Categorias
Pecuária

Volume de abate de bovinos em MT no 1º trimestre é recorde, mostra Imea

O Estado de Mato Grosso abateu 1,76 milhão de bovinos no primeiro trimestre de 2024, segundo o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT). O volume é recorde, destacou o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) em relatório, e representa aumento de 30,88% em relação a igual período do ano anterior. O número ultrapassa em 43,15% a média histórica de abates para o primeiro trimestre, de 1,22 milhão de cabeças.

Um fator crucial para esse crescimento foi a elevada quantidade de fêmeas nos abates. No período analisado, 951,15 mil fêmeas foram abatidas, aumento de 44,56% em comparação ao ano anterior.

Destas, 76,32% eram fêmeas em idade reprodutiva, com mais de 24 meses de idade. Esse aumento expressivo reflete o abate de fêmeas não emprenhadas durante a estação de monta, destaca o Imea.

Contudo, as projeções para o segundo trimestre de 2024 apontam para uma redução na participação de fêmeas nos abates do Estado.

Segundo o Imea, apenas em seis ocasiões, nos últimos 21 anos, a participação de fêmeas nos abates totais no segundo trimestre superou a do primeiro trimestre.

Categorias
Agricultura Pecuária

Rondonópolis exporta 744 milhões de dólares no primeiro trimestre e permanece como maior de MT

Rondonópolis, Mato Grosso – Com um crescimento sólido de 0,4%, as exportações de Rondonópolis atingiram a marca de US$ 744,59 milhões até março deste ano, segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior divulgados nesta sexta-feira (5). Esse montante coloca a cidade como a maior exportadora do estado e a 14ª no ranking nacional para o período em questão.

De acordo com as informações, as exportações de Rondonópolis representaram 11,9% do total exportado por Mato Grosso e 1% do Brasil entre janeiro e março de 2024. Enquanto isso, as importações registraram uma queda significativa de 45,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando US$ 148,85 milhões. Isso consagrou Rondonópolis como a maior importadora do estado e a 87ª do país, sendo responsável por 27,3% das importações mato-grossenses e 0,3% das brasileiras.

Com um saldo positivo na balança comercial de US$ 595,74 milhões, resultado do contraste entre US$ 744,59 milhões em exportações e US$ 148,85 milhões em importações, Rondonópolis demonstra sua robustez econômica.

Os números mais recentes do Ministério da Indústria e Comércio Exterior revelam que somente em março deste ano, as exportações rondonopolitanas totalizaram US$ 293 milhões, enquanto as importações alcançaram US$ 31,6 milhões.

Os países asiáticos continuam sendo os principais destinos das exportações de Rondonópolis neste primeiro trimestre. A China lidera, absorvendo 32,7% das exportações da cidade, totalizando US$ 243 milhões. Além disso, Tailândia e Indonésia também se destacam como importantes parceiros comerciais, recebendo US$ 177 milhões e US$ 80,2 milhões em exportações, respectivamente.

No que diz respeito às importações, Rússia e Canadá se destacam como os principais fornecedores. As importações da Rússia e do Canadá representaram 21,2% e 21% do total importado por Rondonópolis, respectivamente.

Quanto aos produtos exportados, a torta e outros resíduos da extração do óleo de soja lideram, representando 48% do total das exportações entre janeiro e março, alcançando um total de US$ 359 milhões. Outros produtos importantes incluem soja, algodão, carne bovina e milho, que juntos representam a maior parte das exportações locais no período.

Por outro lado, os fertilizantes dominaram as importações de Rondonópolis neste primeiro trimestre, principalmente adubos potássicos, azotados e fosfatados.

Com um desempenho sólido no comércio internacional, Rondonópolis continua a se firmar como uma importante potência econômica não só em Mato Grosso, mas em todo o Brasil.

Categorias
Agricultura

MT deve perder R$ 53,9 bilhões em valor de produção agropecuária em 2024

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de Mato Grosso deve despencar mais de 26% neste ano, um impacto estimado em R$ 53,91 bilhões pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Segundo a estimativa mais recente, divulgada nesta segunda-feira, 1º de abril, esse corte se deve principalmente à desvalorização da soja e do milho nos últimos meses, além da queda na produção devido aos problemas com o calor excessivo e a estiagem.

Conforme os dados do Imea, a agropecuária mato-grossense deve produzir R$ 148,6 bilhões em 2024, uma queda expressiva frente os R$ 202,51 bilhões produzidos no ano de 2023. Os números ainda são estimados, mas indicam uma perda gigantesca para a economia do “celeiro do mundo”.

As culturas de soja e milho representam a maior fatia da perda de produção deste ano, responsáveis por mais de 60% na queda do VBP. Só o VBP da soja deve ter queda de 34,11%, o que representa uma redução de R$ 34,77 bilhões no valor da produção, saindo de R$ 101,93 bilhões em 2023 para R$ 67,16 bilhões em 2024. Esse é o pior resultado desde 2021.

É a primeira vez em mais de 10 anos que o Valor Bruto da Produção de soja encolhe. Desde 2013, o VBP da soja apresentava crescimento constante, com salto expressivo entre 2020 e 2022, devido ao fortalecimento do dólar e à disparada dos preços das commodities agrícolas no mercado internacional, como reflexo da pandemia e da guerra na Ucrânia.

“Esse resultado é atribuído principalmente à redução expressiva no preço da soja, juntamente com a expectativa de uma menor produção no estado, devido às condições climáticas adversas que prejudicaram o desenvolvimento da safra”, diz o relatório do Imea.

Já o milho deve registrar uma queda ainda mais expressiva, de 39,31% no Valor Bruto de Produção. Em números absolutos, isso representa uma redução de R$ 15,97 bilhões no VBP do milho, saindo de R$ 40,64 bilhões em 2023 para R$ 24,67 em 2024.

“Esta redução é resultado do recuo no preço do milho no estado. Além disso, a desvalorização do cereal puxou a rentabilidade da cultura para baixo, o que refletiu em uma menor área semeada e, consequentemente, estimativa de dedução na produção”, aponta o Imea.

Nem mesmo o algodão, visto como o “ouro branco” do agronegócio, escapou ileso. O Imea projeta uma queda de 9,61% no Valor Bruto de Produção da pluma, o que representa a perda de R$ 2,54 bilhões. Em 2023, o VBP do algodão está estimado em R$ 26,43 bilhões, caindo para R$ 23,89 bilhões em 2024. Novamente, a queda das cotações é a principal culpada pela perda do valor de produção, que foi levemente compensada pelo aumento na produção.

Por outro lado, as culturas de arroz, feijão e cana-de-açúcar tem projeções mais animadoras para o ano de 2024. O Imea aponta que o VBP do arroz deve crescer 28,86% este ano, atingindo R$ 0,88 bilhão. Já o VBP do feijão deve ter crescimento de 11,97% no ano, atingindo R$ 1,06 bilhão, enquanto o VBP da cana-de-açúcar deve crescer 11,9%, chegando a R$ 3,09 bilhões.

Categorias
Pecuária

Preço do boi gordo sobe em algumas regiões; confira cotações

mercado físico do boi gordo teve negócios realizados acima das referências médias nesta terça-feira (2).

Conforme o analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, este movimento segue alinhado à estratégia do pecuarista, que ainda conta com boas condições de pasto, permitindo cadenciar o ritmo dos negócios.

As indústrias realizam algumas negociações em patamares mais altos de preço. No entanto, ainda buscam alguma resistência em meio às escalas de abate, relativamente confortáveis, posicionadas entre 8 e 9 dias úteis em média. De qualquer forma, com a melhora dos preços da carne no atacado haverá espaço para alta dos preços da arroba do boi gordo”, diz Iglesias.

Preços da arroba do boi

  • São Paulo (Capital): R$ 228
  • Goiânia (GO): R$ 218
  • Uberaba (MG): R$ 225
  • Dourados (MS): R$ 220
  • Cuiabá: R$ 207

Atacado

O mercado atacadista voltou a apresentar alta para os preços da carne bovina. Conforme Iglesias, as boas vendas de carne no atacado às vésperas do feriado de Páscoa foram importantes para dar o impulso inicial deste movimento.

“A entrada dos salários na economia é outro elemento relevante a ser considerado, motivando a reposição entre atacado e varejo, aumentando a propensão a reajustes”, afirma Iglesias.

O quarto traseiro foi precificado a R$ 17,75 por quilo, alta de R$ 0,25. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 13,40 por quilo, alta de R$ 0,10. A ponta de agulha foi precificada a R$ 13,20 por quilo, alta de R$ 0,05.

Categorias
Agricultura

Crédito rural: saiba quem pode fazer a renegociação da dívida

Agricultores familiares, produtores de médio porte e os demais produtores rurais cuja renda tenha sido prejudicada por problemas climáticas ou dificuldades na comercialização em função da redução dos preços de mercado, poderão renegociar as parcelas relativas ao crédito rural de investimento. O prazo para formalização da renegociação vai até 31 de maio de 2024.

A resolução nº 5.123/20240, do Conselho Monetário Nacional, foi aprovada na última quinta-feira (28) e publicada nesta segunda (1º) no Diário Oficial da União. A medida altera o Manual de Crédito Rural (MCR) e autoriza a renegociação de até 100% do principal das parcelas – vencidas ou vincendas no período de 2 de janeiro a 30 de dezembro de 2024 – que apresentem situação regular até 30 de dezembro de 2023.

Para efetuar a renegociação, as operações devem necessariamente estar vinculadas a uma das seguintes atividades produtivas, desde que o empreendimento esteja localizado nas respectivas unidades da federação:

  • produção de soja, milho e pecuária bovina de corte em Goiás e Mato Grosso;
  • pecuária de carne e leite em Minas Gerais;
  • produção de soja, milho e pecuária de leite em São Paulo, no Paraná, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina;
  • produção de pecuária de corte em Rondônia, em Roraima, no Pará, no Acre, no Amapá, no Amazonas e no Tocantins;
  • produção de sojamilho bovinocultura de leite e de carne em Mato Grosso do Sul; e
  • pecuária de leite no Espírito Santo e no Rio de Janeiro.

Os produtores rurais que possuam operações de crédito rural com parcelas previstas para pagamento em 2024 referentes a produtos, atividades e regiões não abrangidas nos termos da resolução poderão solicitar a renegociação em casos especiais, caso tenham dificuldades para realizar o pagamento em função das situações descritas na publicação.

Entretanto, o texto da resolução informa que os interessados na negociação devem pagar, no mínimo, o valor referente aos encargos financeiros contratualmente previstos para o ano de 2024, particularmente os encargos das parcelas com vencimento agendado até a data de formalização da renegociação. Após a formalização, os encargos contratuais relativos às demais parcelas do ano devem ser pagos até as respectivas datas de vencimento.

As parcelas cuja renegociação foi autorizada são aquelas relacionadas a operações de crédito rural contratadas com recursos controlados por fundos constitucionais de financiamento regional, do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), dos Programas com Recursos do BNDES, além daquelas contratadas com recursos de outras fontes pelo Tesouro Nacional.

Categorias
Pecuária

Preços da carne bovina têm mais uma queda; confira

mercado físico do boi gordo seguiu com preços acomodados nesta terça-feira (26).

Segundo o analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a estagnação do movimento é consequência do comportamento do pecuarista, que ainda encontra as condições necessárias para reter as boiadas e reduzir o ímpeto baixista dentro do mercado.

“No entanto, as indústrias ainda operam com escalas confortáveis, posicionadas entre nove e dez dias úteis. O quadro tende a ser diferente no decorrer do segundo trimestre, com a menor incidência de chuvas reduzindo a capacidade de retenção no período que tradicionalmente marca o auge da safra do boi gordo”, diz Iglesias.


Arroba do boi em diferentes regiões:

  • São Paulo (Capital): R$ 228,00
  • Goiânia (GO): R$ 215,00
  • Uberaba (MG): R$ 221,00
  • Dourados (MS): R$ 219,00
  • Cuiabá (MT): R$ 206,00

Preços no atacado

O mercado atacadista apresentou forte queda nos preços da carne bovina, consequência do lento escoamento durante a segunda quinzena do mês, período de desaceleração no consumo.

A demanda relacionada ao Domingo de Páscoa pode trazer algum alívio. O fato é que as indústrias ainda apontam para uma quantidade considerável de produto estocado. A virada do mês, logo em seguida, também terá papel importante neste contexto, com a entrada dos salários na economia motivando a reposição entre atacado e varejo. As exportações permanecem em alto nível, com grande volume embarcado e preços ainda deprimidos”, pontuou Iglesias.

O quarto traseiro foi precificado a R$ 17,10 por quilo, queda de R$ 0,60. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 13,20 por quilo, queda de R$ 0,60. A ponta de agulha foi precificada a R$ 13,00 por quilo, queda de R$ 0,50.

Categorias
Pecuária

Brasil poderá habilitar diretamente frigoríficos para exportação às Filipinas

O governo brasileiro afirmou nesta segunda-feira que recebeu “com satisfação” a oficialização, pelo governo filipino, da aprovação do regime de “system accreditation” para carnes bovina, avícola e suína brasileiras, informou nota do Ministério das Relações Exteriores.

Conforme a nota, a modalidade permite que o Ministério da Agricultura e Pecuária certifique e habilite frigoríficos nacionais para exportação às Filipinas, tornando missões filipinas de auditoria desnecessárias.

O novo regime, diz a nota, irá viabilizar a “expansão do número de frigoríficos habilitados, abrangendo inclusive empresas de menor porte e diversificando as exportações de proteínas animais para o país asiático”.

“A medida filipina reafirma, em um importante mercado, a qualidade e a segurança dos produtos brasileiros, com base na conformidade com rigorosos padrões sanitários”, diz a nota.

Ainda segundo o ministério, as Filipinas foram o sétimo principal destino da proteína animal brasileira no mundo, somando 681 milhões de dólares em exportações. Para a carne suína, foram o segundo maior mercado — 274 milhões de dólares, o equivalente a 10% das exportações globais brasileiras do produto.

Categorias
Pecuária

Pasta da Agricultura publica portaria com estados livres de aftosa sem vacinação

O Ministério da Agricultura e Pecuária publicou a portaria 665, no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (25), na qual reconhece nacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação os estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.

A portaria, assinada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, regulamenta, ainda, o armazenamento, a comercialização e o uso da vacina contra a febre aftosa e o trânsito de animais vacinados contra a doença.

Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e de Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Para os estados da Bahia, Maranhão, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, Sergipe e parte do estado do Amazonas, a etapa de vacinação contra a febre aftosa foi antecipada para o mês de abril.

Já para os estados que não irão suspender a vacinação, caso do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, as etapas de vacinação contra a febre aftosa em 2024 continuam nos meses de maio e novembro.

Categorias
Pecuária

Boi: negócios são lentos no mercado brasileiro; ritmo de exportação cai

Poucos negócios de animais para abate têm sido realizados no mercado nacional nesta segunda quinzena de março. Segundo pesquisadores do Cepea, muitos frigoríficos indicam ter escalas alongadas, e, por isso, compradores estão afastados do mercado nacional, efetuando aquisições de novos lotes de animais apenas quando há necessidade.

Esse cenário tem enfraquecido as cotações internas do boi gordo. Quanto ao mercado externo, as exportações brasileiras de carne bovina in natura registraram ritmo mais lento na terceira semana de março.

Segundo dados da Secex, os embarques diários se limitaram a 7,697 mil toneladas até o dia 15 deste mês, totalizando apenas 84,67 mil toneladas embarcadas na parcial de março. Em fevereiro, a média diária foi de 9,43 mil toneladas.

Em março/23, com a suspensão dos envios de carne bovina à China, o envio médio diário foi de apenas 5,408 mil toneladas, somando 124,39 mil toneladas naquele mês. Em março/22, a média diária foi de 7,7 mil t, ou seja, praticamente a mesma da registrada atualmente.

Categorias
Agricultura

Preços da soja sobem no Brasil; veja cotação de Rondonópolis

mercado brasileiro de soja registrou alta nos preços no final desta quarta-feira (20).

Os produtores em todo o país registraram vários negócios, tentando aproveitar essas altas.

A Bolsa de Chicago foi o que favoreceu o tom positivo.

  • Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 118 para R$ 120.
  • Na região das Missões, a cotação cresceu de R$ 117 para R$ 120 a saca.
  • No Porto de Rio Grande, o preço avançou de R$ 124,50 para R$ 128 a saca.
  • Em Cascavel, no Paraná, a saca valorizou de R$ 115 para R$ 118.
  • No porto de Paranaguá (PR), o preço cresceu de R$ 124 para R$ 127.
  • Em Rondonópolis (MT), a saca aumentou de R$ 111,50 para R$ 113,50.
  • Em Dourados (MS), o preço subiu de R$ 110 para R$ 111 a saca.
  • Já em Rio Verde (GO), a saca subiu de R$ 108 para R$ 110,50.

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mais altos.

Após o banco central americano (Fed) definir a política monetária e divulgar novas previsões para a economia daquele país nos próximos anos, a alta ampliou consideravelmente.

Até a decisão do Fed, um movimento de cobertura por parte de fundos e especuladores e o anúncio de venda de produto americano para a China garantiram a elevação, apesar do cenário fundamental ainda negativo para os preços.

Sem grandes surpresas, o Fed manteve as taxas básicas americanas. Mas elevou significativamente a previsão para o crescimento do PIB americano nos próximos anos, sinalizando uma economia aquecida. Foi o suficiente para impulsionar as cotações da soja.

Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou hoje a venda de 120 mil toneladas de soja por parte dos exportadores privados para destinos não revelados. A informação ajudou nas compras técnicas, em meio ao sentimento contrário de que a demanda vai se deslocando gradualmente para a América do Sul.

Os agentes começam a se posicionar frente ao importante relatório de intenção de plantio nos Estados Unidos, que será divulgado no dia 28 pelo USDA.

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com alta de 24,00 centavos de dólar, ou 2,02%, a US$ 12,09 1/2 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 12,23 1/4 por bushel, com ganho de 23,00 centavos ou 1,90%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 8,60 ou 2,57%, a US$ 342,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 49,00 centavos de dólar, com alta de 0,84 centavo ou 1,72%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 1,09%, sendo negociado a R$ 4,9739 para venda e a R$ 4,9719 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,9720 e a máxima de R$ 5,0336.