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Agricultura

Região médio-norte de Mato Grosso encerra colheita da soja

O ciclo desafiador da soja 2023/24 em Mato Grosso caminha para o seu fim. O estado já colheu 95,60% da área destinada para o grão e, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os trabalhos na região médio-norte já foram encerrados.

Os trabalhos nas lavouras de soja na variação semanal apresentaram evolução de 5,18 pontos percentuais. Ao se comparar com a temporada 2022/23 ficaram 0,91 ponto percentual atrás apenas. No mesmo período o ano passado o estado estava com 96,51% da área colhida.

No que tange a média histórica dos últimos cinco anos, a extensão é de 96,23% da área colhida.

Conforme os números do Imea, a região oeste encerra a colheita da soja nos próximos dias. Por lá 99,13% da área foi colhida. O mesmo deve ocorre nas regiões norte e noroeste, que já colheram 98,75% e 97,96% de suas respectivas áreas. A região centro-sul colheu 96,16%.

Contudo, os trabalhos devem caminhar por mais alguns dias nas regiões sudeste e nordeste do estado, uma vez que até o dia 15 de março elas haviam chegado com as colheitadeiras em apenas 90,08% e 90,71% de suas áreas.

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Agricultura

Exportações de milho 22/23 superam o total embarcado por MT no ciclo 21/22

As exportações de milho da safra 2022/23 já superaram o total escoado na temporada 2021/22 em Mato Grosso. O estado enviou ao mercado externo um total de 28,32 milhões de toneladas do cereal entre julho de 2023 e fevereiro de 2024. As expectativas são de que os embarques totais somem 29,84 milhões de toneladas, acréscimo de 12,97% quando comparada à safra 2021/22.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), trazidos pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), mostram que o volume embarcado entre julho de 2023 e fevereiro de 2024 representa um aumento de 12,73% ante o escoado no mesmo período da safra passada.

Na temporada 2021/22 o estado enviou para o mercado externo 26,42 milhões de toneladas de milho no total.

“Esse incremento nos envios para o mercado internacional foi pautado pela maior disponibilidade de milho no mercado interno e o aumento da demanda do mercado externo pelo grão, devido à redução da produção e do escoamento dos EUA e da Argentina”, explica o Imea.

Outro fator, salienta o Instituto, é a aquisição de milho brasileiro por parte da China, visto as dificuldades de safra enfrentadas pela Ucrânia em decorrência da guerra contra a Rússia. Para se ter uma ideia, no período analisado do ciclo 2022/23 Mato Grosso enviou 7,99 milhões de toneladas de milho para a China.

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Pecuária

Acordo entre Brasil e Filipinas deve impulsionar exportação de carnes bovina, suína e de aves

O governo brasileiro anunciou nesta terça-feira (12) que as Filipinas reconheceram a equivalência de sistemas de inspeção sanitária para as exportações brasileiras de carnes bovina, suína e de aves.

Em resposta a um pedido feito pelo Brasil no ano passado, o Departamento de Agricultura e Inspeção da Filipinas outorga ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) autorização para certificar e habilitar estabelecimentos auditados pela missão de inspeção do país asiático.

Além disso, informa o Ministério da Agricultura, o acordo inclui a possibilidade de habilitar outras unidades produtivas que atendam aos requisitos estabelecidos. O acordo é válido por três anos, a partir de 28 de fevereiro deste ano.

O reconhecimento, chamado de “system accreditation”, atesta o nível de confiança no controle sanitário brasileiro. O país vende alimentos a mais de 150 nações do planeta.

ABPA

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a conquista anunciada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária deve influenciar positivamente o fluxo de exportações neste ano de carne de frango e suína.

A entidade explica que, com a acreditação de sistema e estabelecimento de pré-listing, as missões técnicas das autoridades do país asiático agora estarão focadas na validação do sistema, não de plantas. Anteriormente, a habilitação era realizada individualmente, com análise documental realizada pelas Filipinas.

Ao todo, 23 plantas exportadoras de carne de frango e quatro unidades exportadoras de carne suína estavam habilitadas a exportar, diz a ABPA.

“O pré-listing é um importante reconhecimento ao sistema brasileiro e o estabelecimento de um novo patamar nas relações com o mercado filipino (…). Temos boas expectativas quanto ao crescimento da parceria entre as duas nações”, analisa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Comércio entre Brasil e Filipinas

O Mapa informa que, no ano passado, o Brasil exportou cerca de US$ 700 milhões em carnes para as Filipinas, o equivalente a 394 mil toneladas. Já as importações globais das Filipinas dos produtos do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 907,9 milhões, o equivalente a 836 mil toneladas de alimentos.

De acordo com a ABPA, atualmente as Filipinas são o sexto principal destino das exportações de carne de frango do Brasil, com 37,4 mil toneladas importadas no primeiro bimestre deste ano. De carne suína, foram 25,7 mil toneladas no mesmo período, posicionando o mercado como segundo maior importador. Somadas, as vendas das duas proteínas geraram receitas superiores a US$ 80 milhões nos dois primeiros meses deste ano.

“Percentualmente, as Filipinas são o mercado com maior crescimento no setor de suínos e um dos que mais cresce nas importações de carne de frango do Brasil. Quando relacionamos a quantidade de plantas habilitadas até aqui e o volume embarcado, temos uma perspectiva do quão positiva é a expectativa sobre o futuro deste mercado, tanto para a carne de frango como para outros produtos como as carnes de peru e de pato”, analisa o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.

Em 2023, as Filipinas foram o sexto principal destino das exportações brasileiras de carne de frango, com 219,5 mil toneladas importadas – equivalente a 4,4% das exportações brasileiras. Em carne suína, foram 126 mil toneladas, posicionando o mercado como terceiro maior importador, responsável por 10,6% do total exportado. Desde a abertura do mercado, nos anos 2000, as Filipinas importaram 1,435 milhão de toneladas das carnes de frango e suína do Brasil, o equivalente a 57 mil contêineres.

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Pecuária

China aprova 38 frigoríficos brasileiros para exportação de carne; 6 em MT

A China anunciou a habilitação de 38 frigoríficos brasileiros para exportar carne bovina, de aves e suína para lá. Esse é o maior número de plantas autorizadas de uma só vez na história.

São 24 plantas produtoras de carne bovina, nove de carne de aves e um estabelecimento de carne bovina termoprocessada. Também foram habilitados quatro entrepostos, sendo um de carne bovina, dois de frango e um de suínos.

A previsão do governo brasileiro é que as novas habilitações gerem R$ 10 bilhões adicionais à balança comercial.

Em dezembro de 2023, auditores chineses visitaram 18 frigoríficos brasileiros para inspeção, sendo que três unidades já eram habilitadas. Já em janeiro, outras 29 plantas foram auditadas por videoconferência. Das 44 empresas inspecionadas, 38 receberam autorização para exportar. As demais não foram avalizadas por falta alguns documentos, apurou a reportagem.

A planta da Seara em Itajaí (SC) foi habilitada para a exportação de dois tipos de produtos, aves e suínos, e por isso é contabilizada duas vezes. A JBS foi a empresa com mais habilitações obtidas para exportar carne para a China nesta nova rodada de aprovações, com dez novas plantas habilitadas.

Ainda entre as gigantes do setor, a Minerva conseguiu habilitação para duas de suas unidades, uma em Janaúba (MG) e outra em Araguaína (TO). A Marfrig teve sua planta de Bataguassu (MS) habilitada pelos chineses, que é uma das maiores unidades da companhia. A BRF, controlada pela Marfrig, conseguiu aprovação da China para o embarque de aves pela unidade de Chapecó (SC).

Na carta que enviou ao governo brasileiro, a China diz que “a fim de promover o registro de empresas brasileiras de carne na China e continuar a fortalecer a cooperação na área de importação e exportação de segurança alimentar entre a China e o Brasil, com a estreita cooperação entre as duas partes, a China concluiu recentemente a revisão de 44 empresas de carne recomendado pelo Brasil e aprovado na análise do documento”.

Em 2024, Brasil e China celebram 50 anos de relações diplomáticas. O mercado chinês é o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina, suína e de frango.

Antes dessas autorizações, o Brasil tinha 106 plantas habilitadas para a China: 47 de aves, 41 de bovinos, 17 de suínos e 1 de asininos. Agora, são mais 24 plantas produtoras de carne bovina, nove de carne de aves e um estabelecimento de carne bovina termoprocessada. Também foram habilitados quatro entrepostos, sendo um de carne bovina, dois de frango e um de suínos. São 144 unidades no total.

Recentemente, a China retirou a medida antidumping que era aplicada desde 2019 às exportações brasileiras de carne de frango. O mecanismo sobretaxava os negócios entre 17,8% e 34,2% conforme a empresa exportadora.

Novo marco entre os países

O anúncio da habilitação de 38 novos frigoríficos para exportar carnes para a China significa um marco na relação bilateral entre os dois países.

Setor comemora

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) comemorou o anúncio da habilitação de novas unidades frigoríficas de carne de frango e entrepostos frigoríficos para exportar para a China.

Veja a lista dos frigoríficos habilitados:

Bovinos

JBS – Santana do Araguaína (PA)
JBS – Naviraí (MS)
JBS – Confresa (MT)
JBS – Alta Floresta (MT)
JBS – Marabá (PA)
JBS – Campo Grande (MS) – SIF 4400
JBS – Campo Grande (MS) – SIF 1662
JBS – Pimenta Bueno (RO)
JBS – Diamantino (MT)
JBS – Pontes e Lacerda (MT)
Minerva – Araguaína (TO)
Minerva – Janaúba (MG)
Marfrig – Bataguassu (MS)
Beauvallet Goiás Alimentos – Inhunmas (GO)
Prima Foods – Cassilândia (MS)
Prima Foods – Santa Fé de Goiás (GO)
Mercúrio Alimentos – Xinguara (PA)
Frigorífico Tavares da Silva – FTS – Xinguara (PA)
Better Beef – Rancharia (SP)
Boa Carne – Colider (MT)
Boibras – São Gabriel do Oeste (MS)
Distriboi – Ji-Paraná (RO)
Pantaneira – Várzea Grande (MT)
Frigorífico Rio Machado – Ji-Paraná (RO)
Pampeano – Hulha Negra (RS)

Aves

Seara – Santo Inácio (PR)
Aurora – Guatambú (SC)
BRF – Chapecó (SC)
Dip Frangos – Capanema (PR)
Jaguafrangos – Jaguapitã (PR)
Avenorte – Cianorte (PR)
Cooperativa Languiru – Westfalia (RS)
Plusval – Umuarama (PR)

Entreposto de produtos de origem animal

Seara – Itajaí (SC) – aves e suínos
Aurora – Itajaí (SC)
Cotriguaçu – Cascavel (PR)
Martini Meat – Rio Grande (RS)

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Agricultura Pecuária

Exportações de Rondonópolis crescem 8,2% no bimestre

Rondonópolis registrou crescimento nas exportações neste primeiro bimestre de 2024. Segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior, as exportações da cidade subiram 8,2% neste no período em comparação com 2023, chegando a U$ 438,92 milhões. O resultado mantém Rondonópolis como maior exportadora de Mato Grosso e a 17ª do Brasil.

Os números do comércio exterior ainda apontam que, neste primeiro bimestre, as exportações locais representaram 11,9% do total exportado por Mato Grosso e 0,9% pelo Brasil.

Já as importações tiveram queda nos dois primeiros meses do ano. Com redução de 13%, Rondonópolis importou um total de U$ 117,43 milhões. Assim, o Município fecha o bimestre como maior importador de Mato Grosso e 78º do Brasil. No período, as importações da cidade representaram 29,3% do total importado pelo Estado e 0,3% das importações brasileiras.

Com as exportações chegando a U$ 438,92 milhões e as importações atingindo U$ 117,43 milhões, Rondonópolis registrou, neste bimestre, superávit de U$ 321,5 milhões.

A China se mantém como principal destino das exportações de Rondonópolis. Para o país asiático foram exportados no primeiro bimestre de 2024, U$ 131 milhões, o que representou 29,9% do total das exportações locais.

Também na Ásia, a Tailândia foi o segundo país que mais recebeu produtos da cidade. Foram exportados para o país U$ 101 milhões, 22,9% do total das exportações.

As importações vieram, principalmente da Rússia e do Canadá. Da Rússia foram importados U$ 31,5 milhões nestes meses de janeiro e fevereiro, 26,8% do total das importações no período. Do Canadá foram importados U$ 14,6 milhões, o que representa 12,5% das importações da cidade.

Neste primeiro bimestre do ano, a torta e outros resíduos da extração do óleo de soja foram os produtos mais exportados, representando 52% do total das exportações locais. Foram exportados U$ 228 milhões do produto, aumento de 14,4% em comparação ao mesmo período de 2023.

Ainda, entre os produtos com destaque nas exportações do bimestre estão a soja, representando 19% das exportações; o algodão (17%); o milho (6,2%); e, a carne bovina (4,8%).

Entre os produtos importados, o destaque fica com os fertilizantes, que representam, praticamente, a totalidade das importações de Rondonópolis neste primeiro bimestre do ano. Os fertilizantes potássicos representaram a maior parte das importações (42%), seguido dos azotados (27%) e dos fosfatados (10%).

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Agricultura

Puxada pelo agro, balança comercial tem superávit recorde em fevereiro

Beneficiada pelas exportações do agro, especialmente algodão, soja e café, a balança comercial – diferença entre exportações e importações – fechou fevereiro com superávit de US$ 5,447 bilhões, divulgou nesta quarta-feira (6) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O resultado é o melhor para meses de fevereiro, e representa alta de 111,8% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Com o resultado de fevereiro, a balança comercial acumula superávit de US$ 11,942 bilhões nos dois primeiros meses deste ano, o maior resultado para o período desde o início da série histórica, em 1989. O valor representa alta de 145,9% em relação aos mesmos meses do ano passado.

Em relação ao resultado mensal, as exportações subiram, enquanto as importações ficaram relativamente estáveis. No mês passado, o Brasil vendeu US$ 23,538 bilhões para o exterior, alta de 16,3% em relação ao mesmo mês de 2023. Esse é o maior valor exportado para meses de fevereiro desde o início da série histórica. As compras do exterior somaram US$ 17,67 bilhões, avanço de 2,4%.

Do lado das exportações, a safra recorde de café e soja e a recuperação do preço do açúcar e do minério de ferro compensaram a queda internacional no preço de algumas commodities (bens primários com cotação internacional). Além disso, as exportações de petróleo bruto subiram 119,7%, beneficiadas pelo atraso na contabilização de algumas exportações.

Do lado das importações, o recuo nas compras de petróleo, de derivados e de compostos químicos foi o principal responsável pelo elevado saldo na balança comercial.

Após baterem recorde em 2022, depois do início da guerra entre Rússia e Ucrânia, as commodities recuam desde a metade de 2023. A principal exceção é o minério de ferro, cuja cotação vem reagindo por causa dos estímulos econômicos da China, a principal compradora do produto.

No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu 20,9%, enquanto os preços caíram 3,8% em média na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada subiu 13,3%, mas os preços médios recuaram 10,4%.

Agro e outros setores

No setor agropecuário, a safra de grãos e de algodão pesou mais nas exportações. O volume de mercadorias embarcadas subiu 34,5% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2023, enquanto o preço médio caiu 17,1%. Na indústria de transformação, a quantidade subiu 6%, com o preço médio recuando 0,6%. Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada subiu 61%, enquanto os preços médios aumentaram apenas 1,9%.

Os produtos com maior destaque nas exportações agropecuárias foram algodão bruto (498,1%), café não torrado (71,5%) e soja (4,5%). Em valores absolutos, o destaque positivo é o algodão, cujas exportações subiram US$ 406,5 milhões em relação a fevereiro do ano passado. A safra recorde fez o volume de embarques de algodão aumentar 497,8%, mesmo com o preço médio subindo apenas 0,04%.

Na indústria extrativa, as principais altas foram registradas em óleos brutos de petróleo (119,7%) e minério de ferro (41,4%) minérios preciosos (que saltou de zero para US$ 39 milhões). No caso do ferro, a quantidade exportada aumentou 21,4%, e o preço médio subiu 16,5%.

Em relação aos óleos brutos de petróleo, também classificados dentro da indústria extrativa, os preços médios recuaram 6,1% em relação a fevereiro do ano passado, enquanto a quantidade embarcada aumentou 134%.

Na indústria de transformação, as maiores altas ocorreram em açúcares e melaços (201,2%), carne bovina (32,2%) e farelos de soja e outros alimentos para animais (9,8%). A crise econômica na Argentina, principal destino das manufaturas brasileiras, também influenciou no crescimento das exportações dessa categoria. As vendas para o país vizinho caíram 30% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado.

Em relação às importações, os principais recuos foram registrados nos seguintes produtos: cevada não moída (50,8%), soja (44%) e látex e borracha natural (38,8%), na agropecuária; minérios de cobre (100%) e óleos brutos de petróleo (16,8%), na indústria extrativa; compostos organo-inorgânicos (21,8%) e adubos ou fertilizantes químicos (32%), na indústria de transformação.

Em relação aos fertilizantes, cujas compras do exterior ainda são impactadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia, os preços médios caíram 25,5%, e a quantidade importada recuou 8,8%.

Estimativa

Apesar da desvalorização das commodities, o governo projeta superávit de US$ 94,4 bilhões este ano, com queda de 4,5% em relação a 2023. A próxima projeção será divulgada em abril.

Segundo o MDIC, as exportações subirão 2,5% este ano, encerrando o ano em US$ 348,2 bilhões. As importações avançarão 5,4% e fecharão o ano em US$ 253,8 bilhões. As compras do exterior deverão subir por causa da recuperação da economia, que aumenta o consumo, em um cenário de preços internacionais menos voláteis do que no início do conflito entre Rússia e Ucrânia.

As previsões estão um pouco mais otimistas que as do mercado financeiro. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 80,98 bilhões neste ano.

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Pecuária

Arroba do boi gordo sobe no Norte do país, mas recuo continua no Sudeste

O preço da arroba do boi gordo voltou a recuar em São Paulo, depois de uma leve recuperação e ficou cotado em R$ 233,30, segundo o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A queda diária está em 0,77% e a mensal chega a 0,89%.

Por outro lado, depois de pressão negativa forte nesse mercado, a consultoria Agrifatto considera que o mercado físico demonstra estabilidade nos preços cotados nesta terça-feira (5/3).

Por outro lado, depois de pressão negativa forte nesse mercado, a consultoria Agrifatto considera que o mercado físico demonstra estabilidade nos preços cotados nesta terça-feira (5/3).

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Pecuária

Produção brasileira de carne bovina deve crescer 4% em 2024 e atingir recorde de exportação

A produção brasileira de carne bovina deverá alcançar 11,37 milhões de toneladas em equivalente carcaça (TEC) em 2024, de acordo com a representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília (DF). O volume representa aumento de 4% ante o ano passado, de 10,95 milhões de toneladas. A projeção considera o aumento do abate de gado, melhores condições econômicas dos consumidores, além da competição menor no exterior e uma demanda externa sólida, especialmente da China, diz a agência.

O consumo doméstico de carne bovina deve ser de 8,5 milhões de toneladas em 2024, aumento de 4% ante 2023, estima o USDA em Brasília. A previsão é baseada no aumento da disponibilidade de carne bovina no mercado doméstico, em virtude do aumento das taxas de abate e de uma melhoria – embora lenta – no cenário econômico, com preços relativamente mais baixos na primeira metade do ano.

Principal exportador global, o Brasil deve embarcar em 2024 um volume recorde de 2,955 milhões de toneladas de carne bovina, alta de 2%, representando 26% de toda a produção, segundo o USDA. A estimativa considera o aumento da produção de carne bovina, a forte demanda externa – especialmente da China e dos Estados Unidos – e os desafios enfrentados pelos concorrentes estrangeiros.

“A previsão é que as exportações para a China atinjam o pico na segunda metade de 2024 por causa dos preparativos para o Ano Novo Chinês, que em 2025 será celebrado em 29 de janeiro”, avalia a agência. Além disso, espera-se que a abertura de novos mercados traga “mais diversificação ao mercado de exportação”, a fim de diminuir a dependência do mercado chinês.

Suínos
O Brasil deverá produzir 4,68 milhões de toneladas (TEC) de carne suína em 2024, de acordo com estimativa da representação do USDA, em Brasília (DF). O volume representa aumento de 4%, na comparação anual, como resultado do aumento do abate, redução do custo de alimentação e investimentos realizados para aumentar a produção, segundo a agência. Contudo, o volume fica abaixo da projeção anterior de 4,88 milhões de toneladas, por causa da preocupação com os preços e a disponibilidade de ração, além das condições econômicas lentas, acrescenta.

O USDA prevê um aumento de 4% no consumo doméstico de carne suína em 2024, para 3,18 milhões de toneladas em equivalente carcaça. Isso deve ocorrer em virtude da maior disponibilidade de carne suína no mercado interno e preços mais baixos para os consumidores, “o que tornou a carne suína mais competitiva em 2023 em comparação com outras fontes de proteína”, segundo a agência.

Quanto às exportações, a expectativa é de aumento de 6% em 2024 em relação ao ano anterior, para 1,5 milhão de toneladas, segundo o USDA, representando 32% de toda a produção. A previsão se baseia no aumento da disponibilidade de carne suína, boa demanda externa, aumento nas compras de novos mercados, ampliação das exportações para consumidores existentes e no status sanitário do Brasil em comparação com seus concorrentes que enfrentam a Peste Suína Africana, especialmente na Europa, de acordo com o relatório.

Conforme dados oficiais do USDA, a China importará 2,25 milhões de toneladas de carne suína em 2024. No ano passado, o Brasil ultrapassou a Espanha e se tornou o maior exportador do produto para o país asiático.

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Agricultura

Agro está otimista com o crescimento da economia brasileira, diz pesquisa

Mais de dois terços (69%) dos executivos do agronegócio brasileiro estão otimistas com o crescimento da economia nos próximos 12 meses, revela a 27ª edição da Pesquisa Global com CEOs da PWC, empresa de consultoria e auditoria. Há um ano, 40% dos CEOs do setor confiavam no crescimento da economia.

O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (28), mostra que outros 17% dos executivos do setor avaliam o risco de uma desaceleração em 2024, enquanto 14% projetam um cenário de estabilidade.

confiança do agronegócio ficou acima da média nacional, já que, considerando todos os setores da economia, 55% dos executivos apostam no crescimento da economia brasileira, 29% acreditam na desaceleração e 15% na estabilidade.

O otimismo dos CEOs brasileiros se sobressai ainda sobre a média dos executivos globais, dos quais 44% acreditam no crescimento de seus países, 37% apostam na desaceleração e 17% veem estabilidade econômica.

A PWC entrevistou mais de 4,7 mil líderes empresariais em cem países.

Na avaliação do sócio da PWC Brasil e líder de Agronegócio no Brasil da consultoria, Maurício Moraes, a confiança maior do agronegócio em relação à economia brasileira na comparação com os executivos dos demais setores pode ser atribuída à capacidade de atração e interesse de investimento do setor.

Em relação às próprias empresas, 35% dos líderes do agronegócio ouvidos na pesquisa estão confiantes de que as receitas tendem a crescer neste ano contra 78% há um ano.

A confiança é inferior à média dos líderes empresariais brasileiros, de 52%, e do mundo, de 37%. Para os próximos três anos, 57% dos executivos do agronegócio apostam no aumento na receita das suas empresas, ante 70% há um ano e contra 62% da média nacional e 49% do mundo.

“Vivemos momento de quebra de safra, de estoque de insumos, de menores margens. São temas que refletem a percepção de geração de receita para este ano. Para os próximos três anos, há perspectiva de retorno à normalidade, com fundamentos das commodities mais estáveis”, observou Moraes.

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Pecuária

MT se mantém na liderança com maior rebanho bovino do país

O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT) divulgou nesta terça-feira (27.02) o resultado da 2ª campanha estadual de atualização de estoque de rebanho, realizada entre os meses de novembro e dezembro do ano passado. Mato Grosso possui 34,1 milhões de cabeças de gado e se mantém como líder nacional de rebanho bovino, apontou o relatório.

O Estado conta com um total de 109.751 estabelecimentos rurais com bovinos e um total de 126.441 produtores rurais. Desse total, 98,89% realizou em dezembro passado a comunicação do estoque de rebanho. Apenas 1.404 não realizaram o informe dentro do período, ficando sujeitos a multas.

Dez municípios concentram um quarto de todo o rebanho, sendo eles: Cáceres, Vila Bela da Santíssima Trindade, Juara, Colniza, Juína, Alta Floresta, Pontes e Lacerda, Nova Bandeirantes, Porto Esperidião e Aripuanã, que, juntas, têm 8,6 milhões de cabeças de gado.

O levantamento identificou uma leve diminuição na quantidade de gado em relação à 1ª campanha atualização de estoque de 2023, realizada de maio junho do ano passado, a qual havia apontado um total de 34.473.643 bovinos.

O coordenador de Defesa Sanitária Animal, João Marcelo Néspoli, explicou que essa diminuição de 346,7 mil animais de uma campanha estadual para outra se deve principalmente ao aumento no número de abates, e, dentro desse cenário, o crescimento do abate de fêmeas. Em 2023, Mato Grosso abateu 400 mil matrizes a mais do que em 2022.

“Com menos matrizes, a propriedade reduz a produção de bezerros, o que também contribui para a diminuição do rebanho. A análise dos nossos dados apontou ainda que houve aumento no abate de fêmeas acima de 36 meses, que é uma faixa etária de matrizes. Fêmeas criadas para o abate vão para os frigoríficos antes dessa idade”, explicou João Marcelo Néspoli.