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Brasil amplia área de exportação de carne bovina para o Canadá

Agência Canadense de Inspeção Alimentar (CFIA) aprovou a importação de carne bovina de seis novos estados brasileiros: Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, 14 municípios do Amazonas e cinco de Mato Grosso.

A decisão foi tomada após a CFIA avaliar as regiões que foram recentemente reconhecidas pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) como zonas livres de febre aftosa sem necessidade de vacinação.

Santa Catarina, que já estava habilitada para exportação, continua a ser uma região elegível, assim como os estados que mantêm a vacinação contra a febre aftosa.

Segundo o governo brasileiro, a ampliação da área de exportação abre novos mercados para a carne bovina brasileira e deve aumentar as vendas para o Canadá.

Em 2023, o Brasil exportou US$ 10,541 bilhões em carne bovina, totalizando 2,28 milhões de toneladas.

O Canadá importou US$ 39 milhões em carne bovina brasileira (8.192.380 kg) em 2023, um aumento de 18% em relação a 2022.

O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa, disse que a decisão da CFIA “representa um marco importante para o setor agropecuário brasileiro e reforça a importância do comprometimento contínuo dos nossos pecuaristas com os padrões sanitários”.

Exportações

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 757,885 milhões em janeiro (considerando 19 dias úteis), com média diária de US$ 39,888 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 168,103 mil toneladas, com média diária de 8,847 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.508,50.

Em relação a janeiro de 2023, houve um aumento de 13,1% no valor médio diário das exportações, um aumento de 21,5% na quantidade média diária exportada e uma queda de 6,9% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Pecuária

Boi gordo tem expectativa de recuperação nos preços no atacado

O mercado físico do boi gordo registrou estabilidade e preços acomodados em diversas regiões do país, conforme apontado pelo consultor de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Ainda que haja expectativas em torno da demanda no final do mês, impulsionada pela entrada dos salários na economia, outros fatores também influenciam o cenário.

Outra faceta está na tendência de lentidão dos negócios durante o feriado de Carnaval, o que sugere o encurtamento das escalas de abate. Por fim, o pecuarista ainda encontra as condições necessárias para cadenciar o ritmo dos negócios em meio à boa condição das pastagens”, menciona.

Os preços da arroba do boi gordo, em 31 de janeiro de 2024, variam em diferentes localidades do país: São Paulo atingiu R$ 239, Goiânia registrou R$ 230, Uberaba apresentou R$ 243, Douradosmarcou R$ 231, e Cuiabá ficou em R$ 210.

No mercado atacadista, os preços ainda mostraram acomodação ao longo da quarta-feira. Contudo, Iglesias sugere que o ambiente de negócios indica uma possível recuperação dos preços no atacado durante a primeira quinzena de fevereiro, período em que se espera um aumento no consumo devido à entrada dos salários na economia.

Atualmente, o quarto traseiro está cotado a R$ 18,00 por quilo, a ponta de agulha mantém o preço de R$ 12,50 por quilo, e o quarto dianteiro é precificado a R$ 12,60 por quilo. Esses valores podem sofrer alterações à medida que o mercado responde às dinâmicas sazonais e econômicas.

Escrito por Compre Rural.

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Pecuária

Egito e Emirados Árabes Unidos aumentam a compra de carne bovina mato-grossense

A carne bovina de Mato Grosso alcançou boa participação no mercado internacional em 2023, com um volume exportado de 589,19 mil toneladas em equivalente carcaça. Com este resultado, o ano que passou teve o segundo maior volume exportado, ficando atrás apenas de 2022, quando a exportação foi cerca de 3% maior. Além de atender o consumo da população brasileira, a carne mato-grossense chega a outros 83 destinos, sendo diferentes países e continentes. Essa aproximação comercial é resultado das atividades desenvolvidas pelo Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), que vem promovendo informações sobre a sustentabilidade e qualidade da carne de Mato Grosso pelo mundo.

“O Imac tem participado de discussões internacionais e feiras de negócios em diversos países. O intuito é apresentar a cadeia produtiva da carne sustentável de Mato Grosso e ampliar novos mercados. Mato Grosso possui inúmeras garantias de exportação valorizadas por diversos mercados, como a sanidade animal, qualidade da carne e controles rígidos socioambientais”, ressaltou o diretor técnico operacional do Imac, Bruno Andrade.

Países que aumentaram a compra de carne bovina de Mato estão na rota das missões internacionais do Imac, há alguns anos. O Egito e os Emirados Árabes Unidos, visitados por representantes do Imac em 2022, se apresentaram como protagonistas e aumentaram seus volumes negociados em 8,39% e 61,39%, respectivamente, ocupando o segundo e terceiro lugares como maiores importadores de carne bovina mato-grossense, em 2023. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), mostram que a China permanece como a principal compradora da carne bovina do estado, mesmo tendo reduzido suas aquisições em mais de 18% no comparativo anual com 2022. 

Na avaliação de Bruno Andrade é necessário Mato Grosso diversificar e ampliar o número de clientes para não ficar na dependência de um único mercado comprador. “A China é e continuará sendo um dos principais mercados para o Brasil e Mato Grosso. Atualmente o país asiático tem comprado um pouco menos que nos últimos anos devido a sua economia, que desacelerou, além da uma certa proteção à sua produção doméstica, pois muita carne importada pode se refletir em preços mais baixos na cadeia produtiva local deles. É necessário diversificar para não ficarmos reféns de um único mercado, dessa forma evitamos os mesmos problemas que tivemos no passado com a União Europeia e Rússia. É importante buscar vender mais carne também para outros países”, afirmou o diretor técnico operacional do Imac.

Mato Grosso ajuda a alimentar o mundo

Cálculo feito pelo Centro de Dados Econômicos de Mato Grosso (DataHub MT) da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec) aponta um crescimento de rebanho bovino de 2% ao ano, atingindo a marca de 36 milhões de cabeças de gado até 2026, em território mato-grossense.

A expectativa para 2024 é de um cenário promissor. Bruno Andrade apontou que o ano será de bons números para exportação, repetindo o recorde dos últimos anos.

“Mato Grosso tem uma oferta alta na produção de animais jovens, que oferecem carne de boa qualidade. Muitas indústrias amplas, que possuem grande capacidade de processamento e já habilitadas para a abertura de novos mercados”, afirmou.

Missões internacionais

Ações internacionais promovidas pelo Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) tendem a fortalecer ainda mais os laços entre parceiros comerciais. Há anos, o Imac tem participado de diversas missões internacionais ampliando o mercado da carne bovina sustentável do Estado.

A comitiva do Imac já percorreu países como a China, além de outros no Oriente Médio e Europa. Segundo Bruno Andrade, a meta para os próximos anos é aumentar a participação de Mato Grosso em eventos que proporcionem abertura, diversificação e consolidação da carne mato-grossense no mercado internacional.

“Cada país tem sua pauta específica. Ásia e Oriente Médio tratamos sobre a segurança alimentar e a qualidade da carne. Na Europa, focamos na sustentabilidade. E para 2025, estamos nos organizando para receber o Congresso Mundial da Carne, quando a capital de Mato Grosso será o local das discussões internacionais sobre a produção de carne bovina “, garantiu.

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Pecuária

Preço do boi gordo continua estável e esperança de alta fica para fevereiro

Na semana atual, as vendas consistentes de carne bovina no mercado doméstico sinalizam um provável crescimento do consumo nos dez primeiros dias de fevereiro devido ao pagamento dos salários e outros benefícios sociais relativos ao mês anterior, relata a Agrifatto.

“Independentemente da forte pressão de baixa sobre a arroba, a expectativa é de que os preços do animal terminado possam permanecer estáveis ao longo da primeira quinzena do próximo mês”, afirma a consultoria.

Nesta terça-feira (30/1), a cotação média do boi gordo em São Paulo continuou em R$ 240/@, de acordo com dados da Agrifatto.

“Todas as 17 praças acompanhadas mantiveram preços estáveis”, ressalta a consultoria.

Na B3, porém, os contratos futuros experimentaram uma reversão de direção, iniciando um movimento de valorização no primeiro dia desta semana.

Na segunda-feira (29/1), o contrato com vencimento para janeiro de 2024 encerrou valendo R$ 247/@, com ligeiro aumento de 0,20% em relação ao dia anterior.

Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, os preços dos animais terminados ficaram estáveis nesta terça-feira.

Com isso, o boi gordo “comum” segue negociado em R$ 240/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são vendidas por R$ 215/@ e R$ 230/@ (preços brutos e a prazo).

Por sua vez, o “boi-China” está apregoado em R$ 245/@ no mercado de São Paulo (prazo, valor bruto) – um ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”, acrescenta a Scot.

Na região Norte do Mato Grosso, porém, de acordo com a Scot, as cotações dos bois destinados ao mercado interno e à exportação caíram R$ 5/@ nesta terça-feira. Para as demais categorias, houve estabilidade nos preços.

Com isso, o boi destinado ao mercado doméstico está sendo negociado em R$ 210/@ nas praças do Norte do MT, a vaca vale R$ 195/@ e a novilha segue vendida por R$ 202/@, informa a Scot (preços brutos e a prazo). O “boi-China” está apregoado em R$ 220/@.

Mercado Pecuário | Pecuarista poderá resistir à pressão baixista com a volta das chuvas e a recuperação dos pastos?

Segundo a S&P Global Commodity Insight, na região Norte e Nordeste do País, diante das escalas de abate que adentram a segunda quinzena de fevereiro, as indústrias locais se retiram do ambiente de negócios, refletindo em recuos nos preços negociados em praças do Tocantis, Pará e Maranhão.

Além disso, perspectivas de altas temperaturas nos Estados do Centro-Oeste podem prejudicar as condições de pastagem, fomentando um atraso na entrada de animais ao mercado, diz a S&P Global.

“As chuvas aquém do esperado desde o mês passado preocupam os pecuaristas”, destacam os analistas.

Na região Sudeste, especificamente em São Paulo e Minas Gerais,  o mercado do boi gordo mantém firme, especialmente os negócios envolvendo lotes de maior qualidade (com padrão-exportação), acrescenta a Agrifatto.

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Agricultura Pecuária

Exportações do agronegócio fecham 2023 com US$ 166,55 bilhões em vendas

As exportações brasileiras do agronegócio bateram recorde em 2023, atingindo US$ 166,55 bilhões. A cifra foi 4,8% superior em comparação a 2022, o que representa um aumento de US$ 7,68 bilhões. De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o desempenho foi influenciado principalmente pela quantidade embarcada.

Dessa forma, o agronegócio foi responsável por 49% da pauta exportadora total brasileira em 2023. No ano anterior, a participação foi de 47,5%.

“O ano de 2023 marcou um ponto de virada histórico para o agro brasileiro, com grandes avanços em exportações e expansão de mercados, resultando em um recorde  nas vendas externas. Sob a liderança do presidente Lula e do Ministro Carlos Fávaro, o Brasil abriu 78 novos mercados, fortaleceu laços e liderou a exportação mundial em vários produtos”, destaca o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

O Brasil exportou diretamente 193,02 milhões de toneladas na forma de grãos. Uma quantidade 24,3% superior na comparação com os 155,30 milhões de toneladas de grãos exportados em 2022. Esta quantidade de grãos exportados em 2023 equivale a 60,3% da safra recorde de grãos 2022/23, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento em 319,86 milhões de toneladas.

Além do aumento na quantidade exportada de grãos em quase 40 milhões de toneladas, também houve expansão no volume exportado de outros produtos que registraram mais de US$ 1 bilhão em vendas externas: carnes (+5,4%), açúcar (+15,1%), sucos (+6,0%), frutas (+5,9%), couros e seus produtos (+19,7%).

Os setores exportadores que mais contribuíram nas vendas do agronegócio foram: complexo soja (+US$ 6,49 bilhões); complexo sucroalcooleiro (+US$ 4,60 bilhões) e cereais, farinhas e preparações (+US$ 1,18 bilhão) e sucos (+US$ 447,41 milhões).

Em relação ao valor exportado os cinco principais setores foram: complexo soja (40,4% do total exportado); carnes (14,1%); complexo sucroalcooleiro (10,4%); cereais, farinhas e preparações (9,3%) e produtos florestais (8,6%). Em conjunto, esses setores destacados representaram 82,9% das vendas do setor em 2023.

Quanto às importações, o agronegócio brasileiro importou US$ 16,61 bilhões.

“O país também lançou um programa ambicioso para converter pastagens degradadas em áreas agricultáveis, buscando dobrar a produção de forma sustentável e contribuir significativamente para o desenvolvimento do interior. Em 2024, o país se consolida como uma potência agropecuária global, reforçando a resiliência e a sustentabilidade no setor, essencial para o desenvolvimento econômico e como um importante fornecedor de alimentos para o mundo”, conclui Perosa.

Dezembro/2023

As exportações brasileiras de produtos do agronegócio foram de US$ 13,51 bilhões em dezembro de 2023, um valor US$ 2,34 bilhão superior na comparação como mesmo mês de 2022, o que representou crescimento de 20,9%.

O resultado de dezembro, segundo indicam dados da SCRI/Mapa, foi fortemente influenciado pela elevação do volume embarcado, cujo índice subiu 28,9%, apesar da queda de 6,1% nos preços médios de exportação dos produtos do agronegócio brasileiro.

Soja em grãos, açúcar de cana, farelo de soja e carne bovina são, para os analistas da SCRI, os produtos que mais contribuíram para o crescimento das exportações no mês.

Destaque de dezembro, as exportações de soja em grãos atingiram volume de 3,83 milhões de toneladas. Esta quantidade embarcada foi 97,8% superior ao exportado no mesmo período do ano passado. O setor é o maior responsável pelo crescimento das vendas externas do agronegócio. As exportações de soja em grãos alcançaram US$ 1,99 bilhão em dezembro de 2023, com alta de 66,2%.

Os embarques de soja em grãos para a China foram de US$ 1,2 bilhão. O país adquiriu 86,5% do volume total exportado pelo Brasil de soja em grãos no período.

O volume exportado de açúcar também foi recorde para os meses de dezembro atingindo de 3,85 milhões de toneladas, um aumento de 74,9%. O produto que se destacou nas vendas do período com a soma de US$ 2,04 bilhões, um aumento de 113,7%.

Assim como para a soja, a China permanece sendo o principal mercado importador do açúcar de cana em bruto brasileiro, com US$ 330,65 milhões, crescimento de 108,6% ante dezembro de 2022.

Outro produto com desempenho favorável em dezembro foi farelo de soja. As vendas externas de farelo de soja subiram de US$ 559 milhões em dezembro de 2022 para US$ 1,0 bilhão em 2023, alta de 79,4%. O aumento do valor se dá  principalmente em função do incremento do volume exportado, que cresceu 75,1%. União Europeia, Irã e Indonésia foram os maiores importadores do produto brasileiro.

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Pecuária

Preços do boi gordo operam perto de R$ 250 a arroba, informa Cepea

Os preços do boi gordo seguem relativamente firmes neste início do ano, com o Indicador Cepea/B3 operando próximo de R$ 250.

Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, o forte aumento das vendas nos últimos meses de 2023 ajudou a enxugar o montante disponível de carne bovina no mercado doméstico, sustentando os valores da arroba.

No geral, as negociações de animais para abate começaram a ganhar ritmo nos últimos dias.

Do lado vendedor, a possibilidade de segurar um pouco os animais nas regiões em que as chuvas têm sido mais frequentes mantém parte dos agentes afastados do mercado. Do lado da demanda, a necessidade de novas aquisições deixa compradores mais ativos.

Quanto às exportações, dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que os embarques brasileiros de carne bovina in natura foram recordes em 2023, confirmando expectativas dos colaboradores consultados pelo Cepea. Foram 2,006 milhões de toneladas enviadas ao exterior de janeiro a dezembro, 0,52% acima do até então recorde, verificado em 2022, de 1,996 milhão de toneladas.

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Pecuária

Rondonópolis bate recorde e atinge mais de U$ 3 bi em exportações em 2023

Rondonópolis chegou ao fim de 2023 batendo o recorde nas exportações. Com U$ 3.002,54 bilhões exportados no ano passado, valor 1% maior que o de 2022, quando foram exportados um total de U$ 2.971,67 bilhões, a cidade foi a maior exportadora de Mato Grosso e a 16ª do Brasil em 2023. Os dados são do Ministério da Indústria e Comércio Exterior.

Além disso, o montante exportado por Rondonópolis em 2023, representou 10,3% do total exportado por Mato Grosso e 0,9% do total das exportações brasileiras. Os dados do comércio exterior do governo federal mostram ainda que Rondonópolis registrou recorde no superávit da balança comercial, que fechou 2023 em U$ 1.887,56 bilhão.Em 2022, o superávit foi de U$ 436,37 milhões. A diferença no superávit entre 2022 e 2023, pode ser explicada tanto pelo aumento das exportações no período, mas, principalmente, pela queda das importações no ano passado.Em 2023, Rondonópolis importou um total de U$ 1.114,98 bilhão, montante 55,7% menor que em 2022, quando foram importados U$ 2.515,3 bilhões. Mesmo com a redução, a cidade foi a maior importadora de Mato Grosso no ano passado e a 49ª do Brasil. As importações de Rondonópolis representaram 34,5% do total importado por Mato Grosso e 0,5% pelo Brasil no período.Assim como em 2022, no ano passado, a torta e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja foram o principal produto exportado por Rondonópolis, representando 51% das exportações da cidade. Entre 2022 e 2023, a exportação do produto aumentou 4,6%, e chegou a U$ 1,52 bilhão.Também importantes entre os produtos exportados em 2023 estão a soja em grão, que representou 24% das exportações; o milho, representando 12% dos produtos exportados; o algodão (5,3%); e, a carne bovina, 4,3%.Os números do comércio exterior apontam ainda que Rondonópolis registrou queda de 0,4% nas exportações de soja em grãos em 2023 em comparação com 2022 e de 28,3% da carne bovina.Por outro lado, foi registrado aumento nas exportações de milho, que cresceram 15,8% no período, e do algodão, com elevação de 12,4%.Já entre os produtos importados, o destaque fica por conta dos fertilizantes, que compreendem 95% das importações de Rondonópolis em 2023.China é principal mercado compradorCom aumento de 23,6% nas exportações para a China em 2023 em relação a 2022, o país asiático continua sendo o principal destino dos produtos de Rondonópolis. Para o país, foram exportados um total de U$ 911 milhões, o que representa 32% das exportações da cidade no ano passado.Já a Rússia foi o país de onde vieram a maior parte das importações, que representaram 19,4% das compras em 2023. Do Canadá vieram 17,2% das importações.

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Pecuária

Brasileiro é um dos povos que mais comem carne no planeta

O povo brasileiro é uma dos que mais consomem proteína animal do planeta, ao considerar os três principais tipos de carne: suínos, frangos e bovinos. Um levantamento realizado por Oestemostra que o consumo per capita local está entre os quatro maiores do mundo.

A pesquisa cruzou os dados do Banco Mundial sobre a população de cada país com as informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos sobre a produção dessas mesmas nações. Os resultados mostram que o agronegócio brasileiro destina quase 100 kg de carne por habitante para o mercado interno.

O número deixa o Brasil abaixo apenas de Estados Unidos, Austrália e Argentina — os três maiores consumidores, em ordem decrescente. Para os norte-americanos, a disponibilidade interna é de 120 kg por ano. E a dos australianos e dos argentinos é de 116 kg e 102 kg, respectivamente.

Desse modo, o resultado do Brasil superou o de populações de lugares desenvolvidos. Entre eles, Canadá (90 kg), Coreia do Sul (80 kg), União Europeia (77 kg), Reino Unido (76 kg) e Singapura (68 kg). Além disso, a média nacional corresponde a quase três vezes a mundial (pouco menos de 35 Kg).

O agronegócio brasileiro e a produção de carne

A manutenção da oferta ao mercado interno do Brasil em níveis elevados ocorre graças aos criadores locais. Atualmente, o agronegócio do país é o quarto maior produtor de proteína animal no planeta — e o principal exportador desse tipo de alimento no mundo.

Brasil recorde carne frango Gripe aviária
Carne de frango é lidera o consumo nacional | Foto: Reprodução/Sindiavipar

Em 2023, o Brasil exportou 9 milhões de toneladas de proteína animal. Nesse mesmo ano, o agronegócio brasileiro produziu 30 milhões de toneladas de carne — somando suínos, frangos e bovinos. Apenas União Europeia, Estados Unidos e China tiveram produções maiores — 78 milhões de toneladas, 45 milhões de toneladas e 39 milhões de toneladas, respectivamente.

Proteína mais consumida no Brasil

Na mesa do brasileiro, a carne de frango é a mais consumida, segundo o USDASão 47 kg por habitante por ano — quase metade da dieta da população do país. Na sequência, aparecem os bovinos (37 kg), seguido dos suínos — média per capita anual de 15 kg.

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Colheita recorde de soja no Brasil impulsiona produção mundial em 2022/23

O ano agrícola de 2022/23 testemunhou uma safra recorde de soja no Brasil, contribuindo significativamente para a produção mundial, conforme destacado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Apesar de um período de colheita mais prolongado e desafios enfrentados durante a coleta, a produtividade no Brasil alcançou patamares expressivos.

Pesquisadores do Cepea observaram que o notável avanço na colheita brasileira compensou as menores ofertas provenientes dos Estados Unidos e da Argentina. Essa contribuição brasileira foi fundamental para assegurar uma produção global recorde de soja na safra 2022/23, atingindo a marca de 374,39 milhões de toneladas, conforme dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

O impacto do desempenho na produção global refletiu nas cotações da soja ao longo do ano, pressionando para baixo em comparação com o ano anterior. A abundância na oferta mundial, impulsionada principalmente pelo desempenho excepcional da colheita brasileira, teve influência direta nos preços da commodity.

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Aumento da demanda chinesa impulsionará exportações brasileiras de carne em 2024, aponta estudo

O Brasil, maior exportador mundial de carne, aumentará ainda mais os embarques do produto para o exterior em 2024, graças ao aumento da demanda da China e a uma ampla oferta de carne bovina e de frango, segundo um estudo do banco Robabank.

No mercado de suínos, a oferta de animais crescerá menos, mas o aumento de restrições em países concorrentes deve estimular a busca pela proteína do Brasil.

O estudo previu que as vendas brasileiras de carne bovina ao mercado externo crescerão de 2% a 3% no próximo ano, estimuladas pela China. De janeiro a novembro deste ano, o Brasil exportou 2,3 milhões de toneladas, segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

Nos cálculos do Rabobank, o volume total das importações chinesas da proteína crescerá de 6% a 7% em relação a 2023, ou o equivalente a 200 mil toneladas.

Para o analista do Rabobank, Wagner Yanaguizawa, “isso deverá favorecer diretamente o Brasil, que já é o maior exportador para a China”.

Os brasileiros respondem hoje por 41% de toda a carne bovina que os chineses importam. Além de aumento do volume, também existe a expectativa de que os importadores chineses paguem um pouco mais pela tonelada do produto.

O presidente da Abrafrigo, Paulo Mustefaga, previu que o volume dos embarques de carne bovina deve fechar 2023 com aumento de 4% a 5%, embora a receita possa cair cerca de 20%, ainda pressionada pela baixa dos preços da tonelada exportada.

“Já para o ano que vem, acredito que há espaço para reação, sim, no preço que a China paga. Tudo depende da recuperação econômica deles, que parece estar melhorando”, afirmou Mustefaga.

Não obstante, o Rabobank afirma que os exportadores não devem esperar que os valores retornem ao patamar do período entre 2021 e 2022, quando a tonelada passou de US$ 7 mil, mas que há potencial para ela superar os US$ 5 mil pagos atualmente por tonelada.

Para o presidente da Abrafrigo, a diminuição da oferta de carne bovina nos Estados Unidos, em decorrência do ciclo de baixa do número de animais disponíveis para abate, torna o Brasil mais competitivo.

Há a possibilidade de o país ampliar suas vendas aos norte-americanos, para complementar a produção nos EUA, assim como existem chances de os brasileiros suprirem mercados que os americanos eventualmente deixem de atender.

Além disso, as perspectivas para os setores de aves e suínos, também são otimistas. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estima que as exportações de carne suína tendem a chegar a 1,3 milhão de toneladas em 2024, um aumento de 6,6% em relação ao volume projetado para este ano, de 1,22 milhão de toneladas.

As vendas de carne de frango ao exterior devem somar entre 5,2 e 5,3 milhões de toneladas em 2024, 3,9% a mais do que este ano, quando, segundo a Associação, ficaram entre 5,05 e 5,15 milhões de toneladas.

De acordo com a ABPA, o pico de migrações de aves para o Brasil passou, o que tende a frear o surgimento de novos surtos de gripe aviária da cepa H5N1 no país. A ordem no setor, porém, é continuar com as práticas de prevenção adotadas nos últimos meses, que garantiram a biossegurança e mercados abertos ao Brasil em todo o mundo.

“A influenza (aviária) pode ter papel ainda mais ativo no Hemisfério Norte com a chegada do inverno, e o Brasil pode ser chamado ainda mais para prover (frango)”, ressaltou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.