria, embora possivelmente aquém dos excelentes desempenhos de 2021 e 2022, e até mesmo do razoável ano de 2023.

De acordo com a empresa, a combinação das variáveis que determinam a lucratividade bruta, definida através da relação entre a receita obtida e o custo de produção, deve pender mais uma vez para o lado positivo.

“Mas a amplitude irá variar de estado para estado, a depender dos resultados obtidos em termos de produtividade média, sendo decisivo em um ano de irregularidade climática como o desta nova safra”, comenta o economista e líder de conteúdo da consultoria, Flávio Roberto de França Junior.

Custos de produção

Os custos operacionais de produção da safra 2023/24 nos três principais estados produtores do Brasil, Mato Grosso, Paraná e Goiás, devem registrar expressiva retração. No entanto, vale considerar que essa redução acontece ante uma base muito elevada, após fortes aumentos nas safras 2021/22 e 2022/23.

“De saldo, temos a diminuição de gastos com insumos e alguma retração no padrão da taxa de câmbio na temporada; por outro lado, o aumento expressivo nos custos fixos”, destaca França Junior.

Porém, no lado limitante, a análise da Datagro considera expectativa de produtividade média razoável, mas abaixo da do ano passado. Mesmo com o bom nível tecnológico dos produtores de soja, a influência de um fenômeno El Niño de forte intensidade vem trazendo impactos devido à irregularidade das chuvas, com excesso de precipitações no Centro-Sul e escassez no Centro-Norte.

Receita dos produtores de soja

Monte de soja em grão formando mapa do Brasil. Sobre ele, três notas de 50 reais. Ao redor, moedas de diversos valores
Foto: Daniel Popov/ Canal Rural

Em relação às tendências de receita, a sinalização inicial aponta para preços domésticos aquém dos excepcionais valores observados de 2020 a 2023, mas provavelmente superior às mínimas deste ano.

Caso a projeção de lucratividade bruta positiva se concretize, será o 18º ano consecutivo de avanço na renda de soja no Brasil.

“A princípio temos sinalizações não muito distantes dos também interessantes resultados de 2023, embora abaixo dos excepcionais números de 2020, 2021 e 2022. Com indicação de cenário um pouco melhor de preços domésticos e custos de produção bem menores, mas com produtividades comprometidas”, avalia França Junior.

De acordo com a Datagro, as principais variáveis que podem interferir nas projeções de forma mais intensa são:

  • O comportamento do clima na América do Sul nos próximos meses;
  • O andamento da economia global e o encaminhamento da economia brasileira;
  • A evolução do conflito no Leste Europeu;
  • A definição da safra de 2024 nos Estados Unidos.

Além disso, o líder de conteúdo da empresa destaca o controle definitivo da inflação e as preocupações com o equilíbrio das contas públicas no Brasil como questões que também podem interferir no cenário.

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Agricultura

Plantio de soja vai a 74% no Brasil; chuva ajuda em MT, mas ainda é insuficiente

A área estimada para a safra 2023/24 de soja estava 74% semeada no Brasil até quinta-feira (23), contra 68% uma semana antes e 87% no mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento da AgRural.

Com o avanço da semana limitado pela lentidão do Rio Grande do Sul, onde a umidade dificulta a entrada das máquinas em campo, o plantio brasileiro agora é o mais lento para esta época do ano desde a safra 2015/16.Além do pouco avanço no plantio gaúcho, a semana passada foi marcada pela melhora das chuvas em áreas secas do centro-norte do Brasil, inclusive em importantes regiões produtoras de Mato Grosso. Mais volumes e uma melhor distribuição das precipitações, porém, são necessários no curto prazo para permitir a continuidade do plantio e limitar as perdas de produtividade. 

Finalizado no RS e PR, plantio de milho verão chega a 83% no Centro-Sul
O plantio da safra de milho verão 2023/24 chegou na quinta-feira (23) a 83% da área estimada para o Centro-Sul do Brasil, contra 80% uma semana antes e 88% no mesmo período do ano passado, segundo dados da AgRural.

Com a semeadura encerrada no Rio Grande do Sul e no Paraná, e muito próxima do fim em Santa Catarina, o foco dos produtores do Sul agora está nas dificuldades que o excesso de chuva e a falta de luminosidade impõem ao manejo e ao ritmo de desenvolvimento das lavouras. Nos demais estados, que enfrentam falta de umidade, o plantio só não tem atraso em São Paulo. 

Fonte: AgRural

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Agricultura Pecuária

MT sobe no ranking do PIB e ocupa 11ª posição

Em 2021, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil atingiu R$ 9 trilhões, com aumento de 4,8% em volume, após a queda observada em 2020, motivada sobretudo pelos efeitos da pandemia de COVID-19. Mato Grosso subiu no ranking pelo segundo ano consecutivo e agora ocupa a 11ª posição.

Sendo assim, MT ultrapassou Pernambuco, que caiu para a 12ª posiçao. Isso se deve ao ganho relativo da Agropecuária. Entre os três grupos de atividades, a Agropecuária ficou estável em volume (4,2% em 2020), enquanto a Indústria cresceu 5,0% (-3,0% em 2020) e os Serviços, 4,8% (-3,7% em 2020).

Mato Grosso faz parte do grupo de UFs em que os resultados positivos não foram acima da média nacional. As 13 UFs que cresceram abaixo da média foram: Ceará, Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe, Pará, Paraná, Bahia, Distrito Federal, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Os três estados da Região Centro-Oeste tiveram seus resultados influenciados pelo resultado negativo em volume da Agropecuária. “Mas o crescimento em volume dos serviços compensou a forte queda em volume da Agropecuária em 2021”, esclarece Alessandra Poça, gerente de Contas Regionais do IBGE.

PIB per capita de MT é o segundo maior

Mato Grosso possui PIB per capita de R$ 65.426,10, seguido por Santa Catarina, com R$ 58.400,55 e perdendo para o Distrito Federal, com  R$ 92.732,27. O PIB per capita do Brasil, em 2021, foi de R$ 42.247,52, aumento de 17,6% em valor em relação a 2020 (R$ 35.935,74).

Apenas Unidades da Federação do Sudeste, Sul e Centro-Oeste apareceram entre os dez maiores PIB per capita do país. No Centro-Oeste, além da primeira posição ocupada pelo Distrito Federal, Mato Grosso saiu da 11ª para a segunda posição, entre 2002 e 2021. Mato Grosso do Sul ocupou a sétima posição em 2021, avançando uma posição ante 2002, enquanto Goiás caiu da 10ª para a 11ª posição, no mesmo período.

Na Região Sudeste, São Paulo, pela primeira vez na série, não ocupou a segunda posição, alcançando a quarta posição em 2021. O Rio de Janeiro, que iniciou a série na terceira posição, apareceu em quinto em 2021, após ter atingido seu mais baixo patamar em 2020 (sexta posição). Espírito Santo e Minas Gerais ocuparam a nona e décima posições, respectivamente, em 2021.

Todas as cinco regiões registram alta no PIB

Todas as cinco Grandes Regiões registraram crescimento em volume em 2021. A Região Sul teve a maior variação, 6,5%, devido ao desempenho do Rio Grande do Sul. A Região Centro-Oeste apresentou a menor variação, devido aos fracos desempenhos na Agropecuária de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, que apareceram nas três últimas posições em termos de crescimento em volume.

Participação da remuneração dos empregados recua em todas as regiões

Em 2010, o Sistema de Contas Regionais passou a incorporar a estimativa do PIB pela ótica da renda. Isso tornou possível a análise da distribuição dos rendimentos gerados no processo produtivo em cada uma das Unidades da Federação. Em 2021, quinto ano seguido de queda de participação, a remuneração dos empregados foi equivalente a 39,2% do PIB do país. Foi a primeira vez desde o início da série histórica do indicador, em 2010, que esse rendimento atingiu um nível inferior a 40% do PIB do país.

A perda de participação da remuneração dos empregados no PIB foi observada em todas as regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste, onde essa participação recuou de 43,8%, em 2020, para 40,4%, em 2021, devido ao aumento dos preços das principais commodities agrícolas produzidas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás e ao aumento da influência da agricultura na região.

Os menores percentuais desse componente no PIB dos estados foram em Mato Grosso (27,0%) e no Pará (28,9%), devido à presença de atividades mais intensivas em capital, como a agropecuária mato-grossense e a extração de minério de ferro paraense.

Já as maiores participações foram do Distrito Federal (57,6%), Amapá (53,1%) e Roraima (50%). Isso se explica pela maior participação da atividade de Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social nas economias dessas localidades.

Fonte: Yasmim Di Berti, Agro Olhar

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Soja acelera altas com apoio dos ganhos do farelo e monitorando clima adverso no Brasil

Os futuros da soja sobem mais de 1% na Bolsa de Chicago no início da tarde desta sexta-feira (3). Perto de 12h10 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 15,25 e 17,25 pontos nos principais vencimentos, com o novembro testando já os US$ 13,21 por bushel, enquanto o maio/24, referência para a safra do Brasil, chegando aos US$ 13,70. Ao contrário do que se observava mais cedo, o farelo voltava a subir, registrava um ganho de 1,4% no primeiro vencimento – que era cotado a US$ 432,40 por tonelada curta – e dá um suporte importante aos preços do grão. 

Além do farelo, o clima irregular no Brasil também é combustível para os ganhos da soja na CBOT. Os modelos climáticos ainda apontam muitas chuvas para o Sul do país, enquanto o Centro-Norte tende a receber precipitações mal distribuídas e o plantio está bastante comprometido, além de apontar para um atraso considerável nos trabalhos de campo. 

Na manhã de hoje, a manchete da Reuters Internacional é “clima errático ameaça nova safra recorde do Brasil”, como há um tempo temos noticiado no Notícias Agrícolas, e já pontua também as preocupações com a possibilidade de um atraso na chegada desta nova oferta ao mercado, o que deixa a soja americana ainda mais atrativa para os compradores. 

De acordo com o Grupo Labhoro, “os modelos GFS (americano) e ECMWF (europeu) seguem reduzindo os níveis de chuvas para o norte brasileiro e mantêm os altíssimos níveis pluviométricos para o sul do país”, também servindo de subsídio para as altas que já chegaram a passar de 20 pontos no pregão de hoje em Chicago. “O GFS, atualizado nesta manhã, indica para os próximos 10 dias, precipitações moderadas a fortes para o sudoeste do PR, SC e RS. Fortes a extremamente fortes pontualmente no nordeste e sul do
RS. Leves acumulados são previstos para grande parte do MT, TO, sul do MA, sul da BA, norte de MG, leste do MS e oeste de SP”, complementa  consultoria. 

Uma demanda melhor pela oleaginosa dos EUA também compõe o cenário construtivo para os preços. Nesta semana, as informações de bastidores dão conta de que a China segue comprando nos EUA e teria comprado de seis a 10 cargos da oleaginosa americana nos últimos dias. E hoje o USDA informou uma nova venda de mais de 130 mil toneladas da commodity para destinos não revelados. 

Fonte: Notícias Agrícolas

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Soja: plantio da safra 2023/24 atinge 40% da área Brasil, aponta Conab

O plantio da safra 2023/24 de soja atingiu 40% da área no Brasil, conforme apontou relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com dados até 29 de outubro. Na semana passada a semeadura atingia 28,4% da área. Em igual período do ano passado, os trabalhos de plantio atingiam 47,6% da área.

Cenário da soja nesta terça-feira (31)

O cenário é negativo para os negócios com soja nesta terça no mercado brasileiro. O dólar registra queda frente ao real e os contratos futuros operam perto da estabilidade, ainda no negativo. Os produtores monitoram o clima e priorizam o plantio da safra.

O mercado iniciou a semana com poucos negócios. Os preços domésticos ficaram mistos na segunda-feira (30). Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 144,00 para R$ 142,00. Na região das Missões, a cotação baixou de R$ 143,00 para R$ 140,00 a saca. No Porto de Rio Grande, o preço recuou de R$ 153,00 para R$ 152,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço diminuiu de R$ 133,50 para R$ 133,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca desvalorizou de R$ 143,50 para R$ 143,00.

Em Rondonópolis (MT), o valor subiu de R$ 124,00 para R$ 125,00. Em Dourados (MS), a cotação passou de R$ 125,50 para R$ 124,50. Em Rio Verde (GO), a saca caiu de R$ 127,00 para R$ 125,00.

Soja em Chicago

Os contratos com vencimento em janeiro operam com baixa de 0,01%, cotados a US$ 13,07 por bushel.

O mercado mantém o tom negativo das últimas sessões, à medida que as chuvas no Brasil e na Argentina diminuem as preocupações com a oferta global.

Por outro lado, limita uma maior queda o cenário internacional favorável, com o petróleo subindo em Nova York e a desaceleração do dólar frente a outras moedas correntes.

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgou ontem relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de soja. 

Até 29 de setembro, a área colhida estava apontada em 85%. Na semana passada, eram 76%. A expectativa do mercado era de exatos 85%. Em igual período do ano passado, a colheita era de 87%. A média é de 78%.

Cotações FOB

As cotações FOB da soja recuaram na segunda-feira nos portos brasileiros, pressionadas pelo recuo dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Os prêmios pouco se alteraram em mais um dia de pouca atividade. Os produtores monitoram o clima e o avanço do plantio.

O preço FOB (flat price) para fevereiro ficou entre US$ 456,40 e US$ 469,70 a tonelada na segunda-feira. No dia anterior, a cotação oscilou entre R$ 460,50 e R$ 465,60.

*Canal Rural