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Exportações do complexo soja registraram recorde de volume e receita

Os embarques do complexo soja tiveram avanço de 24,7% em 2023, chegando a 126,818 milhões de toneladas. A informação parte de levantamento da Datagro Grãos. O total compreende:

  • Soja em grão: 101,856 mi de toneladas de soja em grão (+29,4%)
  • Farelo: 22,613 milhões de toneladas (+11,1%)
  • Óleo: 2,349 milhões de toneladas (-9,6%)

Os principais fatores para esse recorde é a grande safra colhida no ano passado pelo Brasil, atualmente estimada em 160,234 mi de toneladas pela consultoria, montante 23% superior à prejudicada temporada anterior.

Além disso, também explicam o cenário de remessas altas partindo do Brasil os seguintes fatores:

  • Perdas expressivas nos Estados Unidos em 2022, com safra irregular pelo quarto ano consecutivo;
  • Avanço das compras pela China após a peste suína africana (PSA) ser contornada;
  • Tensões nas relações políticas entre EUA e China; e
  • Maior competitividade do complexo soja devido à queda no padrão de preços.

Recorde de receita

soja preço cotação pib Chicago dólar

A Datagro aponta que também foi registrado recorde na receita total obtida nas exportações do complexo soja brasileiro em 2023, apesar do forte recuo nos preços médios.

Assim, a receita total foi atualizada para US$ 67,377 bilhões, 10,9% a mais que em 2022, quando foram arrecadados US$ 60,748 bilhões.

A receita do ano passado foi formada por US$ 53,316 bi decorrentes de vendas de soja em grão (+14,7%); US$ 11,507 bi da comercialização de farelo (+11,4%); e US$ 2,554 bi de óleo, o único com recuo ante 2022 (-35,1%).

“Esse extraordinário avanço da receita alcançada pelas vendas externas do setor contribuiu fortemente para impedir o recuo que estava previsto nas exportações globais do país em 2023, que veio refletindo a diminuição no ritmo de crescimento da economia brasileira. Por esse motivo, confirmamos novo recorde na participação do complexo soja na pauta geral de exportações do Brasil”, comenta Flávio Roberto de França Junior, economista e líder de conteúdo da consultoria

Participação da soja na receita nacional

A receita total das exportações brasileiras em 2023 chegou a US$ 339,673 bi, crescimento de apenas 1,7% em relação ao recorde anterior, de US$ 334,136 bi, registrado em 2022.

Com isso, o setor contribuiu com 19,8%, proporção superior ao recorde de 18,2% de 2022, superando com folga os 16,2% da média de participação dos últimos 10 anos.

Projeções para 2024

Em termos de volume, a Datagro Grãos estima saídas externas do complexo soja brasileiro em 114,900 mi de t em 2024, 9,4% aquém de 2023. Ainda assim, caso se concretize, seria o segundo maior da história:

  • Soja em grão: 88,8 mi de t (-12,8%);
  • Farelo: 24 mi de t (+6,1%); e
  • Óleo: 2,1 mi de t (-10,6%)

No que diz respeito à receita, os números iniciais da consultoria apontam para US$ 54,480 bi, o que representaria recuo de 19,1% ante 2023: US$ 41,736 bi de soja em grão (-21,7%); US$ 10,560 bi de farelo de soja (-8,2%); e US$ 2,184 bi provenientes do óleo de soja (-14,5%).

“Essa retração na receita para 2024 tende a resultar também em redução na participação das exportações do setor soja na pauta geral do Brasil, de 19,8% de 2023 para 17,0%. Apesar de bem menor, essa nova taxa ainda seguiria muito superior aos 16,2% da média para os últimos 10 anos, sendo a menor desde os 16,8% de 2020”, diz França Junior.

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Agricultura Pecuária

Agropecuária pode representar 44% das exportações brasileiras

As exportações do agronegócio brasileiro devem atingir US$ 150 bilhões neste ano, estima a consultoria MacroSector em relatório. Se confirmado o valor, as vendas externas dos produtos da agropecuária serão 7,22% maiores que as do ano passado.

Do total, US$ 85,8 bilhões virão da venda de grãos, óleos e cereais; e outros US$ 23,7 bilhões devem ser provenientes da comercialização externa de proteínas e lácteos. A exportação de alimentos, bebidas e fumo deve gerar US$ 36,9 bilhões e a de madeira tende a render US$ 3,6 bilhões.Já as importações do setor da agropecuária tendem a recuar 8,75%, para US$ 14,6 bilhões, projeta a consultoria. O saldo comercial do agronegócio é estimado em US$ 135,3 bilhões positivos, alta de 9,20% contra 2022. Com os embarques previstos, o agronegócio deve representar 44% das exportações do País, segundo a MacroSector.

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Agricultura

Mato Grosso comercializa 83,59% da safra 2022/23 de soja

Mato Grosso comercializou 83,59% das 45,316 milhões de toneladas de soja produzidas na safra 2022/23 até o final de julho. A informação é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que destaca ainda uma valorização de 3,02% no preço da saca de 60 quilos ante junho.

Os números constam o relatório de comercialização da soja, divulgados nesta segunda-feira (7). Na variação mensal as vendas da oleaginosa avançou 4,09 pontos percentuais. Contudo, ao se comparar com o ciclo 2021/22 estão atrasadas ante os 85,86% do período em 2022 e dos 90,61% da média histórica dos últimos cinco anos.

“No que se refere ao preço médio, o valor da soja no mês apresentou aumento de 3,02% ante a junho, ficando precificado em R$ 113,35 a saca, pautado pela alta nos preços da oleaginosa em Chicago”.

O valor médio verificado em julho deste ano é, inclusive, abaixo dos R$ 162,92 verificados no mês em 2022.

Negociações da safra 2023/24 chegam a 21,11%
Em relação à safra 2023/24, segundo o Imea, Mato Grosso comercializou 21,11% da produção de 43 milhões de toneladas previstas. Um avanço mensal de 4,76 pontos percentuais pautado pela melhora nos preços da soja e a aproximação da semeadura da oleaginosa, devido à necessidade em travar os custos de produção.

Subprodutos da soja têm alta de preço em Mato Grosso
“No entanto, o ritmo das vendas está atrasado 4,40 pontos percentuais ante ao observado no mesmo período do ano passado. No que tange ao preço médio em julho da safra 2023/24, esse fechou em R$ 105,41 a saca no estado, alta de 3,27% no comparativo mensal”, frisa o instituto.

Vale ressaltar que o preço médio visto em julho do ano passado era de R$ 152,03 a saca durante a comercialização antecipada da safra 2022/23, como destacado na época pelo Imea.

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Receita com as exportações da agropecuária foi a única que cresceu no Brasil, em 2023


A receita com as exportações da agropecuária foi a única que cresceu no Brasil, em 2023, quando se consideram os valores acumulados entre janeiro e julho. Nesse período, o faturamento do setor no com o mercado internacional fechou em quase US$ 50 bilhões. Ou seja: 6% maior, em comparação ao mesmo intervalo de 2022.

Enquanto a cifra com as exportações da agropecuária teve o incremento de quase US$ 3 bilhões, as receitas dos embarques das indústrias de extração e transformação perderam por volta de US$ 1,5 bilhão e quase US$ 1 bilhão. É o que mostram os dados preliminares da balança comercial brasileira.


O governo federal divulgou os resultados na terça-feira 1º. De acordo com os dados, o faturamento do segmento de extração caiu 4%. A indústria de transformação, por sua vez, encolheu 1%. Porém alguns nichos delas ligados à agropecuária registraram crescimento.

Indústria de transformação, agropecuária e exportações

O agronegócio não se resume apenas às atividades de cultivo de plantas e criação de animais. Na indústria de transformação, por exemplo, vários segmentos têm como matéria-prima principal os produtos com origem no campo. Dois deles foram os que conseguiram as maiores cifras para o setor industrial no mercado externo — e seguem crescendo.

No topo do ranking de vendas, aparece o segmento de farelos de soja e outros alimentos para animais, com o faturamento de US$ 7,2 bilhões. O resultado equivale ao crescimento de 11%. A segunda posição é da indústria de açúcares e melaços: US$ 6,8 bilhões, 37% mais que em igual período em 2023.

Além disso, os frigoríficos de frango também incrementaram a receita com mercado externo. O faturamento de janeiro a julho fechou em US$ 5,5 bilhões. Essa cifra garantiu a quarta posição no ranking nacional de ganhos industriais com o comércio inter-racial, além de representar um crescimento de 7% sobre igual período do ano passado.

Outro grande segmento que merece destaque é a indústria de papel e celulose. Esse ramo, que também é ligado à agropecuária, faturou quase US$ 5 bilhões com exportações nos primeiros sete meses do ano, o que equivale a um crescimento de quase 8%.

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Agropecuária tem o 5º mês seguido com recorde de exportações


O Brasil faturou US$ 6,8 bilhões com as exportações da agropecuária em julho. A cifra é um recorde para o mês, de acordo com os dados preliminares da balança comercial.

Além disso, os registros de exportações mostram que o Brasil entrou no quinto mês seguido batendo recorde mensal de receita com a agropecuária. E o faturamento acumulado de janeiro a julho fechou em US$ 50 bilhões — a maior cifra já registrada para esse setor no país, durante esse intervalo.


Destaques nas exportações da agropecuária

A soja segue como carro-chefe. Foram US$ 4,9 bilhões no mês julho e US$ 38 bilhões no acumulado do ano, até o momento. Na segunda posição está o milho, uma cultura que, geralmente, é cultivada de modo alternado com a soja.